Antonio
Nunes de Souza*
Ao
circularmos pelas ruas da cidade, ouvir, ver e ler alguns noticiários, não
podemos deixar de estarmos estarrecidos com os controvertidos e paradoxais
comentários, com relação a algumas determinações baseadas nas leis vigentes, no
sentido de minimizar os grandes erros já enraizados nos comportamentos comuns
da nossa exigente sociedade que, lamentavelmente, não cumpre a sua parte, mesmo
as mais simples e básicas!
Dentre
muitos assuntos procuramos focar um que, por ser uma novidade em nossa cidade,
está sendo “malhado” e condenado pelos condutores de veículos e, por incrível
que pareça, até por uma grande gama de transeuntes. Parece algo inacreditável,
mas, é uma realidade, que nossa vizinha Ilhéus sofreu na pele há mais ou menos
um ano. Trata-se da instalação de radares nas principais vias urbanas, placas
com controles de velocidades bem distribuídas e visíveis, no sentido único de
dar melhor segurança para todos, evitar acidentes, atropelos e congestionamentos
provocados pelos apressadinhos do volante. Então, o que deveria parecer algo
inovador no município para favorecer e organizar as vias urbanas, tornou-se
alvo veemente de críticas, como se esse comportamento moderno e eficiente no
mundo todo, fosse uma indústria de multas para angariar dinheiro para os cofres
públicos, não querendo os arautos de tolices, reconhecer que o que foi
implantado, deve ser respeitado rigorosamente, e se assim for feito, eles não
serão multados ou sofrerão penalidades. Logicamente, somente aqueles que não
respeitas as leis e as normas, são condenados juridicamente.
Vejam
vocês que, quando não existia organização, o trânsito era vulnerável a uma
série de tormentos, todos (esses mesmos) achavam que deveria haver uma
providência por parte da administração. Aí, quando toma-se posições e atende-se
o necessário e os pedidos, imediatamente a administração é taxada de abusiva e
extorsiva, quando na verdade abusivos são os motoristas irresponsáveis e os
pedestre que não utilizam corretamente as faixas determinadas para as
travessias. Vamos ser menos incoerentes e mais obedientes que, com certeza, os
resultados serão mais benéficos e estaremos dando uma sinalização de maior
civilidade e cidadania.
Vamos
aproveitar para também falar sobre outro assunto com determinada similaridade:
as blitzs policiais! Quando não são feitas todos condenam dizendo que os
bandidos e ladrões circulam livremente pelas cidades e estradas. Porém, quando
os condutores de veículos se deparam com uma guarnição verificando
documentações, equipamentos, etc., todos saem revoltando com a operação,
achando os policiais chatos, exigentes, atrasando os percursos e criando
transtornos!
Como
poderemos entender a incoerência dessas pessoas que, na realidade, não sabem o
que querem, ou, o importante para elas é falar mal de alguma forma!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna –
antoniodaagral26@hotmail.com
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