quinta-feira, 30 de junho de 2016

Salas de bate papo!


Antonio Nunes de Souza*

Sempre que tenho disponibilidade e também aguçando minha curiosidade, entro em um sala qualquer de “bate papo”, no sentido que trocar ideias, figurinhas e, ao mesmo tempo, em algumas ocasiões, despertar minha mente para inspirar nas minhas crônicas e textos, pois, por incrível que pareça, você se depara com os absurdos dos absurdos, comportamentos dos mais idiotas até os mais animalescos possíveis e impossíveis!

Em princípio as salas foram transformadas em verdadeiros “fodistérios”, com uma presença super acentuada de Gays, lésbicas, tarados, garotas e garotos de programa e seme e analfabetos. Uma reunião de pessoas com suas preferências sexuais expostas sem as menores composturas ou pudores, inclusive sem utilizar o item “reservadamente”, mercando suas qualidades de tamanhos de membros, bundas, boquetes, acompanhados dos preços que cobram ou pagam por esses atos. Muitos exibindo com fotos e, orgulhosamente, dizendo que tem local e, sem a mínima cerimônia ou escrúpulo, ainda se dizem “discretos”!
E o gozado de tudo isso é que, com essas qualificações sem classe, ainda são visitadas por pobres mulheres, geralmente não bonitas e solitárias que, na obscuridade da virtualização, trocam conversas sexuais e picantes, se masturbando a distância e realizando o que não encontram, nos seus cotidianos: furtivos orgasmos!
A podre nomenclatura utilizada (Nicks), são de um mal gosto e falta de imaginação terrível, chegando as raias das maiores obscenidades do impossível. Mercando os diversos tamanhos dos seus órgãos, bundas e habilidades linguísticas para boquetes fenomenais!

É uma tristeza grande ver a NET, que pode oferecer milhões de informações gerais, proporcionar excelentes amizades, trocando informações e saberes, ser utilizada de uma maneira fútil, pejorativa e banal, já que pouco podemos sair em função dos constantes perigos nas ruas por falta de segurança!
Creio que seria interessante, justo e pertinente, que houvesse uma fiscalização nas redes, para que esse péssimo nível de frequência fosse minimizado ou acabado, fazendo das salas encontros encantadores, agradáveis e com mais utilidades sociais, comercias, educativas e afetivas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Tanure o sortudo!

Antonio Nunes de Souza*

Imagino que nem o mago dos cirurgiões plásticos, Pitanguy, conseguiria melhorar aquela cara estranha e esquisita do nosso personagem Tanure. Um homem feio na expressão máxima da palavra. Tudo no seu rosto era fora dos padrões, inclusive para maior: orelhas, olhos, dentes, nariz, boca e bochechas. Parecia uma personagem de desenho animado, com exageros em suas características. Tudo grande demais, porém com um corpo normal e elegante!
Ele apareceu em nossa cidade há uns dez anos, ainda com seus dezessete anos, sem parentes, filho árabes, trabalhando de “faz tudo” para todos, entrou numa escola pública e, aos troncos e barrancos, além de esforços, consegui terminar seu curso secundário, dando-lhe a oportunidade de arranjar um emprego de zelador e porteiro de um prédio de classe média alta, uma vez que já era conhecido por todos, fato normal em cidades pequenas e, na verdade, com toda sua feiura, era um primor de pessoa, especialista em tratar todos muito bem e educadamente!
Pela pessoa boa que era, fazia até que não reparássemos mais na sua estranha aparência, pois, sua bondade terminou camuflando tal incrível feiura. Já conseguíamos olha-lo com certa naturalidade!
Aí, sem que ninguém esperasse, uma advogada, viúva, com uns quarenta anos de idade, muito bonita, que havia perdido seu marido num acidente de moto, com boa situação financeira, inesperadamente, começou a dar mole para nosso feioso Tanure. Ele, inocentemente e não imaginando que isso poderia acontecer, levava a coisa para uma delicadeza ou generosidade da linda moradora!
Ela sempre, discretamente, levava um presente para ele, quando sozinhos puxava uma conversas meio descabidas, mas, para ver suas reações, etc. Até que um dia, ela não suportando conter os seus desejos, pediu pra que ele, após seu expediente, foi até o seu apartamento que iria lhe pedir um favor!
Foi aí que tudo aconteceu. Ele subiu, tocou a campainha e, quase morre de susto, quando Dra. Dayse Martins apareceu com um baby-doll sumário pra atende-lo. Ele foi dando a volta e dizendo: Desculpe, eu venho mais tarde! E ela, já com seu maquiavélico plano, nem pestanejou. Puxou ele pelo braço e, sem nenhuma parcimônia, agarrou-lhe dando um beijo que quase sufocava o pobre coitado!
Daí pra frente o couro comeu solto, pois ela pela viuvez e ele pela feiura deviam ter muito tempo que tranzaram. Então foi uma transada das mais violentas e carinhosas que poderiam realizar.
Simplificando, ela teve que mudar-se para Salvador e, logicamente levou Tanure que, na capital, voltou a estudar, fez direito e hoje trabalham juntos no belíssimo escritório de advocacia: Tanure Chanakian & Dayse Martins!
Uma prova que não existem pessoas feias, feias são as faltas de qualificações de cada indivíduo em seus comportamentos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com