Antonio Nunes de Souza*
Devido alguns artigos e crônicas que escrevi combatendo a tecnologia moderna, recebi uma série de e-mails elogiando a feitura do texto, mas, ao mesmo tempo, recriminando meu posicionamento contra a ciência e os avanços que estão sendo alcançados em benefício (?) da humanidade!
Dentre os mais terríveis, veementemente, foi a tal da inseminação artificial, hoje usada em larga escala, dispensando o delicioso “rala e rola”, que além de proporcionar momentos divinos aos participantes durante o preparo, a criança nasce mais feliz e robusta. Com essa atitude científica, nós homens passamos a condição de coadjuvantes, entrando apenas com os espermatozoides que, sem honras nem glorias, temos que fabricá-los e expeli-los “manualmente”, na maioria das vezes no próprio consultório médico, nos deixando sair do sanitário com a cara de punheteiro escabreado, com o frasquinho na mão. Que humilhação meu Deus!
Sofremos essa fase, nos adaptamos a ela (que felizmente não passou a ser oficial), e continuamos contando com a maioria das mulheres que, solidariamente, ainda prefere sentir a ejaculação ao vivo e a cores, sem precisar da manipulação médica, valorizando a forma sensata, prazerosa, lasciva e romântica de engravidar e encher a pança!
Mas, quando estamos ainda nos vangloriando de nossa sorte, esperançosos de estarmos tranquilo com a normalidade dos fatos, ficando essa atitude ginecológica e sexual apenas para aquelas que tem problemas para conceber, utilizando a metodologia milenar, que a serpente paradisíaca nos premiou, aparece um cretino de um cientista italiano, que em vez de procurar melhorar o sabor da pizza,, inventa e cria absurdamente, um espermatozoide no laboratório, com todas características dos que nós, honrosamente, fabricamos em nossos lindos, eficientes e maravilhosos sacos escrotais, inclusive, com a capacidade de natação que faz inveja a qualquer campeão olímpico, sem precisar de macacão especial para chegar ao ovário em décimos de segundos nadando borboleta!
Que é isso meu Deus? Esperma genérico? Além de ser uma afronta aos homens, logicamente, trata-se de uma atitude absurda e não convencional, indo de encontro a lei divina, fabricando a nossa mais valiosa matéria prima, sujeita até a não ter uma validade centenária, ou causar uma hecatombe enchendo o mundo de crianças fraquinhas e depauperadas, com validades apenas de duas ou três décadas!
Nós homens temos que tomar providências severas e enérgicas, contra tais cientistas, que em vez de se dedicarem as variações da Covid, gastam milhões de dólares em pesquisas para descaracterizar o homem, como o provedor mor da semente maravilhosa do amor!
Volto a levantar a bandeira que devemos, urgentemente, criar o movimento “Green Pênis”, para salvar a nossa honra, e possamos gritar alto e de bom tom: “Criança sadia só se faz com putaria!”
*Escritor - Historiador – Membro da Academia Grapiúna de Letras - Agral
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