domingo, 24 de fevereiro de 2019

COMO PERDI ELE!

Antonio Nunes de Souza*

Perdi a minha virgindade num passeio na fazendo do meu tio, que tem dois filhos maravilhosos, mais ou menos da minha idade (dezessete e dezoito anos), primos maravilhosos e bonitos.
Meu avô, homem experiente e vivido, me dizia sorrindo que “quanto mais prima o pau empina”, e parece que ele tinha toda razão, pois, pelo parentesco existente, sempre relaxamos um pouco nas roupas, maneiras de sentar, nos beijos e abraços corriqueiros e, sem sentir, terminamos aceitando certas carícias, pegadas mais seguras com esfregações de desejo, que logo afloram a vontade de transar sem nem lembrar dos parentescos existentes!
Para quem não passou por isso, sinto pena, pois é uma sensação gostosa, você fica “molhadinha” imediatamente, vindo a cabeça que o bom é ter esse escondido sexo, cheio de mistérios e com uma pessoa agradável e carinhosa!

Tudo isso aconteceu com meu primo Getúlio, o mais velho, que, como eu, sempre procurava uma maneira de nos encontrarmos nos lugares mais exóticos e estranhos, para gozarmos fartamente, sem medo de ser feliz, ou de acidentalmente, surgir uma gravidez inesperada. O importante era ter nossos orgasmos deliciosos, sem que os outros percebessem, como minhas férias estavam sendo deliciosas.
Meu outro primo, o Vivaldo, era mais ligado aos estudos e sempre nos deixava a vontade para nossas atuações sexuais de todas as formas e de todos os gostos. Éramos um tanto inexperientes, mas, para uma boa sacanagem, tínhamos já nossos conhecimentos pelas conversas com colegas, alguns namoros mais espertos e certas literaturas que folheávamos na biblioteca!
É uma “estória” que não posso esquecer nunca, pois encheu-me de prazer numa das minhas férias, não sendo mais repetidas em função de não ter aparecido outras oportunidades.
Felizmente não aconteceu a indesejável “produção independente”. Curtimos um mês de esfregação e sexo, perdi meu velho cabaço, que nem senti a tal dorzinha proclamada por todas. Foi tão maravilhoso que, até hoje fico espantada pelo tabu e veneração por um tolo hímen!

Sinceramente, eu estou dizendo que “perdi ele”, mas, na verdade, ganhei uma gostosa surra de um membro viril, duro e forte que, na maioria das vezes, chegava a ter uma moleza depois, querendo apenas dormir!
Meu avô tinha razão: “Quanto mais prima, o pau empina!”
E como empinava o do meu priminho querido!

*Escritor-Membro da Academia Grapiúna de Letras-AGRAL-antoniodaagral26@hotmail.com-antoniomanteiga.blogspot.com

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