Antonio Nunes de Souza*
Para que melhor seja entendida a pergunta, vou descrever o que seja, e como procede esse tipo de pessoa, que não sei se voluntariamente ou por cumprimento do destino, vive de uma forma insólita e masoquista. A peteca é aquele equipamento esportivo que está sempre sendo usado de mão em mão, tomando tapas de todos, vivendo de altos e baixos, mas, eventualmente caindo no chão, cheia de dignas penas e, quando todos a usam, abusam e cansam de bater, e já se divertiram bastante, jogam-na fora sem nenhuma cerimônia, adquirindo outra mais nova para substituí-la!
Como você pode ver, a “pessoa peteca”, é uma tola, insegura e as vezes pura, que nunca sabe o que quer, não aprende com as decepções que sofre, ou na pior das hipóteses, adora sofrer, vivendo apenas os momentos daquelas horas em que encontra alguém, que esteja equilibrando-a no ar, não percebendo que essa sustentação só vai ocorrer, até quando o seu usuário estiver sentindo prazer em bater-lhe, vendo-a sempre voltar oferecendo-lhe a outra face!
É lamentável que existam tantas pessoas, que se enquadram perfeitamente nessa categoria. Assim como, muitas vezes nós todos bancamos a peteca, por confiar demais em pessoas que não merecem nossa amizade, ou estima, mas, as inteligentes, saltam fora logo nos primeiros arremessos, mostrando que também tem dignidade e amor próprio!
Reflita e responda para se mesmo: Será que você, tolamente, neste momento não está vivendo uma vida de peteca?
Será que valeu a pena, às vezes em que você andou de mão em mão?
Ou você apenas está ficando depenada e perdendo o seu precioso tempo, pelo uso e abuso dos seus mal escolhidos jogadores?
Vale a pena dar uma parada e mudar, rapidamente, seu comportamental!
*Escritor – Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL
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