Antonio
Nunes de Souza*
Se
já não bastassem os sofrimentos normais do brasileiro para enfrentar o dia a
dia, tendo que matar um pittibull por hora, de vez enquanto aparece algo que
enche seus olhos de esperanças, ao mesmo tempo em que esvaziam os seus bolsos e
povoam suas cabeças com ilusões mirabolantes!
Como
dizia meu sábio e velho avó, com seu ceticismo peculiar, que, “quem não rouba
ou não herda, morre na merda”. A não ser os políticos corruptos que já têm fé
de ofício para arrecadar o dinheiro público, sem que haja penalidades ou
condenações, não vestem as carapuças de ladrões e continuam tratados com as
maiores mesuras pelo próprio povo que ele maltrata e, paradoxalmente, esse
mesmo povo os reelege num masoquismo incompreensivo para uma mente humana,
medianamente, inteligente!
Agora,
para encher o povo de mais ilusões de uma vida melhor, apareceram dezenas de
“ajudas mútuas”, prometendo mundos e fundos numa rapidez que nem Fernando
Alonso da Ferrari é capaz de andar em seu potente carro. Transações essas que
no passado foram denominadas de “pirâmides”, talvez porque seus inventores e
diretores terminariam encima e o pobre povo que investiu maciçamente, ficaria
embaixo para ser esmagado quando as ditas desmoronam depois de algum tempo,
sumindo seus responsáveis sem deixar rastros!
Na
verdade não posso de modo algum ser taxativo que se trata de algo completamente
errado, mas, segundo estudos e análises de uma juíza do Acre, pessoa
credenciada para sentenciar um freio nas operações, tudo não passa de uma burla
que repete os mesmos erros e contravenções de um passado ainda recente.
Provavelmente, agora que o Ministro autorizou a polícia federal e os órgãos
competentes a fazerem uma varredura, possivelmente, as múmias irão aparecer em
suas câmaras secretas cheias de dólares e euros dos iludidos investidores.
O
fato é que, mais uma vez, o povo cai nas garras de aproveitadores, que sabem
como as pessoas estão ávidas de melhoras e, sem raciocinar com cautela, aplicam
seu pobre dinheirinho na esperança de vê-lo crescer. Aí eu volto a fazer uma
citação do meu sagaz avó que, debochadamente, dizia: Meu neto nunca se esqueça
que, a única coisa nossa que cresce na mão dos outros é a rola!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna –
antoniodaagral26@hotmail.com
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