segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

RELEMBRANDO O PASSADO!

Antonio Nunes de Souza*

Descansando numa rede em meu sítio em Parati, olhando a belezas e centenas de turistas, comecei a recordar toda trajetória de minha vida que me fez chegar onde estou!
Nasci em Campina grande na Paraíba, filha de pais lavradores, pobres e analfabetos, mas, com esforços me deram de presente aos troncos e barrancos, a possibilidade de estudar e terminar o segundo grau. Um curso precário da comunidade, porém, eu gostava de ler muito e estudar, com dezesseis anos tinha conseguido concluir com bastante conhecimentos graças aos meus esforços e dedicação!
E, em função dos meus conhecimentos adquiridos, achei que deveria ir para um cidade grande, onde pelos meus predicados, logo arranjaria um emprego e entraria para a faculdade. Meus pais fizeram uma vaquinha com os amigos, me deram uma quantia de dinheiro e, com a maior coragem, tomei um ónibus para o Rio de Janeiro. Embora com um pouco de medo, estava indo contente e cheia de esperanças. Chegando lá fui procurar uma pensão modesta que haviam me recomendado, hospedei-me alugando quarto por um mês pra baratear o custo, tomei um bom banho e fui me deitar para descansar da longa viagem!
Dia seguinte, sem perda de tempo, segui pelas ruas e avenidas do comércio, com uma porção de currículos, que já tinha levado por orientação de pessoas da comunidade. Batia pernas todos os dias, sempre andando para economizar, mas, passou o mês e ninguém me chamou para entrevista. Fiquei apavorada, pois minha grana que havia trazido estava acabando e eu não queria vtar com a cara de “banjo” demonstrando insucesso!
Foi aí que começou minha nova vida, passando a aceitar as cantadas constantes na rua e nas empresas, e sem nenhuma vergonha, comecei a me prostituir em função das necessidades e da sobrevivência! No começo era duro ter que transar com indivíduos estranhos, muitos mal educados e nos tratavam como, simplesmente, “putas”. Na verdade eu era, mas não queria admitir.
Isso me rendia uma boa verba semanal que, quando passei a fazer as contas, vi que além de pagar todas minhas despesas, sobrava uma boa fatia que eu podia economizar! Sinceramente, dei um sorriso e disse para mim mesma: “É preferível ser uma prostituta e sobreviver bem, que querer ser toda certinha e morrer na merda!” Esse foi o destino que Deus me deu.
Passei então ser mais seletiva, somente transar com homens de meia idade, ou acima, pois, nessa vertente, eles são mais generosos, nos respeitam e sempre nos ajudam pagando melhor.
Aluguel um apartamento pequeno, que me dava condições de atender minha seleta clientela e, sem nem pensar duas vezes, passei a economizar bastante e pagar o recolhimento de INPS, seguindo conselho de um financista, meu já cliente mais assíduo.
Quando completei vinte anos, me assustei, pois minhas economias já davam para eu comprar um apartamento de dois quartos no interior. E cheia de alegrias, seguindo o conselho de um especialista imobiliário, fui a Parati, escolhi e comprei a minha primeira propriedade. Sinceramente, chorei de felicidade quando assinei a escritura e registro. Tratava-se de uma grande vitória, mesmo sendo de uma maneira condenável pela sociedade. Passei uma semana em Parati e, com muita sorte, consegui alugar o apartamento por um preço razoável e voltei para o rio, já preocupada, com medo de perder minha freguesia.
Habituada com meus comportamentos, tudo parecia super normal para mim. Tinha meus cuidados com a saúde e a beleza estética que são bons chamarizes, partia diariamente para shoppings nos horário de almoço, pois era um bom lugar para eu fazer minhas caçadas e eles pensarem que são bons “caçadores” e conseguiram uma boa e jovem mulher! Nesse acontecimento, juntava a fome com a vontade de comer! Rs rs rs. Eles satisfaziam seus desejos e eu as minhas necessidades. Uma troca justa que ambos saiam sempre ganhando.
Pra encurtar a conversa, que passará a ser repetitiva, comprei um sítio em Parati, onde estou nesse momento, com minha empregada (já uma amiga) que trabalha comigo há dezenas de anos, estou aposentada recebendo o máximo permitido pela lei, o aluguel do meu apartamento que comprei anos atrás, vivendo uma vida feliz, tranquila e, a última vez que fui a Campina Grande foi na morte dos meus pais, isso há doze anos. Morreram alegres e felizes, pensando que eu era uma professora bem sucedida.
Estou com sessenta e três anos, tranquila, cheia de vida, não me casei, mas recebi várias propostas para ser amante exclusiva, ou até esposa, porém meu ideal era vencer na vida sem que homem nenhum mandasse em mim!
Tenho convicção que sou uma das exceções, pois, normalmente, muitas se metem com bandidos, drogas, DSTs e terminam na miséria!
Não se deve tomar como exemplo essa vida pregressa de Carmem Lúcia Oliveira! Esse é o meu nome verdadeiro, mas trabalhei (a vida inteira com o nome de Janete).
*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-aantoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com


sábado, 26 de janeiro de 2019

NOSSAS GRANDES FESTAS!

