Antonio
Nunes de Souza*
Chover no molhado é uma
expressão popular que, infelizmente, quer dizer que estamos sendo repetitivos.
Porém, quando nossa palavra não é respeitada, as omissões são claras e
evidentes, as acomodações e falta de respeito e descasos com uma comunidade se
estabelecem é necessário que existam pessoas, órgãos, entidades e o povo em
geral que se manifestem mostrando seus repúdios, cobrando seus direitos e,
principalmente, atitudes das autoridades administrativas e legislativas, no
sentido de corrigir erros gravíssimos que, a cada dia vão se ampliando de tal
forma, passando a serem condições normais de funcionalidade.
Repito, categoricamente, que
não sou contra a informalidade comercial, não desprezo camelô, os olho com todo
carinho e compreensão, reconhecendo que são pessoas batalhadoras procurando
seus sustentos e dos seus familiares, através de sacrifícios diários
enfrentando uma série de adversidades. Entretanto, a maneira brutal e
assustadora que a cidade de Itabuna foi tomada de assalto por esses empreendedores
urbanos completamente desestruturados e sem os licenciamentos devidos, está
causando um pânico total aos comerciantes e os transeuntes, uma vez que,as
calçadas, esquinas, praças, ruas, avenidas, enfim todos os cantos, estão
infestados de vendedores de todos os tipos de mercadorias, sendo um dos carros
chefes a venda desregrada de CDs e DVDs falsificados> Circulam pelas nossas
ruas do vendedor de amendoim até restaurantes com estruturas de carros,mesas
cadeiras, cardápios variados. Fora as lojas ambulantes que chegam pela manhã, abrem
suas portas de carros, expõem suas mercadorias e ainda usam megafones para
angariar mais clientes. A Praça Adami tornou-se uma verdadeira vergonha
centralizada, demonstrando como estamos pessimamente administrados há muito
tempo e ninguém toma nenhuma providência enérgica para uma solução necessária e
justa com a comunidade. Ao contrário, cada dia os absurdos aumentam, pois, para
agradar seus eleitores, os políticos facilitam novas instalações ou fecham os
olhos deixando o barco correr.
Fico pasmo de ver a Câmara de
Dirigentes Lojistas de Itabuna, Associação Comercial, Grupo de Ação Comunitária
e uma série de clubes de serviços, não se unam para tomar uma providência
enérgica com relação a esse triste fato que, com todas as dificuldades que
advirão, deverão ser tomadas por uma questão de leis e direitos de ambas as
partes. Suponho que à hora dessa atitude brilhante de conseguirem lugar
adequado para esses trabalhadores seja agora, pois as lógicas queixas serão
esquecidas até as próximas eleições, já que sabemos da pouca memória do povo
com relação aos erros, imaginem dos acertos que certamente reconhecerão.
Por favor, prezados políticos
que acabaram de serem eleitos, deixem um pouco de lado a ganância de estarem se
preocupando com a próxima eleição, em eleger seus chefes, fazer parcerias por
cicranos ou beltranos, e cuidem de sua cidade, consiga suas vitórias calcadas
em trabalhos realizados e não em conchavos vergonhosos, desprezado seus
munícipes. Como são ridículas as briguinhas que aparecem na mídia, pelas
disputas e uniões inescrupulosas, para se conseguir uma vitória com quase dois
anos de distância.
Que o prefeito Vane tome as
rédeas da sua administração, não se deixe levar por influências partidárias e
pense no povo que espera algo realmente inovador com a qualidade que há muito
não temos. Lute que o povo está do seu lado e, jamais será perdoado se
fraquejar, tornando-se um joguete nas mãos dos gananciosos de poderes.
*Escritor – Membro da
Academia Grapiúna de Letras –antoniodaagral26@hotmail.com
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