terça-feira, 30 de junho de 2015

Independência da Bahia!

Independência da Bahia!


Antonio Nunes de Souza*

Mais um ano que comemoramos o aniversário da independência de nossa querida Bahia, o bendito 2 de julho com o desfile da Cabocla da Lapinha ao Campo Grande, que na verdade é registrado como Praça dois de Julho, cortejo esse que, lotado pelo festeiro povo baiano e infestado com a politicagem que angaria simpatias e votos, coloca as ruas em que passa numa alegria só vista pela baianada querida e sempre feliz, apesar das agruras constantes!

Eu, que tive o privilégio de viver muitos anos na capital, nunca deixei de acompanhar ou ver a saída do Largo da Lapinha e, para não pegar um trânsito lento e cansativo, saía na frente através de caminhos outros, seguindo direto para o local da chegada, onde já encontrava muita gente, principalmente aqueles que, suas comemorações, prendiam-se as danças, charangas, pagodes e sambas de roda, que em festas de baiano jamais faltam!

Com estacionamentos ainda vagos, parava o meu carro, logicamente já pagando ao flanelinha e, sem pressa, ia me aconchegando em alguma barraca que o mulherio era mais vistoso, bonito e promissor! Lógico que em qualquer reunião ou eventos em Salvador (até nos enterros), as paqueras e aproveitamentos são sempre bem vindos e praticados sem a menor cerimônia. Acho que faz parte da nossa raiz africana que, em qualquer circunstância, o importante é a festa e os prazeres que essas podem proporcionar! O que está se comemorando é apenas um detalhe.

Como sempre acontecia o esperado, após a chegada do cortejo, multidão se espremendo, sem nem ligar os discursos chatos e repetidos pelos políticos, ia entrando nas barracas, ocupando suas mesas e pedindo suas bebidas e tira gostos dos mais variados, sendo que, daí pra frente o coro comia solto: ninguém era de ninguém e todo mundo era de todo mundo! Dançávamos nos agarramentos mais pecaminosos possíveis e alegres por esse feriado que perpetuava a independência baiana, pois, se não fosse feriado, certamente já haviam esquecido dessa parte da história. Aprendi com essa festa, que se o governo quiser que o fato seja lembrado, tem que decretar feriado!

Como sempre acontecia, lá pela madrugada sempre saía acompanhado para meu apartamento levando uma mulata ou morena tesuda e bonita, na intenção de usar minha “borduna” no capricho patriótico. E, no meu íntimo, eu vibrava gritando: Viva a Bahia de todos os Orixás, Todos os Santos e de todos os pecados!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com









Viva a Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal!

Viva a Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal!




*Antonio Nunes de Souza



“Prefiro morrer em pé, que viver ajoelhado!”



Essa frase histórica dita por Ernesto “Che” Guevara, espelha o procedimento de homens que não se curvam perante as ameaças e lutam para combater os absurdos e abusos dos poderosos. Não rastejam como capachos para serem beneficiados financeiramente ou em suas atividades profissionais. Dentre os tipos de homens que comungam com essa filosofia, temos que destacar uma gama de jornalistas, que se preocupa em passar para seus leitores, notícias imparciais combatendo as mazelas ou elogiando as atitudes realizadas dentro da ética e da moralidade.



Lamentavelmente, o poder econômico e político conseguiram corromper uma grande parte da mídia, através de dinheiro, benesses e ameaças, fazendo que só circulem as notícias de seus interesses, enganando sem escrúpulo o pobre povo brasileiro.



Entretanto, existem casos de homens que não se amedrontam e lutam bravamente pelos interesses da comunidade, mesmo sendo passivos de constrangimentos e perigosas ameaças, continuam fazendo denúncias, cobranças e relatando os fatos como realmente eles acontecem por trás dos bastidores. Homens que defendem a liberdade de imprensa, mesmo arriscando suas vidas, para honrar a profissão que escolheram.



Por essa razão, para patentear em nossa comunidade esse trabalho digno de respeito e admiração, foi inaugurada uma praça no centro da cidade, com a denominação de Praça da Liberdade de Imprensa Manoel Leal.



Por que Manoel Leal? Por que trocar o nome Getúlio Vargas?



Podemos dar duas explicações distintas, que justificam plenamente tal atitude: O nosso saudoso presidente Getúlio Vargas, embora tenha feito muitas coisas pelo Brasil, além de ter milhares de vias públicas com o seu nome dentro do país, foi, acintosamente, contra a liberdade da imprensa, além de ter conseguido seus intentos de poder através de golpes. Já Manoel Leal, lutou pela imprensa livre e, por essa razão, sofreu golpes covardes e traiçoeiros por estar exercendo sua profissão. Temos que reconhecer esse mérito, pois, muita gente na surdina e covardia, vibravam com suas denúncias corajosas. Mas, se isso não bastasse, é importante que outras praças e avenidas sejam batizadas em outras cidades, enaltecendo a liberdade da imprensa, colocando nomes de outros jornalistas que foram assassinados barbaramente quando trabalhavam pelo bem das suas comunidades.



Não devemos analisar detalhes sobre seus méritos ou não. Devemos é condenar a estupidez dos crimes contra jornalistas que denunciam as coisas erradas, pois, já que existe a lei, quando a notícia for infundada, a maneira correta é recorrer judicialmente e tomar as medidas cabíveis. Mas, na ausência de condições de provar ao contrário, usarem do poder, dinheiro, tráfico de influência e matar ou mandar matar seres humanos, é um absurdo imperdoável em qualquer lugar do mundo. E isso vem acontecendo repetidamente em todo país, graças à benevolência da lei que, em muitos casos, trocam a moralidade pela subserviência.



Tenho orgulho em morar na Praça Liberdade de Imprensa Manoel Leal há 45 anos. Vi o jornal A Região nascer, assim como seu atual diretor Marcel Leal, que, com sacrifício, dá continuidade ao trabalho do seu pai, pois é muito difícil sobreviver comungando com desmandos.



