Antonio
Nunes de Souza*
Parece
que virou modismo, ou oportunidade de espezinhar aqueles que, por força do
destino e erros humanos, tiveram a desdita de estar comendo o pão que o diabo
amassou, ou, para ser mais correto, lamentavelmente, colhendo os frutos que
plantou!
No
caso específico, estou referindo-me ao meu companheiro Geraldo Simões, homem
que prestou grandes serviços a região e o Estado em geral, durante suas gestões
de prefeito, deputado e secretário da agricultura da Bahia. Temos que
reconhecer que, como todos sabem e comentam, veementemente, a sua maneira nada
política de não prestigiar dignamente aqueles que o ajudaram em suas gestões,
tratando-os apenas como seus subservientes. Talvez isso seja uma característica
da sua personalidade, difícil de ser mudada, porém, pouco aceita pela grande
maioria da militância petista. Mas, mesmo assim, todos estavam ao seu lado,
simplesmente lamentando esse comportamento, assim como o procedimento ultra
acentuado de normalmente podar aqueles que, por ventura, em algum tempo pudesse
lhe fazer sombras. Jamais prestigiar os que estavam se destacando. Suas rédeas
eram sempre curtas e insatisfatórias com esses companheiros providos de
saberes, competências e possibilidades de galgar melhores cargos políticos,
inclusive através de eleições!
Resultado
desastroso aconteceu ao nosso partido, perder quatro eleições seguidas, onde
contávamos com o apoio do governo estadual e federal. Lógico que não foi uma
acomodação da militância, pois essa sempre foi uma seguidora fiel as suas
determinações, entretanto, uma grande gama de simpatizantes do nosso partido,
jovens e adultos, não estava de acordo com o andar da carruagem e, tristemente,
partiram para outras vertentes, provocando as derrotas desastrosas que,
infelizmente, ocorreram. Porém, mesmo com esses erros acentuados e provocados
pela sua condição de humano, não podemos esquecer o que ele representou no
passado, respeitando-o como um homem que lutou, conseguiu alcançar vários
objetivos de melhorias para todos, porém, talvez, não tenha sabido respeitar
suas próprias limitações.
É
importante e justo que respeitemos o seu passado, o ajudemos a se recompor
perante o partido dos trabalhadores, pois, tenho certeza que, depois dessa
triste lição, ele deve estar reconhecendo que, mudar é uma condição das pessoas
inteligentes. Ele pode lembrar-se das sagradas palavras de Rui Barbosa: “SÓ
EXISTE UMA CLASSE DE HOMENS QUE NÃO ERRAM. AQUELES QUE NADA TENTAM E NADA
PRODUZEM!”
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna –
antoniodaagral26@hotmail.com