Antonio
Nunes de Souza*
Claro que não! É um
comportamento tão barato e agradável que, pelo seu custo/benefício, torna-se
tão maravilhoso quando participamos dos resultados, que nos alegra e enche de
orgulho por termos colaborado com algo que foi benéfico para uma ou mais
pessoas. E, na maioria das vezes, nossas ações são tão insignificantes e
simples, que ficamos surpresos e escabreados por não termos praticado tais
ações em outras ocasiões, nos acomodando em nossas redomas de omissos,
individualizando nossas atitudes e pensamentos, deixando que cada um cumpra o
seu destino, sem ter a preocupação de reparar em volta e ver, claramente, que
bastam alguns pequenos detalhes e uma modesta participação que as coisas
tomarão outros rumos mais promissores de grande valia para os pobres envolvidos.
Esse comportamento acima
descrito é o famigerado e desumano, rotulado corretamente de EGOÍSMO! E essa
atitude, o mais mesquinho dos sentimentos, sem nenhuma dúvida, provoca
prejuízos graves na humanidade, inibe ou destrói sonhos e realizações, podando
muitas pessoas que poderiam no futuro serem importantes para suas cidades,
estados e país. Infelizmente, esse egoísmo que aflora tão intensamente, devemos
aos grandes cuidados que temos que ter, quando pretendemos de alguma forma
ajudar sem cair em armadilhas e truques de pessoas com mal caráter, que
aparecem no dia-a-dia, aproveitando-se das bondades eventuais das pessoas
participativas e, verdadeiramente, solidárias.
Quando será que o homem vai
aprender a conviver dentro das comunidades?
O mundo, no seu início,
pequenos grupos brigavam entre si para criarem suas comunidades, sendo comandados
pelos mais fortes e poderosos. E, com o passar do tempo, as comunidades foram
crescendo, crescendo, se aprimorando e, seus chefes ou mandatários, passaram a
ser aqueles mais inteligentes, competentes e interessados em atender as
necessidades de todos. Para tanto, a solidariedade tinha que ser ponto pacífico
e primordial! E acontecia de uma maneira simples, humilde e sincera, como um
procedimento comum e fiel as nossas origens e necessário que fosse,
literalmente, praticado.
Hoje é normalíssimo que cada
um cuide de seus interesses, não tomem conhecimento do que se passa em sua
volta, optam pelo “salve-se quem puder”, cuidam apenas dos seus confortos,
comodidades, benfeitorias, etc., criando uma sociedade individualista, dando
margem ao aparecimento e crescimento absurdo de um comportamento animalesco e
anormal, onde a revolta pelo desprezo discriminativo faz com que estejamos
todos assombrados, inseguros e amedrontados.
Será que essa mudança de
comportamento, essa falta de solidariedade pode ser corrigida?
Lógico que sim! Basta que
voltemos a nos humanizar, ver que os resultados estão cada dia mais negativos,
as conseqüências desastrosas, que, apenas com amor e parceria, certamente,
seremos mais felizes e faremos um mundo mais tranqüilo para todos!
*Escritor (Blog Vida Louca –
antoniomanteiga.blogspot.com)
antoniodaagral26@hotmail.com
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