Lamentavelmente, desse livro sangrento, só vimos o crime, mas, está faltando o castigo. Porém, esse tarda, mas não falha!



Minha praça não tem palmeiras, assim como não tem mais o sabiá! Este foi morto por cantar notícias que desagradavam os ouvidos daqueles que desafinavam nas suas atividades!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras = antoniodaagral26@hotmail.com



sábado, 27 de junho de 2015

O resultado do seu descaso!

O resultado do seu descaso!


Antonio Nunes de Souza*

Naquele cortejo triste, uma família chorava copiosamente, acompanhando o final de uma curta trajetória de mais um menor que, na loucura e desespero da sua luta pela sobrevivência, tinha tido um fim trágico e simplório, de mais uma vítima dessa sociedade cruel e egoísta, que, erroneamente, comporta-se muito alheia as evidências, imaginando que estão agindo corretamente!

Robertinho ou Roberto, que era mais conhecido na favela como Betão, filho de pai desconhecido, como acontece com a maioria das crianças dos pobres e periféricos recantos, morava com sua mãe e mais dois irmãos menores. Desde sua mais tenra infância já sofria no seu barraco de restos de tábuas e papelão, cobertura de dez telhas de Eternit, apenas dois cômodos, onde todos se arranjavam, se maldizendo do calor escaldante no verão e frio e goteiras no inverno, pegando suas gripes e enfrentando as invasões de água e corrimentos de terras das encostas! O retrato perfeito de uma família de miseráveis pobres, completamente esquecidos e desprezados por essa maravilhosa sociedade consumista e egoísta que, pelos seus interesses financeiros, criou um podre sistema de “levar vantagem em tudo” e, todas as culpas, são dos governos. Esse capitalismo sórdido, lamentavelmente, enoja aos poucos homens de bem, que se preocupam com a humanidade!

Esse jovem, o pobre Betão, olhado como um criminoso canalha, nada mais foi que uma criação meticulosa do sistema social existente, pois, começou sua infância limpando vidros de carros nos semáforos para ajudar na alimentação em casa, até que ouviu de um motorista a frase que nunca esqueceu: Saia da frente seu neguinho descarado! E um dos filhos no banco de trás, cuspiu em sua cara e saíram rindo debochando. Desde então, revoltado começou a praticar pequenos furtos, até que foi convidado a atuar com os traficantes do morro para fazer entrega (o popular avião), ganhando uma quantia que melhorou, consideravelmente, as condições de sua família. Os anos foram passando, as oportunidades sempre escassas, continuou até transformar-se em um pequeno traficante e, como acontece, participando de alguns assaltos! Até que a casa caiu e ele foi baleado mortalmente, com apenas 16 anos. E, nesse momento, todos aplaudem esse triste resultado, esquecendo que, Betão, foi nada mais, nada mesmo, de uma criação da sociedade, que plantou, regou, podou e fez florescer mais um bandido nas ruas das cidades!

Estou sempre massacrando com essas mensagens, não por ser apologista de bandidos, mas, veementemente, abomino esse descaso social!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



quinta-feira, 25 de junho de 2015

A carta de Caminha 515 anos depois!

A carta de Caminha, 515 anos depois!


Antonio Nunes de Souza*

Caro Coroa,

Claro que não viajei por mar. Aqui chega-se bem de buzu, queixando carona ou caranga própria. Optei pela última por gostar de conforto (que não sou de ferro), já que estou sendo bancado pelo Além Mar e não tem ninguém aqui para controlar as despesas!

Fui tomado de impacto ao adentrar, após 515 anos do descobrimento, nesta cidade de Porto Seguro. Cheguei pela parte histórica, onde o velho Cabral construiu algumas obras até hoje conservadas ou recuperadas. Daqui de cima já comecei a imaginar a delicia que me espera, pela beleza do mar que desbundou em minha frente!

O ar é puro e saudável, emanado pelo que resta da Mata Atlântica. Preparei logo minhas narinas, porque aqui eu sei que vou cheirar à vontade. Haja pulmão e cabeça para resistir à tentação.

Ao descer a ladeira, indo de encontro à cidade propriamente dita, o movimento de carros de todos os lugares do mundo fez-me parecer que errara de caminho e estava no trânsito confuso de Sampa. Dezenas de homens, meninos e mulheres correm atrás dos carros para oferecer panfletos indicativos de pousadas, cabanas e casas noturnas, onde se pode descansar e cansar respectivamente!

Gatas e gatos (como são apelidados aqui as raparigas e os gajos), desfilam em roupas ínfimas, partindo nas mais diversas direções em busca dos prazeres que essa cidade pode oferecer.

Até agora não vi um índio, nem para remédio. Creio que os Pataxós estão mais espertos, para que os brancos não descubram o caminho "mais íntimo" das índias.

Estou passando neste momento na artéria principal, denominada Passarela do Álcool. Pelo nome, Reizaço, tu podes imaginar que é aqui que o couro come e a mãe não vê. Neste bendito trecho encontram-se os mais diversos tipos de pessoas, caminhando como formigas, buscando coisas e prazeres.

Queimam-se todas as tristezas e as fumaças perdem-se nas cabeças, fazendo a alegria estourar em todos os ambientes, provocando a euforia geral dos grupos que, gentilmente, são denominados de Galeras!

Música ao vivo brada nos bares e cabanas, destacando-se um ritmo alucinante e sensual chamado lambada que, pelo remelexo e esfregação ao dançar, pode levar ao orgasmo num abrir e fechar d'olhos, mesmo que você não sofra de ejaculação precoce.

E é aí que mora o perigo! Depois da mistura do álcool, um tapinha no fumo, muito “brilho” da noite, lambadas e lambidas, todos chegam ao pico da animação, desejando logo um local, adequado ou não, para a prática do sexo nas mais variadas maneiras e posições.

