terça-feira, 30 de junho de 2015

Viva a Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal!

Viva a Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal!




*Antonio Nunes de Souza



“Prefiro morrer em pé, que viver ajoelhado!”



Essa frase histórica dita por Ernesto “Che” Guevara, espelha o procedimento de homens que não se curvam perante as ameaças e lutam para combater os absurdos e abusos dos poderosos. Não rastejam como capachos para serem beneficiados financeiramente ou em suas atividades profissionais. Dentre os tipos de homens que comungam com essa filosofia, temos que destacar uma gama de jornalistas, que se preocupa em passar para seus leitores, notícias imparciais combatendo as mazelas ou elogiando as atitudes realizadas dentro da ética e da moralidade.



Lamentavelmente, o poder econômico e político conseguiram corromper uma grande parte da mídia, através de dinheiro, benesses e ameaças, fazendo que só circulem as notícias de seus interesses, enganando sem escrúpulo o pobre povo brasileiro.



Entretanto, existem casos de homens que não se amedrontam e lutam bravamente pelos interesses da comunidade, mesmo sendo passivos de constrangimentos e perigosas ameaças, continuam fazendo denúncias, cobranças e relatando os fatos como realmente eles acontecem por trás dos bastidores. Homens que defendem a liberdade de imprensa, mesmo arriscando suas vidas, para honrar a profissão que escolheram.



Por essa razão, para patentear em nossa comunidade esse trabalho digno de respeito e admiração, foi inaugurada uma praça no centro da cidade, com a denominação de Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal.



Por que Manoel Leal? Por que trocar o nome Getúlio Vargas?



Podemos dar duas explicações distintas, que justificam plenamente tal atitude: O nosso saudoso presidente Getúlio Vargas, embora tenha feito muitas coisas pelo Brasil, além de ter milhares de vias públicas com o seu nome dentro do país, foi, acintosamente, contra a liberdade da imprensa, além de ter conseguido seus intentos de poder através de golpes. Já Manoel Leal, lutou pela imprensa livre e, por essa razão, sofreu golpes covardes e traiçoeiros por estar exercendo sua profissão. Temos que reconhecer esse mérito, pois, muita gente na surdina e covardia, vibravam com suas denúncias corajosas. Mas, se isso não bastasse, é importante que outras praças e avenidas sejam batizadas em outras cidades, enaltecendo a liberdade da imprensa, colocando nomes de outros jornalistas que foram assassinados barbaramente quando trabalhavam pelo bem das suas comunidades.



Não devemos analisar detalhes sobre seus méritos ou não. Devemos é condenar a estupidez dos crimes contra jornalistas que denunciam as coisas erradas, pois, já que existe a lei, quando a notícia for infundada, a maneira correta é recorrer judicialmente e tomar as medidas cabíveis. Mas, na ausência de condições de provar ao contrário, usarem do poder, dinheiro, tráfico de influência e matar ou mandar matar seres humanos, é um absurdo imperdoável em qualquer lugar do mundo. E isso vem acontecendo repetidamente em todo país, graças à benevolência da lei que, em muitos casos, trocam a moralidade pela subserviência.



Tenho orgulho em morar na Praça Liberdade de Imprensa Manoel Leal há 45 anos. Vi o jornal A Região nascer, assim como seu atual diretor Marcel Leal, que, com sacrifício, dá continuidade ao trabalho do seu pai, pois é muito difícil sobreviver comungando com desmandos.



Lamentavelmente, desse livro sangrento, só vimos o crime, mas, está faltando o castigo. Porém, esse tarda, mas não falha!



Minha praça não tem palmeiras, assim como não tem mais o sabiá! Este foi morto por cantar notícias que desagradavam os ouvidos daqueles que desafinavam nas suas atividades!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras = antoniodaagral26@hotmail.com



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