sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Respeite a sexualidade alheia!

                                                                           *Antonio Nunes de Souza

Não existem mais dúvidas, que as diversas opções sexuais estão ocupando grandes espaços dentro da sociedade moderna. A oficialização em vários países é uma das mais evidentes provas que os conceitos estão mudando e atropelando os mais antigos e milenares preconceitos, com relação ao livre arbítrio de como e com quem usar a sua sexualidade.
O mundo está acabando?  Que nada! Estamos apenas vendo o progresso da liberdade, ações e desejos sendo mais respeitados, fazendo cair à máscara hipócrita da sociedade mundial, que mesmo sabendo da existência de tais comportamentos, lutavam para esconder ou camuflar seus adeptos, taxando-os de doentes. Felizmente, homens e mulheres completamente sadios e conscientes das suas obrigações fizeram e fazem suas opções sexuais, procurando suas felicidades e prazeres das maneiras que lhes são melhores convenientes, derrubando essa falsa e podre conceituação.
Devemos lembrar que todos têm o direito de administrar suas vidas com toda liberdade, desde que não fira os direitos de outros. O comportamento tradicional e obsoleto de julgamentos, simplesmente está sendo reavaliado, “dando a César o que é de César, ou seja: O direito livre de opção sexual”.
Há alguns anos atrás, criou-se uma sigla “GLS” (gays, lésbicas e simpatizantes), para rotular ambientes que eram freqüentados por essas três classificações de pessoas. Não nego que sou e sempre fui um simpatizante! Tenho grandes amigos e amigas homossexuais, pessoas honestas, cultas, trabalhadoras e educadas, que lhes tenho o maior respeito e admiração pelo que elas são, independentes das suas preferências, que batem de frente com as minhas. A isso se chama respeito humano! E é o que todos devem ter, em vez de fazerem comentários bisonhos e depreciativos, como se as opções sexuais apagassem os seus dignificantes trabalhos, suas competências e criatividades.
Entretanto, depois dessa apologia as liberdades de opções sexuais, não podia deixar de dar a minha opinião, com relação a determinados comportamentos exagerados e até agressivos (para mim descabido e desnecessário). Refiro-me a trejeitos e roupas femininas, idem masculinas, maquiagens carregadas e, principalmente, respeitar com dignidade seus locais de trabalho ou órgãos que estão representando. Para ilustrar essa minha opinião, posso citar o caso do padre Pinto, que usando da igreja como seu palco, deu o maior show de loucura desvairada, chocando não só os católicos tradicionais, como toda classe religiosa do mundo. E, somente depois de repetir a dose publicamente em ambientes carnavalescos, a diocese tomou a decisão de afastá-lo da paróquia, constatando que ele não tem problemas psíquicos, apenas trata-se de um gay espalhafatoso, ungido e sacramentado.
Em todas correntes de preferências sexuais, inclusive a heterossexual, encontra-se tipos que exageram no comportamento, querendo demonstrar que é mais do que na verdade é. Esses são classificados de uma maneira indelicada, de coronéis, bichas loucas, cafajestes e outros adjetivos bem mais depreciativos. Muitas vezes até justifica, pois, se é lésbica deve sempre proceder como uma mulher, se gay o comportamento logicamente deve ser de um homem. Não se assuste porque falei comportamento de um homem, pois, morrerei dizendo que para ser gay, precisa ser muito homem. Jamais teria essa coragem toda! E, sendo hétero, não precisa ser cafajeste para querer mostrar que é mais homem que os outros.
O importante é que todas as pessoas sejam respeitadas igualmente, pois, por mais que se tenha comportamentos estranhos ou fora dos padrões, somos todos seres humanos com iguais direitos.

*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blgspot.com)

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