Normalmente, esquecendo-se das precauções devidas com relação às doenças transmissíveis.

Pô Majesta, pude perceber que ainda existem babacas que não usam a camisinha. E, na hora de afogar o ganso, não protegem o pinto! As raparigas, inibidas, também têm vergonha de exigir tal procedimento.

Esse vacilo, lamentavelmente, é quase generalizado: homens, mulheres, brasileiros e estrangeiros. Eu não diria que é uma promiscuidade. Mas não deixa de ser pois (com o perdão da palavra) uma puta ignorância, meu Rei!

Aqui, como em todo universo, já descobriram que o sexo é maravilhoso. Contudo, esqueceram que também é perigoso em razão das doenças venéreas e a fatídica Aids.

Meu conselho para todos será: na hora da tempestade do amor, calmaria, meus caros gajos. Calmaria e camisinha não fazem mal a ninguém!

Finalmente, meu Rei, termino dizendo: aqui a terra continua linda e maravilhosa. Seu povo é bonito, hospitaleiro e meigo. E, se educando, todos vão usar! (Camisinha, claro).

Ass. Pero Vaz de Caminha, ou...

Antonio Nunes de Souza* - Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com.





quarta-feira, 24 de junho de 2015

Ignorância, cegueira ou eutanásia?

Ignorância, cegueira ou eutanásia?


Antonio Nunes de Souza*

Uma pergunta que parece ser exagerada ou absurda, mas, infelizmente, está cheia de fundamentos e bases sólidas, baseada nos discutíveis e descabidos comportamentos da humanidade, principalmente em nosso Brasil, onde minha preocupação reside com maiores interesses!

A minha explicação com relação a essa opinião, pois nunca me imaginei nem me intitulei como dono da verdade, deve-se ao fato de muitas observações, leituras, acompanhamentos de noticiários (nacionais e internacionais) e, o mais coerente e verdadeiro, é a convivência diária com montanhas de arbitrariedades e comentários ridículos de pessoas que, lamentavelmente, fazem parte, diretas ou indiretamente, de todos os acontecimentos e seus crescimentos, sem nenhum precedente em nossa história. Por essas razões, sou obrigado a fazer a pergunta acima:

“Será ignorância, cegueira ou eutanásia?”

Explanando isoladamente cada uma das possibilidades, podemos dizer que, a falta de conhecimentos educacionais, é um fator grandioso e respeitável de culpabilidade, pois, sem essa base, não se pode assimilar as possíveis soluções, ou os erros coletivos que levaram e levam as mais tristes tragédias nas vidas das pessoas. Consequentemente, esses se tornam também cegos. Sendo os piores, pois são os que não querem ver!

E, o mais grotesco e assombroso, que parece inverossímil, é a eutanásia! Que pode parecer um bruto exagero da minha parte, porém, sem sombras de dúvidas, estamos caminhando para um suicídio coletivo, graças os comportamentos de toda humanidade!

Devemos essa lamentável hecatombe a super falta de solidariedade, a negação coletiva de melhorar a distribuição de rendas, deixarem de tecer comentários como: “tirar de nós para dar aos pobres”, alegando compras de votos, etc. Colaborar com as administrações, votarem com mais dignidades e sem olhar apenas seus interesses, não sonegarem e se dizerem homens de bem, pois, qualquer instituto de pesquisas, dos honestos, vai destacar que, assustadoramente, o povo em geral comporta-se de uma maneira, sorrateiramente, dentro desse esquema corruptos criadores de bandidos e criminosos dos mais sanguinários que possam existir. As pessoas são falhas e só sabem bradar que “a culpa é do governo”. Claro que esses governantes tem suas culpas! Mas, se não ajudamos todos aos pobres, dando educação, saúde, moradia e salubridade, obviamente, essas crianças chegarão as idades adultas (como está acontecendo) revoltadas, sem medos de matar ou morrer e, logicamente, com ódio de toda sociedade, pelos seus desprezos e discriminações. Precisamos todos tomar consciência que, se plantamos ervas daninhas, jamais colheremos bons frutos. Estaremos contaminando cada vez o nosso país ou o planeta! Logicamente, pela ignorância e cegueira, estamos praticando a eutanásia, com a ajuda dos bandidos que criamos e suas armas sem controles!

Vale dizer que, tudo isso, é apenas uma opiniões que vale a pena ler e fazer uma análise comportamental, tentando corrigir ou minimizar a ignorância, a cegueira e a cruel eutanásia!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



terça-feira, 23 de junho de 2015

Olha pro céu meu amor...

“Olha pro céu meu amor...


Antonio Nunes de Souza*

...veja como ele está lindo! Essa, juntamente com “A fogueira está queimando...” são os hinos, praticamente, oficiais do nosso querido e maravilhoso festejo junino! Temos que dar a mão a palmatória para os letristas e músicos do passado que, poeticamente, faziam melodias combinando perfeitamente com a alegria das deliciosas festas, verdadeiramente, caipiras!

Na verdade, as quadrilhas baseadas nas danças francesas, foram tomando as formas diversas, sendo hoje, acompanhando os modismos, estão cada vez mais sofisticadas, cheias de fantasias mirabolantes, milhares de “salamaleques”, etc., despertando a atenção do povo que vem fazer turismo no norte/nordeste. Mas, pela força de sua musicalidade, as comidas de uma culinária e variação invejável, passou a crescer vertiginosamente pelo Brasil a fora, já que, em qualquer estado, temos uma quantidade grande de nordestinos e, pela gostosa agarração das danças, conquistou gregos e troianos!

