Antonio
Nunes de Souza*
Depois
de deixar passa as festas de S. Antonio, juninas e o início de grande parte da
copa do mundo resolvi, já que não sou um grande festeiro e muito menos fanático
por futebol, voltar para minha modesta condição de cronista, aproveitando as
coisas que vi, ouvi e li, para dar uma opinião, estritamente pessoal, sobre o
comportamento apresentado pelos brasileiros, nesses dias tão festivos e
inusitados que todos estamos vivendo, recebendo mais de um milhão de turistas
que, certamente, deixarão seus dólares e levaram lembranças maravilhosas de
nosso país, em função da sua beleza natural e a característica peculiar de um
tratamento e cordialidade invejável e singular no mundo inteiro!
A
miscigenação de raças ou etnias (cores, credos e classes sociais) está sendo
destacada, surpreendentemente, mostrando ao mundo que somos todos iguais e,
aqueles que têm seus hábitos, costumes, culturas diferentes, devem ser, dignamente,
respeitados como pessoas iguais. Aqui,
lamentavelmente, ainda sofremos alguns poucos preconceitos velados,
principalmente nas classes sociais que, ridiculamente, não se conformam em ver
os crescimentos dos pobres nos direitos e na economia. Quando se encontram nos
mercados e shoppings, pessoas que ainda tem características de pobres e
suburbanas colocando em seus carinhos, presunto, queijo, carne Friboi, vinhos,
refrigerantes e outras coisas requintadas, eles chegam a tremer nas bases,
principalmente quando percebe pendurada na bolsa a chave magnética de um carro
novo, algumas vezes, mais do que o deles. Ainda levam dentro de si a
mentalidade tacanha que os pobres têm que ser pobre à vida toda e serem subservientes
para essa sociedade hipócrita que pensa ainda no tempo da escravidão. Mas,
felizmente, essa parte insignificante, porém poderosa, está sofrendo uma
pressão social que, brevemente, terá que ceder a uma realidade pertinente!
O
reconhecimento mundial que a nossa copa está sendo a melhor realizada e de
sucesso dentro todas que existiram até hoje, faz com que, nós brasileiros,
tenhamos orgulho do nosso país, nosso povo e do grande esforço do governo de
conseguir sediá-la. Sobre a questão dos erros, desvios, peculatos, etc., isso é
que devemos apurar, rigorosamente, quem são os culpados e puni-los com
veemência merecida. Ficar, tolamente, repetindo que “a culpa é do governo”,
nada resolve. Nós todos somos responsáveis. E, se em sua família tem dois ou
três membros que descambaram para procedimentos nocivos e condenáveis, devemos
crucificar todos como responsáveis? Nada disso! Aqueles que são responsáveis
diretos, não foram dignos dos seus cargos, abusaram da confiança, estes sim, devem
pagar cara e serem execrados da vida pública, como já está acontecendo com
alguns!
Vamos
agora aguardar o final, comemorar, se Deus quiser, o hexa, mesmo sem o Neymar.
Aproveitar essa experiência maravilhosa para que, nas olimpíadas, estejamos
mais qualificados ainda, pois, com certeza, depois desse evento tão divulgado,
milhões de turistas estarão visitando e outros retornando ao nosso país!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna –
antoniodaagral26@hotmail.com
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