Antonio
Nunes de Souza*
Dando
uma guinada de 360 graus em minha preferência de assuntos que sempre me dedico
a escrever, resolvi hoje falar sobre uma sequência infinita de sentimentos e
sensações que, sinceramente, fazem parte da nossa vida, ajudando a dar uma
conotação de qualidade, mediante a maneira que essas nuances e comportamentos
são aplicados nas dosagens corretas, sem os exageros e precipitações dos
afobados e radicais.
Logicamente,
essas séries de aplicativos vitais para mim continuam sendo abstratos, somente
palpáveis pelas fragilidades de nossas mentes, principalmente, quando estamos
atravessando alguma espécie de carência. Fato que, constantemente, vivemos no
cotidiano, pois sempre estamos vivenciando uma busca de algo mais, muitas
vezes, erroneamente, nos lugares, coisas e pessoas que somente vão nos tirar o
pouco que já conseguimos. Mas, tudo isso faz parte da aprendizagem, para
aqueles que pensam que sabem tudo e não precisam ouvir os mais experientes,
poupando certos dissabores e situações embaraçosas e, muitas vezes,
desagradáveis. Existe, uma minoria, que leva alguma vantagem abreviando e
cortando caminho, seguindo determinados aconselhamentos, mas, a maioria prefere
tentar quebrar a cara, que morrer com a dúvida se o que fez foi o melhor para
elas ou não.
Essa
linda e maravilhosa vida, que eu no meu livro e blog denomino de “louca”, é de
uma sanidade invejável e composta de um turbilhão de sentimentos cheios de
encantos, purezas e essências afetivas, matizado pelos diabólicos que também
habitam nossas cabecinhas. Amor, carinho, fé, paixão, amizade, integração,
sinceridade, prazeres e solidariedade. Esses são os elementos primordiais e
formadores do que seja a vida. Um verdadeiro pudim de bondade que santificaria
qualquer cristão num piscar de olhos, não fosse o lado corroído e podre que
carregamos dentro de nós e estamos sempre prontos a descarregá-los pelos
motivos mais fúteis possíveis, graças nossas impaciências de analisar os fatos
antes das desastrosas decisões. Normalmente,
paga-se caro por essas atitudes. Mas...faz parte do show da vida! Estamos
sempre mesclando nosso comportamento com a mentira, omissão, ciúmes, inveja,
ódios e vinganças, pecando, exageradamente, e criando as piores dificuldades
nos relacionamentos, quer sejam amorosos, comerciais ou familiares!
Portanto,
pode-se ver que a vida nada tem de louca. Ela é de uma sensatez impressionante
e nós, tolamente, tornamo-la cheia de dissabores, chegando ao ponto de
denominá-la como “louca”. O que temos é que nos policiar mais, contarmos até
100 (em vez de dez como era no passado) antes de tomarmos posições e, durante
essa contagem, saber analisar os prós e contras e se preparar para os
resultados, sejam eles quais forem, já com o plano B traçado para ser usado,
imediatamente, em caso de erros ou equívocos!
Certamente,
saber lidar com algo tão complexo e belo é o maior desafio que Deus nos deu,
provavelmente para testar a capacidade do homem de separar o benéfico do
maléfico, dar valor ao mundo respeitando os direitos alheios, fazendo que a
solidariedade seja o maior esteio de uma convivência pacífica e salutar para
todos.
Olhe
em sua volta e veja a grande floresta de ervas daninhas que já estamos colhendo
e cada dia ampliando mais, graças ao tal do “livre arbítrio” que é usado sem a
menor cerimônia, ajudando a caracterizar nossa divina e maravilhosa vida na
condição nada elogiável de LOUCA!
*Escritor
(blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
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