quinta-feira, 12 de março de 2015

A incoerência humana!



Antonio Nunes de Souza*

Ao circularmos pelas ruas da cidade, ouvir, ver e ler alguns noticiários, não podemos deixar de estarmos estarrecidos com os controvertidos e paradoxais comentários, com relação a algumas determinações baseadas nas leis vigentes, no sentido de minimizar os grandes erros já enraizados nos comportamentos comuns da nossa exigente sociedade que, lamentavelmente, não cumpre a sua parte, mesmo as mais simples e básicas!
Dentre muitos assuntos procuramos focar um que, por ser uma novidade em nossa cidade, está sendo “malhado” e condenado pelos condutores de veículos e, por incrível que pareça, até por uma grande gama de transeuntes. Parece algo inacreditável, mas, é uma realidade, que nossa vizinha Ilhéus sofreu na pele há mais ou menos um ano. Trata-se da instalação de radares nas principais vias urbanas, placas com controles de velocidades bem distribuídas e visíveis, no sentido único de dar melhor segurança para todos, evitar acidentes, atropelos e congestionamentos provocados pelos apressadinhos do volante. Então, o que deveria parecer algo inovador no município para favorecer e organizar as vias urbanas, tornou-se alvo veemente de críticas, como se esse comportamento moderno e eficiente no mundo todo, fosse uma indústria de multas para angariar dinheiro para os cofres públicos, não querendo os arautos de tolices, reconhecer que o que foi implantado, deve ser respeitado rigorosamente, e se assim for feito, eles não serão multados ou sofrerão penalidades. Logicamente, somente aqueles que não respeitas as leis e as normas, são condenados juridicamente.
Vejam vocês que, quando não existia organização, o trânsito era vulnerável a uma série de tormentos, todos (esses mesmos) achavam que deveria haver uma providência por parte da administração. Aí, quando toma-se posições e atende-se o necessário e os pedidos, imediatamente a administração é taxada de abusiva e extorsiva, quando na verdade abusivos são os motoristas irresponsáveis e os pedestre que não utilizam corretamente as faixas determinadas para as travessias. Vamos ser menos incoerentes e mais obedientes que, com certeza, os resultados serão mais benéficos e estaremos dando uma sinalização de maior civilidade e cidadania.
Vamos aproveitar para também falar sobre outro assunto com determinada similaridade: as blitzs policiais! Quando não são feitas todos condenam dizendo que os bandidos e ladrões circulam livremente pelas cidades e estradas. Porém, quando os condutores de veículos se deparam com uma guarnição verificando documentações, equipamentos, etc., todos saem revoltando com a operação, achando os policiais chatos, exigentes, atrasando os percursos e criando transtornos!
Como poderemos entender a incoerência dessas pessoas que, na realidade, não sabem o que querem, ou, o importante para elas é falar mal de alguma forma!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

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