A cada ano que passa, temos oportunidade de ver, através das televisões, muitas capitais e cidades que nunca ligaram para esse evento, cultivando e aderindo com algumas características locais, mas, a base é completamente estruturada na linha do sabor e criação do povo das roças e fazendas! Imagine vocês que, pela sofisticação da classe A, o forró já foi desdobrado em várias categorias e mesclado pelas músicas sertanejas, que são de amores e paixões sofridas, porém, curiosamente, todos aceitam essa mistura, preocupando-se, simplesmente, de beber seus licores ou drinques outros, um bom “rala buxo” e noites inesquecíveis!

Não será novidade se, daqui há alguns anos, nosso querido S. João se torne mais um carnaval brasileiro, com vendas de abadás (estilo caipira), blocos de grandes quadrilhas com cordas em volta, trios de forrozeiros, fazendo do nosso país o rei das festas em diversas datas. Será mais uma maravilha popular, para que possamos, brincando, esquecer as tragédias podres que os políticos nos presenteiam. São esses terroristas que são formadores de quadrilhas, queimadores do dinheiro público, fazem do povo bucha de balão e desfrutam de leis obsoletas!

Viva S. João e que ele nos proteja dessas fogueiras do inferno que sem dó nem piedade, nos presenteiam cotidianamente!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



segunda-feira, 22 de junho de 2015

As mudanças do tempo!

As mudanças do tempo!


Antonio Nunes de Souza*



As gírias e expressões idiomáticas dentro da nossa língua, talvez imitando em vários aspectos os americanos do norte, cada dia que passa nos deixam (nós que somos da velha guarda) totalmente voando e por fora, sem entender os neologismos ou as aplicações de palavras que exprimem uma ação completamente estranha para nós mortais do século passado e, teimosamente, ainda estamos sobrevivendo.

Antigamente quando se dizia que o jovem ou a jovem estava se soltando, significava que ele estava dando “pum”. Hoje essa expressão significa nada mais nada menos que ele está mais liberado, menos tímido, etc.

Outra expressão que tenho até vergonha de dizer ou escrever era a que se usava para descaracterizar uma virgindade: Fulana saiu de casa! Ou também: Beltrana não é mais moça! Juro por Deus que estou morto de vergonha, mesmo estando aqui escrevendo na minha solidão, imaginando que alguém vai ler e rir do meu dicionário de Antanho. No meu tempo isso era considerado um ato de depravação jamais perdoado pelos pais e pela sociedade. A pobre coitada era execrada e banida logo de início de todos os meios, pois seu fim já era traçado como uma futura prostituta, ou melhor, utilizando o termo dos mais radicais da época: Rapariga ou puta!

Antigamente as moças perdiam a virgindade no casamento e hoje é na primeira comunhão! Em nossos dias, o velho e quase inexistente hímem (o popular cabaço), é perdido (ou quem sabe, achado) com a maior naturalidade. Pois, as meninas de 12 anos em diante, não ousam mais conserva-los para não serem taxadas de doentes ou otárias. Os pais, estes que eram os torturadores e carrascos do passado, apenas se preocupam alertando para usarem camisinhas, simplesmente com medo de doenças e netos indesejáveis. Mas, transar, pode a vontade até dentro da própria casa, enquanto eles estão vendo televisão na sala.

Quando se falava: Vou ficar! Interpretava-se como que a jovem não iria, ficaria em casa com seus pais estudando. Hoje, paradoxalmente, que dizer que ela vai “ficar” com um cara e se gostar repete, se não... nunca mais o verá. Pode-se considerar como um teste drive sexual da moda.

Com essa terminologia, enriquecida de novas palavras para as velhas ações, ficamos nós, obsoletos seres humanos, tendo que procurar nos atualizar diariamente para que não sejamos taxados de caretas ou retardados. Ou como se diz hoje: Pagando mico!



*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com











sexta-feira, 19 de junho de 2015

O homem feliz!

O homem feliz!


Antonio Nunes de Souza*

Era o que alguém poderia dizer com segurança: Impossível! Isso não existe!

E o pior era que existia e, futuramente, foi comprovado por toda cidade, causando a mais completa e absurda indignação.

A cidade era pequena e do interior. Logicamente todos se conheciam e os segredos de todos, ou quase todos, já não eram segredos para ninguém. Eu disse quase todos, porque o segredo de Marcos era, inacreditavelmente, desconhecido por todo mundo, inclusive os seus amigos mais íntimos. Pois, quando Marcos chegou para morar na cidade, juntamente com a sua mãe que era viúva, já tinha 10 anos de idade e por isso ninguém conhecia suas particularidades.



Para mim foi um choque tremendo, quando descobri inesperadamente e em circunstancias trágicas, toda aquela desvairada e fantástica historia. Nada poderia ser mais absurdamente incrível do que o que acontecia nas barbas de toda cidade e todos desconheciam e jamais poderiam suspeitar que aquilo existisse e, caso pudesse existir, seria impossível estar existindo tão perto de todos nós.



Marcos era um rapaz relativamente bonito. Não era alto, um pouco magro, tinha uma bunda meio batida e seu andar era engraçado porque ele andava com os pés um pouco para fora, como se estivesse sempre chutando uma bola. Embora usasse óculos, estes até que melhoravam sua aparência, dando-lhe um aspecto enganador de intelectual. Sempre estava participando de festas, pois adorava dançar, principalmente exibir-se para as platéias. Porém, o que mais gostava era de ficar aos beijinhos com as gatinhas, dando uma impressão que não poderia viver sem elas. Seu chamego era tanto que os amigos apelidaram-lhe de Mosca de Padaria. Porque beijava todas as roscas e broas e não comia nenhuma. Algumas vezes a gozação era maior e diziam que ele era igual a uma serpente banguela (dava o bote, mais não comia ninguém).



A verdade é que ele não precisava de ninguém. Era um homem literalmente completo que, mais tarde, veio a dar inveja a muita gente. Seus prazeres eram constantes e sempre estava sorrindo em função de ter uma vida sexual intensa e deliciosa, isto a qualquer hora ou lugar, independente de estar só ou acompanhado. Parece estranho o que eu disse, porém é a expressão viva da verdade, e você logo saberá que eu tenho as minhas razões de assim afirmar.



