Antonio
Nunes de Souza*
Dia
cinco de junho comemorou-se (?) o dia do meio ambiente com tanta simplicidade
nacional que, pelo visto, parece que ninguém está percebendo os prejuízos
causados pelas mudanças radicai de climas, hecatombes em todos os Estados,
alagamentos e secas assustadoras nos lugares menos esperados, acidentes com
centenas de mortes e desaparecimentos, nevascas e chuvas torrenciais de granizos
destruindo casas, enfim, tantas notícias e acontecimentos assustadores, e as
pessoas apenas comentam, colocam as culpas nos governos, mas, não têm a
preocupação de fazer uma reflexão que, pouco ou muito, todos nós temos nossa
dose de culpa, principalmente, os omissos que representam a grande maioria da
população.
Em
todos os lugares que chegamos, nos noticiários e nas reuniões de clubes de
serviços, associações de classes e até nos eventos sociais, esse tema é sempre
falado, mas de uma maneira tão velada, apenas queixas das dificuldades de andar
nas ruas, dirigir seus carros, freqüentarem suas praias, seus veraneios e
festas de largo, sem observarem que esses fenômenos estão acontecendo graças ao
comportamento absurdo e grotesco dos homens.
Uma
verdadeira lástima que, nosso país, para comemorar uma partida de futebol, a
saída de um jogador ou chegada, carnaval, parada gay, show de artistas
nacionais e estrangeiros muitas vezes inexpressivos e idiotas, aglomeram
milhares de seguidores, não tendo o discernimento de olhar com o carinho e a seriedade
para esse fato assustador que vem se alongando de tal forma, que os cientistas
e estudiosos já estão fazendo premonições de um futuro desastroso e triste para
o nosso planeta, muitíssimo em breve.
Sem
querer ser saudosista, mas, obrigado a me lembrar que, no modesto dia da
árvore, todos os colégios da cidade desfilavam pelas ruas, os alunos carregando
mudas de plantas e, terminavam as manifestações com uma série de plantios e
cânticos de hinos, homenageando o grande simbolismo da data.
Diz
o adágio popular que: Nós colhemos o que plantamos!, mas no caso
é,paradoxalmente, ao contrário, pois estaremos colhendo o que não plantamos e o
que desmatamos. Uma triste e penosa ironia.
Infelizmente, meio ambiente, meio interesse!
*Escritor
– Membro da academia Grapiúna da Letras – antoniodagral26@hotmail.com
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