Antonio Nunes de Souza*
A
proliferação da marginalidade no país está tão grande e audaciosa, que por mais
que a polícia organize seus projetos defensivos, equipe seus quadros, adquira
instrumentos adequados para os patrulhamentos, os bandidos, soltos, presos e
engaiolados, comandam suas quadrilhas e facções, determinando operações
completamente condenáveis, e na maioria das vezes, são bem sucedidos com
resultados financeiros substanciais, além de uma matança sem precedente e
completamente injustificada, que supomos ser o método usado para criar pânico,
medo e respeito!
Esse
retrato bizarro e triste, com tendência diária de ampliação, nos faz crer que
chegamos ao fundo do poço, acuados em nossas residências, trabalhos e nas ruas,
estando todos passivos de sofrer algum tipo de criminalidade, e sair dando graças
a Deus, quando não morremos por balas achadas e perdidas, ou agraciados com sequelas
irreparáveis!
Parece
uma piada a audácia de um desses saqueadores de rua, que sem nem se preocupar
quem é a sua vítima, afrontou em pleno amanhecer do dia, o Comandante da
Polícia Militar da Bahia que, lamentavelmente, sentiu na pele o que o cidadão
baiano sente, quando está desfrutando das belezas da orla marítima, ou mesmo
indo e voltando da sua labuta diária. O marginal levou seu celular, e mais não
levou porque o nosso querido defensor policial, estava com roupas esportivas,
praticando a caminhada cotidiana, para conservar a saúde e trabalhar cada vez
melhor defendendo a população!
Não
sei dizer se o referido marginal era um homem corajoso ou agiu por inocência,
atacando logo uma das grandes autoridades que batalham, avidamente, procurando
dar a merecedora tranquilidade que precisamos. Porém, já soube através de um
zum- zum- zum às escondidas, que os chefões das quadrilhas aterrorizadoras, já
mandaram fazer uma placa de prata, para agraciar esse considerado herói quando
for preso, e por gratidão e respeito, terá no presídio todas as regalias que
são dadas aos chefões!
Só
nos resta saber se o ato foi praticado por coragem ou inocência? Creio que se
tratou da segunda hipótese, pois, caso contrário, ele não teria tamanha
ousadia!
O
fato e realidade é que depois que o presidiário, ladrão de joias de “dez dedos”,
escancarou a venda de armas para seus caçadores de “araque”, abriu centenas de
clubes de “tiro ao alvo”, o Brasil ficou um terror, pois, atualmente, qualquer
ladrão “pé de chinelo”, tem uma ou duas armas. Se duvidam, olhem para trás nos
governos de Sarney, dois de Lula, um e meio de Dilma e Temer, não haviam tantos
crimes como agora. O Canalha como presidente, juntamente com seus filhos e
apoiadores, se exibiam nas redes da NET com diversas armas nas mãos,
estimulando a população o uso cotidiano de armas. Agora, preso e desmoralizado,
fica inventando doenças, para poder tirar sua merecida cadeia em sua luxuosa residência!
*Escritor,
Historiador, Cronista, Poeta e um dos Membros fundadores da Academia Grapiúna
de Letras!
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