Antonio Nunes de Souza*
Mesmo
com sua fama internacional de grandes amantes latinos, os brasileiros estão
estatisticamente classificados em segundo lugar no mundo, como usuários de
estimulantes sexuais, perdendo apenas para os Estados Unidos.
Conforme pesquisa, a pílula dos Deuses é usada em
quantidade até abusiva, por jovens que desejam demonstrar um desempenho de
super-men para impressionar suas parceiras com repetidas peripécias eróticas e
variações exóticas em torno do tema.
Será que já não se faz homens como antigamente?
Será que essa era da computação, internet, Orkut,
forró, axé, funk, arrocha, etc. fez esfriar a libido?
No meu tempo, bastava uma olhadinha na batata da
perna que já estávamos prontos para o que desse e viesse, sem precisar de mais
nenhum tipo de estimulante para enfrentar a hora da verdade, sem a preocupação
ou medo de ser feliz. Até hoje, com essa moda de barriga de fora, quando vejo
um umbigo, ainda sinto arrepios de desejo, somente em imaginar as coisas que
têm abaixo e acima dele. Acho que esse exercício de imaginação faz com que a
corrente sanguínea aumente bravamente, fazendo suas funções com a máxima
competência. Tenho até medo de um dia, por curiosidade, usar um desses
apetrechos químicos, aliando-os a minha fértil imaginação, sair por aí subindo
nas paredes e ser preso como tarado. Chega me causar horror imaginar ver nos
jornais manchetes estampadas: Velhinho ataca mulheres em via pública! Tarado de
cabeça branca quer ver a coisa preta! Vovó ataca dezenas de mulheres e foi
preso em casa se masturbando!
Sinceramente, preocupa-me muito a maneira com que
os homens estão conduzindo a arte do amor, não a colocando como uma prioridade
e responsabilidade masculina, não se desligando dos problemas nas horas das
decisões e, como conseqüência, falhando vergonhosamente.
Pelas conversas com uma série de amigos (de todas
as idades), já se tornou habitual o uso da pílula azul como acessório
indispensável para uma aventura amorosa. Uns usam como medida de segurança,
outros para se tornarem atletas e muitos para inibir a própria e desastrada
incompetência (ou incompotência).
Mediante a apurada pesquisa do uso em larga escala
pelos brasileiros, um laboratório nacional está preste a lançar no mercado o
estimulante brasileiro. Ainda não foi batizado o nome a ser lançado, mas,
sugiro que deveriam chamá-lo de “Broxabrás”, numa homenagem justa aos
aficionados do seu uso.
Eu, felizmente, ainda consigo levantar a cabeça
usando o cérebro!
*Escritor (Blog Vida Louca –
ansouza_ba@hotmail.com)
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