Marcos era um hermafrodita. Embora tivesse todas as características masculinas (não se levando em conta algumas frescuras eventuais), era possuidor de uma linda e sensual xoxota, situada ao lado interno da sua coxa esquerda que, por estar bem próxima lateralmente do seu saco escrotal, era praticamente imperceptível para qualquer pessoa notar, mesmo ele estando nu. Este seu segredo, que só sua mãe sabia, jamais foi descoberto ou confessado por sua fiel genitôra, fazendo com que ele circulasse normalmente em qualquer lugar, sendo tratado acima de qualquer suspeita.



E, em função dessa agradável (?) anomalia, Marcos não dependia de ninguém para saciar seus desejos sexuais, pois, todas as vezes que ficava excitado, bastava introduzir o seu modesto pênis na sua particular e sedutora vagina e, em qualquer lugar que estivesse, gozava várias vezes, sem que os que estavam cercando-o percebessem o que estava passando em sua cabeça ou seu membro por assim dizer. Uma vez que já estava habituado a transar em locais públicos, acostumou-se a não deixar transparecer as suas emoções na hora dos orgasmos, ocultando com maestria aqueles peculiares tremores e viração de olhos, tão comuns nessas horas deliciosas.



Entretanto, um belo final de tarde, ao por do sol, estava Marcos na sacada da sua casa admirando a linda praia que ficava em frente, quando surgiu andando pelas areias uma maravilhosa mulher, com um corpo escultural que, sem a menor cerimônia, passou a tirar o minúsculo biquine e encaminhou-se para o mar completamente nua. Ao retornar, depois de molhada, a penugem do seu sexo deixou Marcos tremendamente excitado e desejoso de possui-la.

Na proporção em que se deitava na areia, rolando para os lados, o sol desenhava sua silhueta, provocando cada vez mais o desejo de Marcos em transar com ela.



Nessa altura, já com seu membro totalmente duro e latejando, querendo dizer que era importante uma penetração naquele momento, mais que depressa, dada a sua prática e sagacidade, Marcos sentou-se no baixo muro da sacada da janela do seu quarto, situado no andar de cima do sobrado, cruzou as pernas e introduziu quase que de uma vez todo seu membro na sua particular vagina que, como uma boca gulosa, engoliu aquele pedaço de nervo com a maior alegria. Assim procedendo, começou a bater as coxas, fazendo com que o movimento fizesse com que ele chegasse logo ao orgasmo.



E foi o que aconteceu quase que imediatamente. Marcos gozou logo uma vez, porem achando que era pouco, continuou com o bate coxas até gozar mais duas vezes. Aí, nessa última vez, não conseguindo controlar-se com os seguidos estertores e ejaculações, escorregou janela abaixo, caindo de uma altura de mais de dez metros.



Não precisa dizer que foi o maior vexame. Pois, aquele corpo nu espatifado na calçada, fez com que todos corressem para cima. E, assombrados, dezenas de curiosos em sua volta, ainda puderam ver Marcos, no tremor da morte, ainda gozar mais uma vez e, como últimas palavras, disse: “Graças a Deus eu sempre fui um homem auto-suficiente. Mulher eu sempre olhei como se fossem cobras. Bonitas, coloridas, sensuais, porém perigosas e cheias de veneno”



*Escritor (Vida Louca – Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)



Ironias do destino!




Ironias do destino!

Antonio Nunes de Souza*

Sentado, as lágrimas desciam pelo rosto ao ouvir uma frase forte e comovente que, num passado distante, a ouvi com entonação de carinho e preocupação e encontrava-me alegre e feliz. Fiz uma retrospectiva, projetando em minha mente um filme que não gostaria de tê-lo assistido:

-Pâmella Mary, saia da lama menina! Falou a mãe enquanto enxaguava na bacia a roupa de lavagem de ganho.

Sorri, internamente, quando ouvi o nome da pequena criatura que, sentada numa poça d’água imunda, brincava tranqüilamente como se fosse uma piscina. Analisei como é interessante e peculiar entre as pessoas pobres, colocar nomes exóticos e estrangeiros em seus filhos, procurando enriquece-los de alguma forma, imitando os nomes comumente usados nos filmes e novelas da tv. Mais engraçados ainda são os acréscimos de letras para dar maiores ênfases, muitas vezes tornando ridículas as pronuncias e as combinações. Pâmella Mary era um exemplo típico desse fato!

-Bom dia dona Mariana!

-Bom dia, Dr. Márcio! Eu estava esperando o senhor na parte da tarde, por essa razão não preparei a menina.

-Infelizmente surgiu um compromisso inesperado para hoje à tarde, e resolvi vir logo pela manhã. Mas, como a senhora não tem telefone, não tive condições de avisar. Porém, pode ficar tranqüila que aguardarei de bom grado a preparação da criança.

Enquanto mandava que eu sentasse em um tamborete com as pernas meio bambas, Mariana desocupou a bacia estendendo as roupas no varal improvisado em plena ruela da favela, enchendo-a de água e, em seguida, pegou a menina pelo braço e a colocou dentro, antes porém, lavou os sujos pés que estavam enfiados na lama fétida do fundo da poça.

Conforme havíamos combinado, eu estava ali para levar a menina, adotando-a extra-oficialmente, pois estava casado há 10 anos e não consegui ter um filho em função de um problema genético da minha mulher. E fomos informados que dona Mariana não tinha condições de criar a menina e estaria disposta a dá-la para um casal que fosse respeitável e lhe desse uma boa educação. Ela foi a nossa casa, nos conheceu, viu que tínhamos boas intenções e concordou em nos dar a criança, mesmo sem as burocracias da justiça. Como a menina tinha dois anos e não era registrada, nós a registraríamos como se fosse nossa própria filha e tudo ficaria na mais completa tranqüilidade e segredo para ambos os lados. Pretendíamos dar algum dinheiro para Mariana como uma compensação por estar nos dando uma felicidade ímpar, mas ela recusou-se categoricamente, alegando que, somente em estarmos dando conforto e segurança para sua filha, representava a maior das fortunas que ela poderia ter na vida. Mas, mesmo assim, prometemos ajuda-la em alguma ocasião que fosse preciso.

