Antonio
Nunes de Souza*
Tivemos a alegria e
privilégio de receber milhares de turistas em nosso país, onde se encontravam
visitantes dos mais distantes lugares, etnias, línguas e dialetos, enfim, todos
dando um colorido maravilhoso a nossa grandiosa copa do mundo. Nada de falar em
ganhar ou perder nesse caso, pois o importante é ter proporcionado um
espetáculo que deslumbrou o mundo!
O que quero destacar é a
estória de Madalena, uma loiríssima argentina que, na sua terra, por ter um
corpo escultural, lindos olhos azuis, características nórdicas, uma beleza
super sedutora, aproveitava-se por ser esse monumento feminino, para usar o seu
corpo em benefício de servir de acompanhante para ricos pagadores em suas
viagens, passeis, reuniões sociais em outros países, etc. e, aconteceu receber
uma proposta para acompanhar um rico industrial, para assistir a tão festejada
copa do mundo, realizada no Brasil. A sapeca não titubeou, arrumou seus panos
de bunda, pois, sempre exigia um guarda roupa novo compatível com o país que
visitaria, inclusive para estar à altura do seu patrocinador, que certamente
desejaria que ela chamasse a atenção para alimentar seu ego e sua satisfaço
pessoal de grande conquistador!
Chegaram e foram se hospedar
no Copacabana Palace, que ela quando viu foi logo imaginando: “Já comecei a
ganhar a copa!” Pensou essas palavras com um sorriso lindo no rosto. Embora ele
já tivesse estado aqui várias vezes, ela, por ser a sua primeira, começou a
desejar fazer todas as opções turísticas e ele, obdientemente, fez as suas
vontades, indo a algumas e em outras, entregando-a a uma companhia
especializada nessas excursões, com guias bilíngües e todos os confortos.
Diariamente, entre os jogos que não interessavam ele ir, ela ficava livre para
suas aventuras pelos mais conhecidos e desconhecidos pitorescos lugares do Rio
de Janeiro. Até que foram visitar uma das favelas pacificadas, sendo recebidos
por um grupo de pagodeiros e MCs, bombando com suas músicas e danças Funk,
cheias de seduções libidinosas que, imediatamente, Madalena caiu na roda
experimentando aquela esfregação deliciosa, obviamente, sentindo a excitação
desenfreado do seu “partener” do morro. E, ao deparar-se com um negro daqueles
lindos, sorrisos teclado de piano, corpo de atleta e, sem cerimônia deixava que
ela sentisse seu avantajado membro, nem pensou duas vezes. Agarrou-se a ele,
esfregando-se mais que lavadeira em beira de rio e, sem nem ligar para a
platéias, começou a beijá-lo com uma veemência voraz que seria capaz de transar
ali mesmo no meio da roda!
Trocaram telefones combinando
se encontrarem, sem excursões, para realizarem o que ambos estavam aflitos em
fazer: sexo! E não deu outra, pois dia seguinte, acordou, ligou para a recepção
solicitou um taxi, alegando ao seu patrocinador que iria fazer umas compras.
Ele lhe deu os dólares necessários e ela saiu. Porém, ele puta velha e
experiente, desconfiou das saídas e últimas reações, solicitou do hotel que um
detetive particular a seguisse, alegando que era pela sua segurança, mas,
desejava um relatório completo das suas andanças. À tarde, antes que ela
chegasse, o detetive apresentou o “dossiê” com fotos dela nas agarrações com
seu parceiro, tanto na entrada como na saída do Motel. Ele, como nunca confiou
nessas galinhas, quando ela chegou, pegou as roupas que tinha comprado,
deixando apenas as suas poucas que ela trouxe e, sem nem pestanejar, botou ela
para fora do hotel, jogando-a na rua da amargura, sem dó nem piedade. Ela cheia
de paixão pelo seu negão, correu para seu barraco no morro, e ele lhe disse: Eu
não tenho porra nenhuma, moro aqui, faço samba para agradar turistas e moro
sozinha. Se você quiser vir morar aqui, vai ter que dormir na copa, pois o
barraco só tem dois cômodos.
Como ele nem deu sua passagem
de volta, ela teve que se submeter à situação, já que não tinha alternativa,
como também estava apaixonada pelo seu criolo avantajado. Resultado: Margarida
fez sua última aventura como acompanhante e hoje está começando uma nova vida
de “copeira” em um bar do morro e, certamente, aumentará a nossa já grandiosa
quantidade de mestiços!
De uma forma ou de outra, ela
ganhou a “copa e a cozinha”!
*Escritor – Membro da
Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com
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