domingo, 22 de janeiro de 2012

Itabuna, ou navio Costa da Concórdia?

                                                   Antonio Nunes de Souza*
Os desastres e tragédias que ocorrem por esse mundo nos deixam intranqüilos e preocupados com os resultados, pois atingem sem dó ou piedade, o pobre povo que, inocentemente, confia ou confiou em pessoas que não merecem e jamais mereceram ocupar cargos de altas responsabilidades (profissionais, políticos administrativos e legislativos) perante uma sociedade.
Vendo e ouvindo a massificação da mídia mundial com relação ao desastre do enorme e luxuoso navio “Costa Concórdia”, condenando com veemência a atitude descabida e irresponsável do capitão que, procedendo de uma maneira totalmente fora das normas internacionais, enquanto o navio aproximava-se perigosamente da costa, ele tomava um bom vinho e dançava com uma loura em sua cabine/camarote, provavelmente, numa prévia das suas costumeiras aventuras amorosas, deixando o barco correr solto a deriva, ao prazer da tripulação, talvez já habituada com esse vil e torpe procedimento em viagens anteriores desse desastrado capitão, que, pela sorte, era no passado apenas o imediato e substituía o titular eventualmente.
Então, fazendo uma analogia com relação ao nosso município de Itabuna, podemos comparar o nosso navio como a “Nau dos condenados”, onde o pobre povo está entregue ao capitão Azevedo que, sem a habilidade marítima, escolheu uma tripulação de marinheiros de primeiras viagens, outros gananciosos fazendo grandes pescarias em benefícios próprios, nos presenteando como conseqüências uma saúde precária, uma assistência médica insólita e ineficaz, ruas com mais buracos que o casco do navio sinistrado, restaurante popular fechado, a vergonha da grotesca reforma da cinqüentenário, as distribuições de cargos criados para agradar os parceiros políticos (preenchidos por pessoas de duvidosas morais). E, pior que tudo isso, é que com mais de dois anos de administração (?) ou navegação, ninguém sabe ao certo quem é que, verdadeiramente, é o comandante do nosso barco que, singrado sem rumo já teve apontado nesse período mais de meia dúzia manda chuvas.
Infelizmente, a comparação é bem fundamentada, sendo pior ainda que, na nossa “canoa furada”, ainda temos a dengue, violência, trânsito insuportável, manipulação da câmara, licitações duvidosas, numa demonstração de deboche e falta de respeito para com o povo. E, segundo os noticiários, nosso capitão também é chegado a um bom vinho e amores clandestinos tanto na terra como no mar (quanta semelhança, meu Deus).
Só nos resta agora esperar que o ministério público aperte essa tripulação perigosa, antes que ocorram tragédias maiores do que as que estão ocorrendo e, importante será, mostrar ao povo com clareza e, obviamente, provas, como foram e estão sendo enganados, tirando de vez a possibilidade de uma reeleição de pessoas que não têm compromissos com a comunidade!
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)

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