Não ficamos temerosos com relação a alguma reclamação posterior do pai de Pâmella, pois se tratava de um individuo que apareceu na favela tempos atrás, sem documentos, eiras nem beiras, nenhum parente e fazia biscates diversos para sobreviver. Mariana o conheceu num pagode, ficou, e aconteceu. Uma semana depois desse fato, ele foi atropelado e morto numa rua da zona norte. Mariana só veio saber, através dos comentários habituais da favela. Entretanto, ninguém sabia desse rápido envolvimento e nem ela percebera que já estava grávida. Quando descobriu, deu prosseguimento a sua gravidez, guardando segredo de quem era o pai, pois, naquele ambiente, ninguém tinha preocupações ou causava estranheza alguém aparecer de barriga.

-Pronto Dr. Márcio. Aqui está sua bonequinha! Coloquei nesse saquinho de mercado algumas roupinhas, embora o senhor tenha dito que já tinha em casa um enxoval completo no quartinho dela, que tive a felicidade de ver. Ela disse isso escondendo com um sorriso os olhos lacrimejantes de uma mãe que está entregando um pedaço de si.

Dei-lhe um abraço, agradeci mais uma vez, e alegre e comovido carreguei a criança nos braços, partindo para o carro que estava um pouco distante, em função do caminho do seu barraco ser intransitável, onde Eunice, minha esposa, me aguardava, pois não queria ver a cena da despedida. Mas, nada aconteceu que fosse dramático.

Pâmella não esboçou nenhuma reação e nem estranhou as pessoas que a estavam levando-a O passeio de carro, as novas paisagens e a variação de novidades, eram suficientes para faze-la feliz e nem lembrar do seu barraco ou da própria mãe.

Tomamos todas as providencias combinadas e normais para perfilha-la e criar a menina dando-lhe educação, carinho e amor. Não mudamos o seu nome, como uma homenagem ao gosto(?) da sua mãe.

Os anos passaram, Pâmella terminou o curso secundário, fez vestibular e passou a cursar a faculdade de arquitetura. Quanto à dona Mariana, curiosamente, após dois meses que havíamos trazido a menina, voltamos ao seu barraco e não a encontramos. Seus vizinhos não souberam nos dar nenhuma notícia, como também, nesses 19 anos, jamais voltamos a nos falar ou ter alguma referencia do seu paradeiro. Em função disso, jamais contamos nosso segredo para a menina.

Mas, como muitas vezes o destino nos prega peças nem sempre agradáveis, Pâmella começou um namoro com um rapaz que era usuário de drogas e, infelizmente, levou-a para o vício. E, como comumente acontece, quando percebemos já era tarde. Ela começou a ser agressiva, passar dias fora de casa, deixou de freqüentar a faculdade, além de beber e fumar, iludida como muitos jovens, achando que isso é que era felicidade.

Tentamos de todas as maneiras contornar a situação, mas, somente pode-se ajudar, quem realmente deseja ser ajudado. E ela nada queria e não aceitava mais nossos carinhos e atenções, terminando por ir morar com o tal indivíduo em um quartinho de uma pensão de quinta categoria.

Depois de meses nessa vida, onde não tínhamos nenhuma notícia, hoje ela apareceu aqui em nossa casa, com uma aparência horrível, olheiras, mal vestida e, cinicamente, veio nos pedir, quase exigindo, dinheiro para comprar drogas, pois estava em tempo de enlouquecer e, caso não tomasse uma dose iria morrer de dores por todo corpo.

Foi nesse instante que ouvi a fatídica frase, desta feita repetida por minha mulher, com muita compaixão, lágrimas e amor, que me fez lembrar toda essa triste história:

-Pâmella Mary, saia da lama menina!



*Escritor – (Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna - antoniodaagral26@hotmail.com)





quarta-feira, 17 de junho de 2015

Ver na frente é coerente!

Ver na frente é coerente!


Antonio Nunes de Souza*

Baseando-me na minha mente ultra vanguardista e previdente, analisei a situação atual dos escândalos, prisões, penalidades, falta de presídios, etc., e pressenti que estamos todos passivos de um problema mais grave ainda, quando, com suas percepções criminosas, os marginais públicos, privados e free lancers, derem conta da pobreza ridícula do nosso código penal ultrapassado e cheio de flexibilidades em favor dos criminosos, e não pune como deveria e, graciosamente, ampliem suas condenáveis atitudes e comportamentos, tendo a certeza que nada lhe acontecerão, tudo ficando apenas em algumas prisões, aparições na tv e jornais algemados e, tranquilamente, soltos uma hora depois, no mesmo dia ou, os mais azarados com uma semana de transtorno!

Isso além de servir de deboche para o pobre povo, está servindo para outros pecaminosos, criminosos e corruptos, se estimulem a começar ou continuar com seus condenáveis comportamentos, tendo a certeza que, se der muito azar, não ficarão nas cadeias, ou voltam sorridentes para casa usando uma pulseira na perna, como uma fiscalização tecnológica. Apenas considerados: bandidos cibernéticos!

Pode parecer uma preocupação ou premonição tola da minha parte, mas, se for analisada friamente, veremos, tranquilamente, esses fatos acontecendo diariamente, com as polícias federal e civil prendendo, veementemente, uma série de canalhas e, barbaramente e desrespeitosamente, essas pessoas voltarem aos aconchegos seus lares, para responderem posteriormente, mas, devido os grandes volumes, terminam os casos caindo nos esquecimentos.

