Itabuna, uma lição para o mundo!
Antonio Nunes de Souza*
Mediante os grandes absurdos e a intolerância incomensurável em vários continentes com relação a uma coexistência pacífica, relativa as raças e credos, principalmente credos, nós itabunenses, tabaréus grapiúnas, expomos abertamente uma eficaz, relativamente tranquila, maneira afetiva e efetiva de, politicamente, conviver todos abraçados ou de mãos dadas, sendo que, estranhamente, essa formação de parcerias, apoios, meiguices e carícias partam de pensamentos e comportamentos dos mais diversificados possíveis!
Enquanto estamos vendo, ao vivo, os crimes grotescos, as perseguições exageradas, os bombardeios aéreos e terrestres, os homens, mulheres e crianças usados como condutores de explosivos em seus corpos, provocando milhares de mortes, tudo isso sendo colocado com uma desculpa totalmente fora de propósito, da não concordância religiosa, costumes não aceitos, hábitos e vestuários e, apenas para complementar o ciclo do circo dos horrores, uma disputa acirrada por uma faixa de terra, praticamente seca e desértica, que em nada engrandecerá sejam quem forem os seus donos. Então...com esse retrato triste, mostrando até onde vai a incompreensão humana, nós, modestos Tupiniquins e remanescentes Pataxós, damos uma maravilhosa lição de acomodação política, religiosa, social e econômica, fazendo de nossa cidade um exemplo, muito embora esdrúxulo pelas silenciosas “ingulições” de sapos, podendo nós, sem nenhum trabalho ou pesquisa minuciosa, ver a administração da cidade funcionando (?) as mil maravilhas. Aliás, não vamos também chegar as malhas dos exageros. Podemos apenas salientar que, entre tapas e beijos (mais beijos que tapas. Os tapinhas são nas costas, mais considerados afagos), podemos enumerar a fantástica diversificação de crenças, partidos e de poderes de mudanças de vertentes pelas conveniências, fazendo inveja aos camaleões!
Mediante essa convivência pacifica (?) de evangélicos, ateus, católicos, macumbeiros, espíritas, judeus, comunistas e democratas, seria de bom alvitre a FICC que está divulgando culturalmente a cidade, através de seus competentes assessores Fernando e Rick, elaborarem a produção de um vídeo mostrando ao mundo que podemos viver sem guerras dentro de um amontoado de ideias e ideais. Com certeza absoluta, seria premiado pela ONU e, quem sabe se o nosso prefeito Vane não ganharia o Prêmio Nobel da Paz?
Seria a glória das glórias, ver nossa cidade comentada com louvor pela mídia mundial, nosso mestre de cerimônia Ramiro Aquino fazendo apresentações do vídeo publicitário em diversos países, principalmente nessas áreas que as guerras e perseguições estão mais evidentes e sangrentas! Meu querido primo Ramirinho poderia levar para fazer fundo musical, o cantor Pablo cantando seu sucesso “Homem não chora” e, se possível, deixa-lo lá como souvenir brasileiro!
Dou meu maior apoio, comprometo-me a escrever um texto cheio de “salamaleques”, enfatizando esse comportamento inusitado dos itabunenses, mostrando ao mundo que, com o jeitinho brasileiro, somos capazes de dar nó em “pingo de éter” com olhos fechados e algemados!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com
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