quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

O agito do Egito!


Antonio Nunes de Souza*
Estamos vendo ao vivo uma manifestação popular fantástica, onde o povo depois de sufocantes 30 anos de ditadura, não mais aguentou e foi as ruas disposto até a morrer pela liberdade de sua pátria. Uma similaridade com o que aconteceu conosco, quando nos revoltamos pelos sofridos e absurdos comportamentos do golpe militar de 1964. E, graças a Deus, estamos a cada dia passando a conviver com o que podemos chamar de democracia. Espero que eles se saiam vitoriosos nos seus intentos e sejam concretizadas as eleições livres no país das pirâmedes!
Porém, aqui no Brasil, infelizmente, muitos ainda se aproveitam da falta de informações e educação do povo e conseguem, com o apoio de financiadores interessados, elegerem-se e, sem a menor cerimônia, praticam os maiores absurdos em termos de administração e legislação. E, nessa hora é que devemos agir com severidade, cobrar resultados urgentes as autoridades e expurgar esses homens que não têm compromisso nenhum com suas comunidades e o povo em geral.
Por que será que as pessoas, deliberadamente, relembram o passado, deixam de lado o presente, para se preocuparem com o distante e incerto futuro?
Não enxergam com clareza que, para desfrutarmos de um possível futuro promissor, se faz necessário que cuidemos bem do presente?
Essa minha pergunta é baseada nas preocupações constantes e impositivas de sugerirem candidatos para a substituição dos prefeitos das cidades de Ilhéus e Itabuna, daqui a dois longos anos.
Por que em vez de uma polêmica de preferências, não se unir forças para afastar os atuais que vêm procedendo inadequadamente, conforme uma série de denúncias e comprovações? Se nós tivemos o direito de colocá-los lá, também temos o direito e dever de cobrar atitudes ou usar a lei para destroná-los!
Será que é justo, esperar-se a metade do mandato, para que as cidades se deteriorem mais, para contar, esperançosamente, com prováveis salvadores da pátria, indicados ou listados desde agora?
Creio que seria de maior bom senso, lutar para consertar o presente, pois o futuro é incerto e abstrato. E o presente é o maior alicerce para qualquer possível realização futura. E estes estão sendo caóticos e contam com a conivência e omissão da tão decantada sociedade organizada, deixando o povo à espera do que possa acontecer de pior, se é que é possível, nesse período restante!
Não sou morador de Ilhéus, mas, tenho um carinho especial por essa cidade que sempre fez parte da minha vida, e essas mesmas perguntas também faço aos itabunenses, pois sofremos do mesmo mal e estamos lutando para refrear os desmandos atuais que também aqui ocorrem.
Devemos nesse momento levantar a bandeira do presente para que nossas cidades tenham respeitabilidade, desenvolvam-se nas suas áreas turística, comercial, industrial e agrícola, nos dando um retorno mais promissor, em vez das falsas e não cumpridas promessas.
Que no futuro seja quem for o novo prefeito, mas, no presente, lembre-se que estamos sem nenhum, ou melhor, com péssimos! E isso é que precisamos resolver com urgência.
“O agito é no Egito, mas, podemos nos agitar também!”
*Escritor (Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com – antoniomanteiga.blogspot.com)

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