Será de bom alvitre analisar essa minha ideia levantada, não como um absurdo ou loucura, mas, como uma coerência e precaução, fazendo ver ao povo e as autoridades, quanto se faz necessário uma reestruturação no nosso obsoleto código penal, ou, no mínimo, fazer funcionar mais rapidamente os julgamentos e as penalidades!

Vamos todos, sejam de que partidos forem, juntamente com essa tão falada “sociedade organizada”, lutar com unhas e dentes e, por direito, exigir uma tomada de posição perante esse terrível problema, apresentando soluções imediatas, com respeito e dignidade ao povo brasileiro!

Se ampliar esses comportamentos, juro que ninguém vai aguentar!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



Recordação de S. João!

Recordação de S. João!


Antonio Nunes de Souza*

Rememorando os tempos de outrora, gostosos folguedos nas cidades interioranas do recôncavo, não podia me esquecer de fatos e personagens que marcaram a minha saudosa e doce juventude, já beirando a idade adulta!

Desde os dias de S. Antonio, meu padroeiro, costumávamos tomar os nossos licores, com festinhas após as novenas, barracas nas praças principais, onde o “couro comia” com sambas de rodas e forró do bom, oportunidade que tínhamos de fazer nossas adoráveis esfregações, mesmo tendo que enfrentar umas anáguas engomadas, que evitava um contato mais gostoso dos nossos tesudos e ávidos corpos. Mas, naquele tempo, bastava colar o rosto, trocar olhares pecaminosos, que, algumas vezes chegávamos até ao orgasmo. Ah! Que tempo bom que precisávamos de pouco para sentir muito. Hoje a coisa está tão banalizada que, a juventude prefere beber e estar agarrada na Net, do que uma boa e gostosa transa com requintes românticos!

Mas, mesmo com essa inocente pureza e as poucas chances, sempre existe alguém que, sorrateiramente, dribla a vigilância e faz suas estripulias. Esse era o caso de Renata! Que, nos seus 18 anos, já conhecia todos os pecados, até os além do Equador. Seu apelido na roda da malandragem era: Fogueira! Simplesmente porque, quanto mais lenha ela recebia, mais seu fogo aumentava entre as pernas. Virava a cada dia um vulcão em erupção, com sua maneira liberal de ser, mesmo as escondidas, seus quase diários encontros amorosos, com rapazes diferentes e em diferentes posições. Poderia também ser chamada de Renata “Machado”, pois, não podia ver um pau em pé!

Eu, mesmo sem ter desfrutado dessa maravilhosa serventia, babando de inveja dos meus amigos agraciados, para não deixar passar em branco, fazia as escondidas minhas habilidosas manipulações prazerosas, sempre dedicando a adorável Renata Fogueira!

S. João continua sendo uma festa primorosa, hoje até mais cheia de “Renatas Folgueiras”, porém, conforme chegam aos meus ouvidos, falta lenha para queimar. Ou os jovens estão vacilando ou será uma proibição do IBAMA?

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



segunda-feira, 15 de junho de 2015

Um homem chamado Clovis Nunes de Aquino!

Um homem chamado Clovis Nunes de Aquino!


Antonio Nunes de Souza*

Parafraseando o título de um filme famoso, que conta a história de um homem fantástico e guerreiro que se dedicou a uma comunidade indígena de corpo e alma, começo então, pela similaridade de comportamento, essa comparação que serve apenas para ser mais enriquecedora, para que eu possa fazer uma síntese de quem foi esse nosso “homem chamado CLOVIS NUNES DE AQUINO!”

Se faz necessário que eu faça um pequeno preâmbulo, justificando a minha ousadia de escrever algo a respeito do homem que, honrosamente, o tive como sogro por 45 anos da minha vida:

Sou Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL, ocupo a cadeira 26 cujo patrono é José Nunes de Aquino (meu saudoso tio Juquinha) e sou também membro do Rotary Clube de Itabuna há 45 anos e, Clovis Nunes de Aquino foi um dos seus fundadores há 74 anos, sendo ele o último que ainda estava vivo. Assim sendo, suponho que, seguramente, não poderia deixar de me pronunciar somente por essas duas razões. Mas, essas, embora importantes e dignas de admirações, são e representam apenas moléculas do que foi CLOVIS NUNES DE AQUINO na travessia e caminhada da sua invejável vida!

Se meu querido e saudoso tio Juquinha estivesse vivo, certamente teria feito um belíssimo discurso de despedida para seu irmão casula, como sempre fazia para muitos amigos e também nos eventos outros de nossa cidade. Tinha o dom da palavra com maestria e competência. E eu, como o modesto representante dele, tenho a obrigação de levantar essa bandeira, marcando com palavras de amor e carinho, a partida desse homem que muito representou em nossa vida e na comunidade itabunense!

Clovis Nunes de Aquino foi um pai exemplar, um marido fiel e digno, um avô meigo e carinhoso, irmão que apoiou todos cuidando do patrimônio deixado por seu pai, trabalhador incansável, culto, grande admirador da cinematografia, além de ser um homem que sempre estava pensando em implantar novas técnicas, utilizando seus conhecimentos agronômicos e de vários estudos atualizados. Vale dizer que, não podemos deixar de destacar as suas participações em outras entidades de Itabuna, como cooperativas, fundador do Grapiúna Ténis Clube e tantos outros empreendimentos, sempre ligados a beneficiar a cidade e a comunidade. Admiravelmente, era um católico fervoroso, que nunca esquecia seus compromissos religiosos, juntamente com sua esposa!

Portanto, essa singela homenagem cheia de carinho e sentimento, tem uma valia muito grande, não só pelo mérito da pessoa, como um reconhecimento meigo e afetivo da minha parte, por alguém que me foi muito caro. CLOVIS NUNES DE AQUINO foi um homem “chamado bondade”!

