quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vamos mudar os comportamentos?


                                                                                                                                     Antonio Nunes de Souza*

Se formos enumerar os comportamentos que temos que mudar, provavelmente, seria uma infindável lista que, com as novas estruturações sociais e econômicas, nos tornaram mutantes de tal forma, transformando o mundo de belo e lindo num circo dos horrores.
Parece um exagero absurdo essa nossa colocação, talvez porque já estamos tão habituados aos absurdos e descalabros, que não encaramos mais determinadas coisas como anomalias. Já fazem parte do cotidiano e dos acontecimentos normais da vida humana, sendo aceitos e colocados em prática por todos, uma vez que passamos a ser uma grande massa de manobra da mídia, que nos impingem hábitos, modismos e conceitos, simplesmente, para aumentar a fome de consumo latente no homem dito moderno e atual.
Com o aparecimento dos criadores de modas, cada um procurou impingir modelos dos mais sofisticados e estranhos, que muitos deles, praticamente, não correspondem às utilidades indicadas, confortos esperados e de belezas das mais duvidosas pelas aparências exageradamente extravagantes. Mas, mesmo com toda essa adjetivação nada elogiosa, as pessoas caem em cima de peito aberto, somente para demonstrarem que estão acompanhando a moda a risca! Torna-se uma loucura inexplicável que, fatalmente, temos que atribuir à falta de cultura, educação e orientação familiar. É cômodo para os pais deixarem as coisas correrem soltas, conservarem a fama de liberais, somente abrindo os olhos quando já é tarde em função de acontecimentos inesperados. Por mais que não queiramos, cotidianamente, estamos vendo casos de muitas liberdades, terminarem em libertinagens. Obviamente, andar com roupas minúsculas e seminuas, não só é uma insinuação como uma grande provocação para acontecer o que todos nós gostamos e, na maioria das situações, são esquecidos os perigos das conseqüências.
Estou apenas focando as micro roupas que, aliados aos requebrados das atuais danças, se você tapar os ouvidos e observar um casal dançando, vai ter a impressão que trata-se de uma relação sexual com ainda algumas pecinhas de roupas. Não só pelas agarrações como as caras e bocas do casal em verdadeiro transe de uma transa!
Você certamente, se pertence ao time dos evoluídos e deslumbrantes comportamentos, deve estar achando que sou um velho careta e obsoleto que, sem nenhuma razão, não concorda com certas atitudes normalíssimas, mas, juro de pés juntos que não é nada disso, apenas creio que fazer tudo isso sem que seja uma exibição pública do “Cirque du Soleil” é muito mais gostoso, agradável e salutar!

     *Escritor (Blog Vida Louca – antoniomanteiga.blogspot.com – antonioda agral26@hotmail.com)

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