Antonio
Nunes de Souza*
Sem
querer entrar no mérito clínico e medicinal, já que nossa competência se
restringi a opiniões singelas e pouco sólidas, não posso deixar de apenas,
leigamente, dizer que, com a chegada dos médicos estrangeiros ao país,
automaticamente e forçosamente, o governo terá a obrigatoriedade de proceder
com a máxima urgência, uma estruturação necessária para que esses homens possam
trabalhar dignamente, como nosso sofrido povo brasileiro merece. E, para justificar
tal atitude que conta com a desaprovação de uma ala do povo e algumas
instituições, certamente seremos todos agraciados com bons postos, hospitais,
ambulâncias, medicamentos, etc., pois, nada adiantará, contarmos com os
profissionais da saúde e esses não tenham as condições normais para exercer
suas funções atendendo as comunidades!
Antes
de fazer conjecturas e premunições como muitos já estão fazendo, prefiro
torcer, não apenas para ser solidário ao governo, mas, seguramente, pensando no
melhor tratamento que o povo receberá.
Entretanto,
quando pensei e comecei em escrever esse texto, minha mente criativa cheia de
elucubrações e algumas semi loucuras, estava focada na nossa certa e tranqüila
ampliação de ritmos que teremos em nosso incomensurável cabedal de passes e
requebrados, herdados de outros povos, como as variações em torno dos temas,
criadas pelos próprios brasileiros. E, desta feita, será mais que rapidamente
agregado ao nosso tabuleiro de requebrados, o famoso e sensual “merengue”. Nós
brasileiros, dançantes por tradição e agregadores de culturas dessa vertente,
não pestanejamos quando é para rebolar a bunda, fazer esfregações, caras e
bocas provocantes e, conseqüentemente, terminar numa “ficada”, passiva de mais
uma produção independente. Creio que já faz parte integrante do nosso quente e
sadio sangue latino!
Obviamente,
teremos outras ampliações, uma vez que receberemos grupos de médicos de outros
países e, com certeza, também trarão seus hábitos e tradições.
Assim
sendo, vamos pedir a Deus que também não venha o hábito de fumar charutos e
outras “cositas mas”. Devemos nos preparar para já no próximo carnaval, ver
encima dos trios um grupo de médicos cubanos dançando e cantando, ao mesmo
tempo em que grita para a multidão alegre e feliz: “Arriba los pés muchachos”!
*Escritor
– Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com
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