Antonio Nunes
de Souza*
Estamos
presenciando duas reações completamente diversas que, enquanto uma faixa de
felizes e prestigiados vencedores estão fazendo suas comemorações por terem
alcançado seus objetivos políticos, uma quantidade bem superior, amarga suas
derrotas se perguntando o que faltou, ou onde foi que erramos?
Para
os vencedores, logicamente, aparecem centenas que se intitulam os grandes
mentores das campanhas, que trabalharam fazendo costuras partidárias, usaram
seus prestígios nos bairros e comunidades, etc., se colocando como peças
fundamentais pelos resultados obtidos. Claramente percebe-se que esses autos
elogios significam que têm direitos a cargos expressivos as suas disposições.
Aí é que mora o perigo! Os vencedores têm que colocar suas barbas de molho e
abrir bem os olhos para esses oportunistas, procurando tomar suas decisões
baseadas nos resultados futuros das suas administrações que, sem nenhuma
dúvida, determinarão suas capacidades de homens públicos perante a
responsabilidade com o povo que confiou em suas pessoas.
Já
a corrente dos vencidos é divisível em duas vertentes Uma daqueles que
competiram atendendo seus partidos e alimentando suas vaidades, mesmo já
sabendo dos resultados e, infelizmente, a outra parte que era composta de
prováveis vencedores, com suas campanhas competitivas, apoios fortalecidos por
uma gama de partidos e políticos expressivos, que, por razões diversas, não
obtiveram os resultados esperados. Nesses casos, obviamente, nunca aparecem os
culpados e, quando muito, alguns dizem que estavam percebendo algumas coisas
erradas, mas... como era fulano ou beltrano que estava comandando, então não
quis dar opiniões para não ferir sensibilidades. Desculpas das mais ridículas,
uma vez que, nessas ocasiões de importantes atitudes, aqueles que realmente têm
compromissos com o partido e com o povo, devem ser claros e objetivos nas
explanações das suas idéias, para que sejam ouvidas e analisadas pelos
diretórios, para se chegar aos caminhos mais pertinentes. A realidade é que não
foi feito um bom trabalho por todos os evolvidos, os discursos não foram
convincentes e o povo preferiu aqueles que melhores se apresentaram, com suas
propostas e projetos.
Infelizmente, não adianta chorar o leite derramado, temos
que partir para novas possibilidades no futuro, não repetir os mesmos erros,
unir pensamentos diversos para se chegar a conclusões que atendam todos os
envolvidos. O resto e os resultados, somente o povo com sua soberania poderá
determinar.
Aos
vencedores nossos parabéns, juntamente com nossas esperanças de bons governos
e, aos vencidos, nosso respeito, carinho e reconhecimento que, com exceções,
percebia-se o desejo de uma Itabuna melhor!
*Escritor
(blog Vida louca – antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com)