Antonio Nunes de Souza*
Remexendo
meu baú de memórias, lembrei-me de uma época sacanérrima, que não chovia de
forma alguma em minha região, passaram a bombear águas vindas de uma bacia
vizinha ao mar, que felizmente quebrava o galho para muitas coisas, porém,
quando tomávamos banho, ficávamos com o corpo cheio de salitre, como se estivéssemos
vindo de um banho de mar. Uma sensação péssima e desagradável, porém, foi a
única opção que foi encontrada para abastecer a cidade.
Como
eu morava em um condomínio, resolvemos cotizarmos e mandar abrir um poço
artesiano, que supriria nossas necessidades e nos daria momentos de felicidade.
E com o acatamento de todos, rapidamente tudo foi providenciado, e no dia que
foi inaugurado o esperado fornecimento do bendito poço, com bastante alegria,
fiz esses versos para comemorar a minha satisfação e, tranquilamente, na
reunião do condomínio, recitei e fui bastante aplaudido!
Segue
abaixo meu desabafo aquático:
Alegria!
Alegria!
Furamos
um belo poço
Meu
Deus que alvoroço
Quando
a água subiu.
Naquele
mesmo instante
Gritei
um bem relevante:
“PUTA
QUE PARIU!”
Essa
expressão barata
Chula
e desacata
Foi
pelo alívio sentido.
Me
livrei da água salgada
Minha
pele mais animada
Esqueci
o que tinha sofrido!
S.
Pedro não está ajudando
A
população sacrificando
Passando
todos a sofrer.
Pedro
Rei da viúva
Não
fique com a vista turva
Botando
pra derreter!
Com
esse poço artesiano
A
água entrou pelo cano
Nos
trazendo muita alegria.
Foram
despesas valentes
Ficamos
todos contentes
Rezando
uma Ave Maria!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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