Antonio
Nunes de Souza*
Há
muito tempo que me controlo para não tocar nesse assunto, pois, bulir com
internauta é mexer em vespeiro com as mãos. Trata-se de uma comunidade tão
vasta que não se pode medir sua dimensão e, aqueles que vão agregando, para que
sejam bem recebidos ou mostrarem que são do ramo, entram de cabeça nos hábitos
e costumes comportamentais, como se fosse um passaporte para essa monstruosa
aldeia global.
Embora
eu não seja um “expert” em linguística, não tenha qualificações de graduações
nessa área, apenas como um modesto articulista e aprendiz de escritor vejo com
indignação o assassinato de nossa língua nos sites de comunicações da NET e, o
pior de tudo, é que não são crianças, púberes, juventude, somente. Generalizou-se
de tal maneira que, senhores e senhoras de todas as idades, se incorporaram a
esse modo de “comunicação”, numa linguagem insólita e estranha, dando uma
conotação que estamos lidando com uma língua criptografada de algum país
estrangeiro, ou um planeta de outra galáxia.
Além
de uma série de abreviaturas completamente absurdas e erradas, temos que nos
bater com macaquinhos pinoteando, vacas mugindo, cães latindo, elefantes
dançando, jacarés abanando os rabinhos e uma quantidade incomensuráveis de
figuras que, pobremente, segundo o internauta, está lhe passando uma mensagem
clara e tranqüila, Isso sem falar naqueles que, barbaramente, escrevem num
português errado (palavras e concordâncias), achando lindo, somente para
mostrarem-se jovens e acompanhantes da onda de tolos que desejam deturpar nosso
idioma pátrio.
Espero
que essa minha observação não seja encarada como uma caretice de alguém
obsoleto e ultrapassado, pois, quem me conhece e lê algumas das minhas crônicas
e artigos, ou até o meu livro e blog (Vida Louca), poderá sentir que não sou nada
disso, apenas me preocupo com esse assassinato lingüístico que,
sorrateiramente, está ocorrendo, depois dos brasileiros criarem uma língua
portuguesa cheia de nuances e modificações, estar agora partindo para um novo
meio de comunicação de símbolos, figurações e expressões idiomáticas. Talvez
por essa razão, existam tantas reprovações nos exames (vestibulares,
pós-graduações, mestrados, etc.), nas provas de redação,
Vamos
utilizar a NET com mais coerência, trocando informações, ampliando nossos conhecimentos,
pesquisas, fazendo boas e novas amizades, amores, prazeres e diversões, sem
precisar teclar errado o nosso pobre, porém lindo idioma, que já sofre com a
grande quantidade de galicismos, anglicismos e neologismos. Bastam os nomes hoje
colocados em nossas crianças: Stefanne, Pavllova, Pâmela, Mary, Monique, Luanna
(a grande maioria “Bispo dos Santos”), pois, nenhuma mãe quer mais que suas
filhas se chamem Maria, Tereza, Amélia, etc. Para os filhos, Pedro, João,
Carlos, Benedito e José, nem pensar!
Façam
reflexões a respeito e vejam em minhas palavras, nada mais que um cuidado para
melhorar nossa cultura e educação!
*Escritor-Membro
da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com
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