Antonio Nunes de Souza*
Nós
homens e mulheres, sempre temos nossos segredos de aventuras, um tanto ou
bastante fora dos padrões traçados pela tal sociedade organizada, pois,
aparecem oportunidades que nos fascinam de tal forma, fazendo com que
esqueçamos que certos atos são pecaminosos. Porém, são tão provocativos e
deliciosos, que infelizmente ou felizmente, não conseguimos nos conter. Esse
que vou narrar foi um dos muitos, que descaradamente, saí dos trilhos sem medo
de ser feliz!
No
final dos anos noventa, com a febre dos bingos, fiquei viciado tornando-me um
assíduo frequentador. E nessas minhas idas diárias, conheci uma linda
bonequinha maravilhosa, negríssima como as penas das graúnas, rosto e corpo
belíssimos, uma verdadeira “Deusa do Ébano”, abrochando nos seus dezoito anos
de idade. Eu coroa com sessenta e poucos anos, não nego que enlouqueci quando
tive meus contatos, comprando em suas mãos, cartelas para jogar. Com isso
trocamos sorrisos, ela meio safadinha apesar da idade, e sendo “pobre demarré
del si”, logicamente, viu em mim um coroa que lhe proporcionaria bons momentos
e ótimos presentes. Já na minha mente passou a ideia que ela se me aceitasse,
eu ganharia muitos momentos de prazer, e não deixaria de dar-lhe muitas
alegrias físicas e principalmente materiais. Estaríamos juntando “a fome com a
vontade de comer!”
Não
demorando uma semana, uma noite a convidei para sair, e como estivesse somente
esperando, foi logo perguntando: Pode ser hoje? Pois, vou sair as 20 horas, e
amanhã estarei de folga. Eu disse em resposta que sim, já combinando que a
esperaria no carro um pouco adiante do bingo, já que era proibido para elas
terem relacionamentos com os clientes. Demorados alguns minutos, olhei o
relógio e vi que faltavam dez minutos para o horário marcado, levantei-me e fui
para o local, e não demorando mais que quinze minutos, chega ela, quase
irreconhecível, pois, sem o uniforme do trabalho e dentro de um vestido maneiro
e chic, tornou-se mais linda e ultra tesuda. Abriu a porta, entrou me dando um
beijo na face como cumprimento, e saímos para uma pizzaria, que é onde começam
as coisas boas, ao contrário das ruins que terminam dando em pizzas. Mas,
sempre essa iguaria italiana está presente, comemos, tomamos duas jarras de
vinho da casa, conversamos bastante, rimos, nos divertimos, e depois de mais ou
menos duas horas, saímos, fui leva-la em casa respeitosamente, somente trocando
uma simples “bitoca” na despedida, marcando para nos encontrarmos no dia
seguinte. Voltei para casa com a maior tesão, e não tenho vergonha de dizer que
me masturbei deliciosamente, imaginando estar na cama com a adorada Monique. Vi
que até com minha mão ela era gostosa, e imaginei como seria sublime ao vivo e
a cores, mesmo até que fosse “preto e
branco!”
Dia
seguinte era sábado, dia que eu não trabalhava, aí, lodo cedo liguei (celular
estava entrando na popularidade, mesmo sendo apenas importados, e ela usava um
fornecido pela bingo, em função do trabalho e a necessidade de chama-la em caso
emergencial de substituição) convidando-a para irmos à praia em Ilhéus, que
aceitou de pronto. Combinado tudo, me arrumei todo fui pega-la e, sinceramente,
tomei o maior susto, quando ela saiu de sua modestíssima casa num bairro
periférico, vestida num biquíni amarelo, que faz um tremendo contrate com a cor
negra, que me veio à mente o pensamento simplorio: “Nunca pensei que merecia
tanto!”
Fui
para uma barraca discreta, daquelas isoladas das multidões, já que eu era
casado e a desproporção das idades chamaria demais as atenções. Bebemos
cervejas, comemos caranguejos, mergulhamos muito já nos esfregando bem
gostosamente, beijos, alisamentos sem censuras e muitas liberdades, que gozamos
ambos, sem precisar haver nenhuma penetração, já que apenas nos conhecíamos de
perto, apenas há vinte e quatro horas. Mas, nossos desejos eram evidentes,
sendo ela pelos interesses, e eu pelo sexo propriamente dito, sem olhar para os
custos!
No retorno, chegando perto do Motel Smile eu Falei: Vamos
parar aí para tomar um bom banho, almoçar e dar uma descansada?
Ela, safadinha, somente dizia sim para minhas propostas, que
me fazia feliz, imaginando que na cama seria a mesma coisa. Entramos e nos
deram a chave do apartamento sete, que não me esqueci por ser um número
cabalístico. Ela foi tomar banho, fiquei a espera, já que ainda não tínhamos
intimidade suficiente para nos banhamos juntos, em seguida fui eu, deixando ela
de bermuda e blusa deitada, linda como uma pérola negra radiante!
