quinta-feira, 6 de junho de 2013

Meio ambiente, meio interesse!

                 Antonio Nunes de Souza*

Dia cinco de junho comemorou-se (?) o dia do meio ambiente com tanta simplicidade nacional que, pelo visto, parece que ninguém está percebendo os prejuízos causados pelas mudanças radicai de climas, hecatombes em todos os Estados, alagamentos e secas assustadoras nos lugares menos esperados, acidentes com centenas de mortes e desaparecimentos, nevascas e chuvas torrenciais de granizos destruindo casas, enfim, tantas notícias e acontecimentos assustadores, e as pessoas apenas comentam, colocam as culpas nos governos, mas, não têm a preocupação de fazer uma reflexão que, pouco ou muito, todos nós temos nossa dose de culpa, principalmente, os omissos que representam a grande maioria da população.
Em todos os lugares que chegamos, nos noticiários e nas reuniões de clubes de serviços, associações de classes e até nos eventos sociais, esse tema é sempre falado, mas de uma maneira tão velada, apenas queixas das dificuldades de andar nas ruas, dirigir seus carros, freqüentarem suas praias, seus veraneios e festas de largo, sem observarem que esses fenômenos estão acontecendo graças ao comportamento absurdo e grotesco dos homens.
Uma verdadeira lástima que, nosso país, para comemorar uma partida de futebol, a saída de um jogador ou chegada, carnaval, parada gay, show de artistas nacionais e estrangeiros muitas vezes inexpressivos e idiotas, aglomeram milhares de seguidores, não tendo o discernimento de olhar com o carinho e a seriedade para esse fato assustador que vem se alongando de tal forma, que os cientistas e estudiosos já estão fazendo premonições de um futuro desastroso e triste para o nosso planeta, muitíssimo em breve.
Sem querer ser saudosista, mas, obrigado a me lembrar que, no modesto dia da árvore, todos os colégios da cidade desfilavam pelas ruas, os alunos carregando mudas de plantas e, terminavam as manifestações com uma série de plantios e cânticos de hinos, homenageando o grande simbolismo da data.
Diz o adágio popular que: Nós colhemos o que plantamos!, mas no caso é,paradoxalmente, ao contrário, pois estaremos colhendo o que não plantamos e o que desmatamos. Uma triste e penosa ironia.  Infelizmente, meio ambiente, meio interesse!


*Escritor – Membro da academia Grapiúna da Letras – antoniodagral26@hotmail.com

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