sábado, 5 de fevereiro de 2022

VIDA DE UMA PERIGUETE!

 

Antonio Nunes de Souza*

Com tantas possibilidades em sua frente, bem mais fáceis e atraentes, mas, uma expressiva quantidade, prefere o comportamento um tanto contraditório, condenado pela sociedade dita organizada, que é de ser uma “periguete”!

Mesmo sendo uma mulher de comportamentos, hábitos, costumes, poses, “caras e bocas”, aberturas sexuais mais relaxadas, sem medos de produções independente, e as perigosas DSTs, não é admirada ou respeitada. São muito desejadas por uma vertente de homens que, preventivamente, tem seus cuidados especiais, no que tange a relacionamentos sexuais, mesmo nas condições de “ficantes”, evitando os perigos e, como dizem no popular: não dando chance ao azar!

Comecei dando minha opinião sobre tal profissão, suas nuances, seus comportamentos e como procede. Em grande parte, pode-se ver estampada em sua testa a frase, que bem adjetiva sua pessoa: “eu sou uma piranha!” E todas essas coisas que falei, estarei retratando uma em especial, que é a querida e bela mulher chamada Renata, tratada por seus amigos mais próximos, carinhosamente de Rê!

Além desses tributos espelhados, ela era uma moça inteligente, certa cultura, companhia agradável, pois, sabia entrar e sair em qualquer lugar, mirava sempre os homens de posses para suas saídas, encontros, fins de semanas, ou até para uma “rapidinha”, desde que a compensação fosse generosa!

E assim fazendo, não tardou ter o seu pequeno e confortável apartamento, carrinho quase do ano, luxando sempre, já que a aparência é o maior chamariz, depois do corpo. Tudo isso sem dever nada, uma vez que, em algumas ocasiões, pegava grandes industriais e políticos, que lhe ajudavam substancialmente, em trocas das suas habilidades em cima de uma cama. Jamais foi tola de se envolver com “saradinhos barrigas de tanquinhos”, a não ser que fossem cheios da grana. Com ela nunca existiu essas idiotas paixões repentinas. Seu corpo ela dizia que era como um restaurante self service: Você se serve bem, come gostoso, mas, na saída tem que pagar!

Vale dizer que, inteligentemente, recolhia INPS desde seus 19 anos, pensando no presente para se proteger de alguma doença eventual e, consequentemente, também resguardar seu futuro!

Ela, sinceramente, foi uma das que deram sorte, pois, está aposentada, ainda bonita e conservada, adotou um garotinho, tem seu cachorrinho Poodle, dá suas caminhadas diariamente pelo farol da barra, e ainda hoje, algumas vezes dá uma “rapidinha” com alguns dos velhinhos, companheiros de exercícios na orla!

Garanto que se perguntarem a ela se ser “periguete” é ruim, ela, logicamente, dirá que não, pois, tem suas razões e desfruta bem das compensações passadas!

Essa é uma prova cabal, que todas as profissões são importantes, merecem respeito e são dignas, basta que sejam praticadas com classe e elegância. Essa por exemplo, começou como “prostituta”, passou para “garota de programa” em seguida “periguete” e atualmente é, respeitosamente chamada de “acompanhante”. Muitas delas com níveis universitários e bilíngues. Inclusive, existem empresas idóneas, nacionais e internacionais, que as agenciam, com garantias e segurança absoluta!

Sempre achei que essa profissão um dia seria oficializada, inclusive com cursos para ampliar as habilidades e desempenhos!

Quando será que teremos a inauguração no Brasil da UNASE? (Universidade Nacional do Sexo) Não faltará professores!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letra – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com

 

Nenhum comentário: