quinta-feira, 2 de junho de 2011

O que é que é isso brasileiro?

                                                        Antonio Nunes de Souza*

Começo fazendo essa pergunta, pois não entra em minha cabeça a idéia absurda e descabida de ler, ouvir e ver, diariamente, uma seqüência constante de “achólogos e Madames Beatriz” que, depois de terem assimilado a implantação de derrotistas, opositores e inimigos do país com relação à premonição de resultados, ficam agourando como um bando de urubus, loucos para que as coisas não dêem certas, para se orgulharem das adivinhações e se deliciarem com as carniças que venham acontecer, mesmo que sejam prejudicais ao Brasil, mas, que eles possam bater no peito e, orgulhosamente, dizerem: Está vendo? Eu bem que disse!.
Mesmo com uma quantidade de erros acontecendo, já que estamos corrigindo uma série de distorções do passado e outras do próprio presente, certamente, não se podem apresentar grandes resultados imediatos como se o governo fosse composta de uma mesa como a Santa Ceia cheia de Santos e fieis a uma única causa, pois, até nesse fato religioso e histórico, Judas tirou um pouco do brilho, assim como, depois, Pedro tirou o dele da seringa, negando seu Mestre por três vezes.
Não estou fazendo comparativos querendo dizer que os governos (todos eles, passados e presente), são puros e maravilhosos. Erros? Claro que tem aos montes, graças a nós mesmo por não sabermos escolher nossos dirigentes, ou não soubemos no passado e acharmos mais práticos e benéficos, escolher aqueles que melhor possam nos beneficiar diretamente, e o resto que se dane. Se você defende o povo, briga pelos pobres, marginalizados e oprimidos é taxado de comunista, petista, anarquista. Se defender as classes privilegiadas das elites é rotulado de neoliberal, capitalista, elitista. E, se preferir ficar quieto conservando-se calado sem dar nenhuma opinião ou interferência, é desclassificado pelos dois grupos como omisso e oportunista que espera os resultados para usufruir os benefícios.
Lógico que existe uma série de subcorrentes que puxam para baixo e para cima, desejando fazer parte do grupo que está na situação mais privilegiada. Veja você como é difícil lidar com uma situação dessas, num país com dimensões continentais e uma gama de políticos que vêm ditando as regras por longo tempo em seus benefícios, contando com as leis morosas e cheias de escapatórias, criadas por eles mesmos em seus próprios benefícios!
Terminei me estendendo acima, mas, com explicações necessárias, pois, minha intenção inicial era somente falar sobre o amontoado de crônicas, artigos, e-mails, condenando e desejando que as obras para a copa do mundo e olimpíadas não vão ficar prontas, que os aviões vão aterrissar no mar por falta de aeroportos, as partidas vão seu jogadas nas praias porque os estádios não estarão prontos, os turistas vão dormir embaixo das marquises por falta de hotéis e, depois dos eventos, o povo continuará com fome, sem saúde, educação e segurança. Só falta dizerem que quem vai fazer bons negócios serão os donos de mortuárias, vendendo caixões para os turistas e brasileiros mortos por assaltos e balas perdidas durante os eventos.
Será que é justo e representa cidadania ficar pintando esses retratos futuristas de hipóteses?
Por que não pensarmos com sensatez, participar ajudando e torcendo por resultados alvissareiros e promissores?
Todos os benefícios ou transtornos serão para todos! Então... por que  optar pelo lado negativo, desejando e projetando conjecturas derrotistas?
Temos exemplos que, países outros que foram sedes desses eventos, cresceram, prosperaram, ampliaram seus potenciais turísticos, industriais e comerciais. Por que será diferente no Brasil, país que está crescendo e ganhando a respeitabilidade mundial em todos os sentidos?
O que é que é isso brasileiro! Vamos nos unir, sem linhas partidárias e trabalhar para que tudo venha ocorrer da melhor forma possível e possamos ter orgulho da nossa pátria!

*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)

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