Quando voltei, percebi que ela cochilava tranquilamente. Aí,
eu apenas de cueca, encostei-me de conchinha por trás dela e, ao passar o
braço, ela acordou e virou-se colocando suas pernas entre as minhas,
massageando meu pênis com suas belas coxas, deixando-o duríssimo e louco para
entrar em algum orifício. Mas, parecendo que adivinhava meus pensamentos,
começou a beijar a minha boca, foi descendo lentamente lambendo meu peito,
sugando minhas tetinhas endurecidas, deu umas linguadas em meu umbigo, e em
seguida, com uma delicadeza e técnica de quem sabia o que estava fazendo,
começou a sugar deliciosamente meu rígido cacete, fazendo um movimento de vai e
vem com a boca quente e generosa, que com menos de cinco minutos eu já gozava
em sua boca, e ela sem parar se deliciava com o esperma jorrando em sua
garganta, enquanto eu tremia de prazer. Eu meio ofegante e ela voltou subindo
me beijando da mesma forma que desceu, até chegar em minha boca, e beijando com
toda sedução que uma mulher pode ter. Sendo um cavalheiro, não me fiz de rogado,
e com um prazer indescritível, comecei a beija-la desde a testa, uns em cada um
dos olhos, nariz, boca, queixo, pescoço, demorei mamando docemente seus lindos
e duros seios, que empinados pareciam duas belas peras negras, ela se virava e
se retorcia como se fosse uma cobra no cio, e após umas boas carícias linguais
no seu umbigo, desci para sua parte pubiana, mostrando toda minha experiência e
perícia na arte bucal, fazendo Monique gemer, tremer e ter orgasmos múltiplos, prendendo meu rosto com suas coxas, quase
sufocando-me de tesão e prazer, já que eu estava novamente pronto para
continuar nossa gloriosa sacanagem ilimitada. Não sei se por desejo ou para
mostrar suas grandes e deliciosas habilidades, sem necessidades de pedidos, nem
charminhos de “aí não pode”, minha Monique, virou-se colocou-se de bruços, e
puxando-me para cima dela, suspendeu aquela bunda saliente, durinha sem uma
mínima estria, e dando uma boa lambida em meu cacete para lubrifica-lo, pegou
com todo amor e carinho, colocando a glande no orifício, que foi sugando
meigamente com gulodice, enquanto ela mexia de uma forma tão doce e mágica, que
ele entrava e saia quase todo, porém, com arte e sabedoria, ela não o deixava
escapulir, como as despreparadas deixam sair diversas vezes, tirando a beleza inigualável
da maravilhosa foda anal!
Terminada
a nossa deliciosa aventura amorosa, pedi dois filet mignon à francesa, e fomos
tomar um banho gostoso. Quando terminamos, já encontramos as refeições no lugar
que colocam sem ter que entrar no quarto. Pegamos, colocamos na mesinha,
comemos para nos fortalecer e recuperar as energias desprendidas, voltando para
a cidade, sorridentes e felizes!
O
fato é que esse namoro eventual, tornou-se um caso, que perdurou por quase dois
anos, e como eu já esperava, fazia sempre as suas vontades, arranjei-lhe um bom
emprego, como também para sua mãe, presentes, assistência geral, mas, durante
esse tempo ela era super carinhosa, fodíamos quase que diariamente, pois, a bem
as verdade, isso é o que mais adoro fazer na vida, e nunca deixo para amanhã!
Até
que, como acontece com mulheres jovens, que um dia se entusiasmam por um
barriga de tanquinho, ela se apaixonou por um rapaz que vendia coco verde em
frente ao seu colégio, e com isso terminamos, ela foi morar com ele em outra
cidade, tiveram dois filhos, e eu nunca mais soube notícias!
Aí,
passados oito anos, um dia eu estava em um barzinho tomando café e,
inesperadamente, uma mulher negra e maravilhosa, entrou e me encarou. Eu logo
disse: Como você é linda e se parece com...., e ela completou: com Monique,
sorrindo e dizendo que era a própria. Nos abraçamos, ela falou que tinha se
separado e que estava chegando em Itabuna de volta para morar na mesma casa com
sua mãe e as crianças, Convidei-a para almoçar, já que era meio dia, almoçamos e
combinamos que a pegaria logo mais a noite para atualizar os assuntos ocorridos
nos oito anos passados. Mas, na verdade eu estava era doido para recordar os
velhos e maravilhosos dias de grandes e diversificadas fodas, porém, sem mais
compromissos como no passado. E como imaginei e desejei, saímos algumas vezes,
eu me esquivando, principalmente por ela estar com um casal de filhos e a mãe
envelhecida, somente seria pepino para mim e minha família. Nesse período ela
voltou a sumir, somente me procurando, cinco anos depois, dizendo-me que havia
voltado com o tal barraqueiro, e loucamente, teve mais dois filhos, e tinha acabado
de novamente se separar. Desta feita ela estava mais gorda, os peitos já
caídos, a cintura quase reta, bunda meio caída, conservando ainda somente a
beleza angelical do rosto e, além dessa mudança de aparência, quatro filhos nas
costas, pois, o barraqueiro que era fodido, não ajudava em nada. Conversei com
ela alguns minutos, desejei-lhe boa sorte e saí debaixo, já que qualquer
relacionamento, mesmo pequeno, me traria muitos custos e complicações!
O
importante é que foram meses de lua de mel no passado, prazeres e satisfações
que jamais consegui esquecer da minha querida Deusa de Ébano!
O
dia da “Consciência Negra” fez-me lembrar dessa parte da minha vida, que foi
deliciosa e cheia de encantos!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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