Antonio Nunes de Souza*
Essa pergunta poderia se encaixar numa série de assuntos ligados a nossa querida cidade de Itabuna, mas, como gostamos de singularizar, acompanhar e cobrar resultados, dando prioridade aos mais importantes, direcionamos esse artigo a saúde, mais especificamente ao hospital de base Luiz Eduardo Magalhães – HBLEM.
Sabemos todos que, mediante administrações desastrosas, desvios, terceirizações, inchaço funcional e falta de compromisso social e político, essa unidade de saúde perdeu a plena e, mesmo com recursos na ordem de R$ 1.800,000,00 (hum milhão e oitocentos mil reais) mensais enviados, mensalmente, pelo Governo do Estado, além de não funcionar com as mínimas atenções nos mais simples procedimentos, diariamente vai se degradando, chegando as raias de desprezo pelos mais debilitados doentes, que, pela falta de remédios, assistência médicas e medicamentos, preferem morrer em suas próprias casas, deixando essa triste realidade para aqueles que para lá são transportados sem sentidos, provenientes de acidente. Porém, esses quando dão à sorte de não morrerem, quando voltam a si a primeira coisa que pedem aos familiares é que lhe transfiram para outro lugar.
Depois dos gritos dos inocentes, que são as reclamações constantes do povo exigindo providências, os pecadores representados pela administração pública, mudaram diretores presidentes, Secretário de Saúde, fez discursos, baixou falações, apresentou umas desculpas vazias sem nenhuma consistência justificável e projeto de recuperação baseado na duplicação dos recursos do Estado e a volta da gestão plena que, só podemos imaginar, que a fome dos que se alimentaram no passado, continua aguçada para se abastecerem no futuro.
Não conseguimos entender o prefeito dizer, enfaticamente, que sem as condições citadas acima é inviável administrar, dignamente, o HBLEM. Entretanto, luta com veemência para não entregar a unidade de saúde ao Estado, conforme desejo do Dr. Solla - Secretário de Saúde.
Para o povo o importante é ter a sua disposição um hospital decente e qualificado para atendê-lo, quer seja do Estado ou do município. Mas, infelizmente, graças aos descasos das ditas sociedades organizadas que, acobertados pelos seus bons planos de saúde, não desejarem antipatias políticas e em alguns casos receberem benesses, não arregaçam as mangas e pressionam resultados contundentes e urgentes, conforme as necessidades emergenciais do momento.
Esperamos que essas pessoas envolvidas descruzem os braços, abram os peitos mostrando que têm coração e retribuam a esse povo e município que lhes ajudaram a construir seus patrimônios, uma assistência digna e menos desumana!
Por enquanto, continuamos estarrecidos com o “Silêncio dos pecadores e Os gritos dos inocentes!”
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blospot.com)
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