Antonio
Nunes de Souza*
Sem
nenhum favorecimento, deveríamos comemorar o “Dia do Professor” com as maiores
honras e glorias, olhando essa profissão com orgulho, respeito e admiração, uma
vez que estamos diante de uma montanha de mestres que, divididos em milhares de
batalhões por esse país, se esforçam para transferir seus saberes, tirar
dúvidas, ouvir milhões de perguntas, opiniões, curiosidades, discutir idéias e
projetos, tudo isso em nome de uma formação digna para os seus alunos, sentindo
no fundo da sua alma uma grande alegria pelos resultados dos seus importantes
trabalhos.
Em
muitas ocasiões esse fascinante trabalho é reconhecido como verdadeiros
sacerdócios, em função dos sacrifícios, muitas vezes absurdos e descabidos que
são surgidos no decorrer das suas atividades e, com esforços redobrados,
apertam até seus orçamentos familiares, para fazer com que as escolas funcionem
ou não faltem materiais básicos para que as aulas fluam normalmente, ou pelo
menos, não sofram soluções de continuidades. Sem sombras de dúvidas, o
exercício da profissão de professor é algo santificado, pois, os
reconhecimentos públicos (e também privado) em termos financeiros são tão
aviltantes e desqualificados, quanto o grande peso de serem obrigados a
cuidarem da educação doméstica dos alunos, já que os pais, por razões diversas,
não tem condições de oferecer. É publico e notório, repetido por diversas
vezes, esse problema de cobrança aos colégios, dos comportamentos descabidos e
absurdos de alunos mal educados e sem orientações familiares, procedem
desrespeitosamente nos colégios, colocando as unidades de ensino perante a
sociedade como culpadas desses acidentes de percursos, cotidianamente,
acontecidos nas salas de aula ou dependências dos colégios. Acusações
grosseiras e descabidas em sua maioria (fui testemunha de várias) e,
lamentavelmente, o ministério público, seguindo as instruções e estatutos do
menor, tem dificuldades de tomar atitudes que não sejam favorecedoras a uma
juventude que nem sempre, é merecedora!
Vamos
continuar lutando para um reconhecimento mais digno, não só pensando em dar uma
melhor condição aos mestres, como para que o nosso ensino brasileiro não
precise tanto de leis de distribuição de vagas baseando-se em etnias (negros e índios),
assim como, para aqueles que estudaram ou estudam nos colégios públicos,
bastando para isso que seja oferecido um ensino de qualidade em todas as áreas,
uma rigorosa fiscalização com os professores para alijar aqueles que acham seus
salários ínfimos, então, não ligam ou se esforçam para agir com dignidade.
Vamos
estender tapetes vermelhos para esses heróis, fazer pressões com os políticos
de todos os partidos, já que todos eles usam a educação como um grande escudo
de suas promessas, mas, quando eleitos, não conseguem ou não cumprem com o
dever patriótico de oferecer dignidade e nobreza a base do crescimento de uma
nação!
Aos
mestres, com carinho, meu grande abraço!
*Antonio
Nunes de Souza (Blog Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com -antoniodaagral26@hotmail.com)
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