Antonio Nunes de Souza*
Esse título nos faz lembrar o velho e maravilhoso filme de Alfred Hitchcock, onde o rei do suspense nos deixou tensos durante todo desenrolar da trama.
A mesma coisa está acontecendo agora, onde dois homens, com nomes de sonoridades similares (Obama e Osama), porém, inimigos figadais, numa contenda sangrenta de muitos anos de atentados despudorados, calcados em religiosidades, interesses comerciais e de domínios, vêm se digladiando. E, lógico que não existe apenas um lado errado, ambos têm suas culpas. Somente que a maneira de um rechaçar o outro, seja a mais cruel e torpe, regada de assassinatos em massa, não considerando homens, mulheres e crianças inocentes, que somente querem viver em paz em seus países.
Com essa contenda que todos até agora só fizeram perder, quer seja através de mortos e patrimônios, ou psicologicamente através do pânico reinante com a preocupação de serem atacados, não podemos deixar de creditar aos Estados Unidos que, lamentavelmente, para demonstrar o seu poderio, interfere em qualquer país, quando acha que não estão rezando em sua cartilha ou ameaçando-o,comercialmente e industrialmente. Sem sombras de dúvidas, os governos americanos são os maiores semeadores de guerras do mundo e, muitas vezes, financiando derrubadas de governos para beneficiar ditadores corruptos que, em represália, pactuariam tranquilamente, com suas boas (?) intenções.
E agora, mais um corpo que cai (estranhamente indo parar no fundo do mar) e, mesmo que saibamos ou nos passam que seja do terrorista Osama, não podemos comemorar como uma vitória, e sim como o começo de uma série de represálias em função do fanatismo do seu exército de seguidores, formado por radicais que viam nele a imagem de um novo salvador cheio de razões.
Além da insegurança reinante provocada pelos ladrões, traficantes, milícias, aliados ao despreparo de uma gama de policiais, viveremos sempre aterrorizados pelo medo dos perigosos membros do Al Qaeda com seus atentados suicidas através de carros, ou cinturões infestados de dinamite.
Cai um corpo, com um baque tão grande, provocando nas águas marinhas uma intranqüilidade mundial, somente, até então, com efeitos benéficos políticos para o Barack Obama, candidato a reeleição para a Casa Branca.
Tudo isso é mais um fato para a história:
“Osama no fundo do mar e Obama nas alturas!”.
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)
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