Antonio Nunes de Souza*

Com todos os problemas básicos e essenciais deficitários, o brasileiro jamais deixa a sua alegria, jeito festeiro e risonho nos grandes e pequenos eventos que decorrem durante o ano!
Essa é um verdade bem lastreada e, como rei dos acontecimentos, logicamente não podemos deixar de coroar o nosso deslumbrante, maravilhoso, sensual e pecaminoso CARNAVAL!
Nesse período, que, sorrateiramente, abrange o ano todo, mesmo tendo seus trabalhos do dia—dia, dormem na madrugada, bebem suas “biritas” mas, no dia seguinte estão a postos nas suas funções! Essa pecha sem sentido de que o baiano é lerdo e preguiçoso já está mais que comprovada que é uma grande mentira!

A grande sedução do carnaval penetra pelos corpos de todas as idades, com uma intensidade profunda, deixando todos eletrizados e frenéticos esperando os dias principais, porém, nos ensaios e shows de lançamentos, pode-se ver e sentir o que será de deslumbrante na hora que o prefeito entregar a chave da cidade ao digníssimo rei Momo. Imagine vocês, depois que são anunciados os trajetos e percursos dos aproximadamente cinquenta trios elétricos, cada um com suas seletas bandas e milhares de decibéis para nos ensurdecer, pulando e cantando na frente do lado ou atrás dos mágicos e gigantescos caminhões.
Estamos prestes a esse evento festivo, onde o folião não tem idade, basta que tenha vontade, para desfrutar mais de uma semana, deixando para descansas depois da folia, tranquilamente                   tomando suas cervejinhas e contando as suas façanhas que, muitas vezes, ultrapassam as verdades, somente para dar a conotação aos amigos ou amigas, que ainda derruba corações!  
Com festejos de pós carnaval, as coisas vão rolando para os micaretas e, sem delongas, chegamos ao S. João, festa menos extravagante, porém mais meiga e querida, que não deixa de ser mais uma celebração vigorosa e forte em nosso norte e nordeste. 
Na verdade, nos parece que nascemos para bailar e que o trabalho é um complemento entre uma festa e outra, porém cumprido com fidelidade e responsabilidade!

Viva nosso querido povo baiano e do nordeste, e por que não todos os brasileiros, que com suas mágoas e poucas assistências, levam uma vida séria, honesta e bem vivida nos seus batuques!

Feliz Carnaval para todos com muita harmonia, paz, segurança, muitos amores e bastante alegrias!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral262hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com          

quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

SEXO SELETIVO!

Antonio Nunes de Souza*

Existe um comentário geral com relação a idade e ao sexo, como este procede durante a terceira e quarta idade, já que se chegar aos cem anos ficou como uma nova e agradável marca de longevidade, despontando a quarta e última idade (lógico que por enquanto, pois, em breve, chegaremos aos duzentos anos. A ciência trabalha para isso!).

Lembro-me claramente que, alguns anos atrás, fui no aniversário de um sessentão e, de presente, ele recebeu de uns amigos um livro cujo título era: “A VIDA SEXUAL DEPOIS DOS SESSENTA ANOS!” E, curiosamente, abri para ver e ler algo, quando me espantei que todas as páginas estavam em branco. Dei uma gargalhada, assim como todos, gosando com nosso amigo aniversariante.
Hoje, sessenta anos é, simplesmente, um jovem rapaz em plena idade adulta que, fisicamente, ainda dá suas escapadas sexuais sem maiores problemas de excitação!
Em conversas abertas, sem ser de “pé de ouvido”, tenho obtido informações precisas que contradiz as conversas de botequins, que os homens perdem a virilidade depois de determinada idade!
Isso não existe em nenhuma hipótese, apenas ele passa a ser mais seletivo, escolhendo as mulheres que lhe despertam vontade, ou desejo, sendo menos atuante em algumas das opções sexuais. Por exemplo, o sexo oral é dispensado por uma questão de higiene, sendo que receber tudo bem, mas, fazer: nunca!

Lógico que não estou me baseando em pesquisas científicas, nem laboratoriais. Minha opinião é, sem dúvidas de alguém que é observador dos hábitos e costumes do gênero masculino. Suponho que, com a parte feminina seja a mesma coisa, já que somos humanos e iguais perante a lei de Deus!

Vamos tirar da cabeça que, depois de determinada idade, nada mais sentimos com relação ao sexo. Este adorável e bendito desejo vai até a morte nos acompanhando carinhosamente!
Simplesmente, e com algumas razões, passa a ser um tanto quanto mais SELETIVO!