Antonio
Nunes de Souza*
Chovia
torrencialmente, ruas como sempre se alagando, sujeiras desciam pelos bueiros
já meio entupidos com suas canalizações desproporcionais as correntes eventuais
pluviométricas, passeios ou calçadas ocupadas pelos inúmeros camelôs, que se protegendo
nas marquises, deixavam os pobres transeuntes enfrentando o aguaceiro com seus
pés singrando nas águas acumuladas.
Esse
é o retrato vexatório da nossa querida Itabuna que, sofrendo as agruras do
inferno através de antigas administrações, corre o risco de continuar nessa
situação atípica sem a proteção e guarda das autoridades, nos mostrando
diariamente um retrato nada digno de uma das cidades maiores, outrora também
mais rica, do Estado da Bahia!
Quero
deixar bem claro e evidente que não sou contra o comércio informal, temos de
reconhecer ser um modo de ganhar as sustentações de suas vidas familiares,
condições de educarem seus filhos, cuidarem da saúde e outras necessidades.
Mas, não justifica a maneira acintosa e prepotente de, desordenadamente, fazer
da cidade uma verdadeira feira imunda, barulhenta e prejudicial aos
comerciantes que, sem poder tomar maiores providências, são obrigados a admitir
ou ceder as suas portas de entradas de clientes, para abrigar uma concorrência
absurda e desleal, já que trabalham muitas vezes com artigos similares, sem que
tenham taxações, alvarás, imposto de renda, alugueres, etc., e, curiosamente,
cada dia que passa, pelo descaso absurdo da secretaria competente, diariamente cresce
essa exagerada feira de largo, com a agregação de carros, vans, tabuleiros,
mesas com sombrinhas, bancos, vitrines, barracas, etc.
É
claro e mais que evidente, que todos da câmara, prefeito e secretário que o
assunto compete, ficam calados pisando em ovos, com a preocupação de não
desagradar essa classe de trabalhadores, pois, seguramente, representa uma gama
substancial de votos que dará sustentação as suas eleições futuras. Mas, e o
povo em geral? Os comerciantes prejudicados? Os pedestres desrespeitados? A
clientela dos municípios vizinhos que representa uma boa fatia de compras em
nossa cidade? Será que essas pessoas não votam? Será que não podem ter os seus
direitos de cidadãos em sua comunidade?
Deixo
todas essas perguntas no ar, mais uma vez chamando a atenção da Associação
Comercial de Itabuna, Câmara de Dirigentes Lojistas, Grupo de Ação Comunitária,
juntamente com todos os outros clubes de serviços, para que se dignifiquem
providenciar soluções plausíveis, eficazes, atendendo as partes, principalmente,
sem ferir os direitos de lei que cada um tenha perante a justiça!
Será
que esse triste postal da vista parcial da cidade, tem condições de fazer que
nos orgulhemos da nossa querida Itabuna?
Prefeito
Vane, nada de devaneios. O povo espera o melhor de você!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras
- antoniodaagral26@hotmail.com
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