Vou terminar citando um verso de um poema meu, que retrata todo meu sentimento por esse homem especial:

“Não vou sentir saudade, pois, como posso sentir saudade de alguém que parte, se esse alguém ficará para sempre dentro do nosso coração partido!”

Receba meu adeus Clovis Nunes de Aquino!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL antoniodaagral26@hotmail.com





sábado, 13 de junho de 2015

Por que apenas uns segundos?

Por que apenas alguns segundos?


Antonio Nunes de Souza*



Nosso Criador, Senhor de todos os poderes, só poderia estar fazendo uma brincadeira conosco, quando instituiu e determinou que o orgasmo durasse tão pouco tempo. Pois, pelo prazer que ele nos proporciona, nada mais justo seria que sua permanência atingisse, pelo menos, alguns minutos de estertores e prazeres, mesmo que tivéssemos a possibilidade de ter um derrame ou sermos acometidos eternamente da doença de Parkinson. Pois, mesmo sendo um desfecho trágico, teríamos a satisfação de dizer que nosso problema de saúde foi em decorrência de uma grande transada, deixando-nos com seqüelas, mas, orgulhosos da maneira honrosa que conseguimos.



Na verdade, embora seja um prazer rapidíssimo, Ele, ainda bem, nos deixou a possibilidade de podermos desfrutar uma segunda ou terceira vez “quase seguida”. Entretanto, nem sempre o nosso instrumento causador tem disposição ou dureza para enfrentar tais situações, mesmo que seja esse o nosso íntimo desejo. Portanto, somente alguns poucos privilegiados, podem esnobar esta façanha de comandar tranqüilamente a varinha de condão para repetir o fato no ato.



Diante do exposto, com todas as razões e direitos que temos, nada melhor que aproveitar o início desse terceiro milênio e implorar através de orações diárias ao nosso bondoso Senhor, que prolongue esse ato de piedade cristã, dando a nós homens em geral, a capacidade de uma eloqüência “gosatória” mais duradoura ou, em última análise, uma excitação constante para atender nossos anseios e as carentes mulheres, sem precisarmos recorrer aos benditos estimulantes!

Sou partidário desse pedido divino, mas, às vezes me bate um medo das reais conseqüências, pois, um amigo meu depois de sentir um tal de “orgasmo múltiplo”, ficou falando com gagueira por uma semana!



Oremos irmãos! Pois, para o orgasmo demorar, temos que rezar!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna (Blog Vida Louca antoniomanteiga.blogspot.com – antoniodaagral26@hotmail.com)



A influência da cobra na vida dos homens!

A influência da cobra na vida do homem


*Antonio Nunes de Souza



No início do mundo, em data não precisa com exatidão, logo que Deus acabou de cria-lo e partiu para seu descanso domingueiro, deve ter tirado um sono reparador e sonhou que estava faltando algo: O homem, que seria sua semelhança!

Levantou-se ou não sei se ele estava levitando, foi a uma olaria, literalmente primitiva, apanhou uma porção de barro (imagino, de qualidade duvidosa, pois nossos defeitos não são de fabricação e sim pelo uso de material de segunda) e começou a esculpir o primeiro ser humano do universo. Como se tratava de sua réplica, logicamente não teve dificuldades no traçado, pois, com sua habilidade divina, fazer escultura era fichinha para o Mestre.

Depois de olhar carinhosamente sua obra prima, disse: Fale, ande e pense! E o homem, como num passe de mágica, levantou-se, deu bom dia (não sabemos em que língua) e começou a pensar. Deus deu um sorriso e também pensou: Eu sou f...antástico! Somente Michelangelo poderá fazer igual, mesmo assim daqui há milhões de anos e a dele não falará. Há! Há! Há (trata-se de uma divindade, mas ele é gozador).

Como era de se esperar o homem pensou logo: Que lugar maravilhoso! Pena que não tenha mulher. Não conseguimos saber até hoje como ele teve essa idéia. Supomos que ele tenha olhado para suas partes íntimas e sentido que aquilo não servia apenas para fazer xixi. Era muito grande e ainda arrastava uma pequena sacola sem utilidade aparente, inclusive, bastante sensível.

Como se estive lendo seus pensamentos (e realmente estava, pois Ele tem todos os poderes), falou: Filho, não ficarás sozinho! Todos os animais contam com o seu par e você terá também o seu! (segundo a história, sua voz era super impostada e tinha eco, só não sabemos é o tal do idioma).

Pena que ainda não tinha o vídeo tape, para a gente ver hoje a cara de alegria do homem quando ouviu essa declaração divina.

Então Deus disse: Homem (ele já nasceu homem, mas, mesmo sem ter tido infância, nunca teve traumas por isso), tirarei uma costela sua, para que vocês tenham a mesma formação genética e farei um outro ser que se chamara mulher!

O cara deu um suspiro de alívio, imaginando que seria melhor uma costela do que Ele ter escolhido aquele penduricalho sem utilidade aparente, que pela sua protuberância, poderia ser essencial e benéfico no futuro. Pois, mesmo não sabendo o que aconteceria, imaginou logo que poderia rolar alguma coisa interessante.

Feita a cirurgia manual (Zé Arigó, Dr. Fritz e outros até hoje tentam imita-lo e não conseguiram), em alguns minutos surgiu uma linda mulher (claro que não foi Julia Roberts).

Novamente lamento a falta do vídeo tape, pois o cara deve ter babado de alegria ao deparar-se com sua primeira companheira. Olhou cuidadosamente os seios pontudos, o bumbum proeminente, sem pelos e, na frente, uma pequena rachadura exatamente no mesmo lugar onde ele tinha o penduricalho e imaginou logo: Rapaz isso vai dar trovão! (não existia samba naquela época e o único som era dos trovões).

Ele correu logo para beijar os pés do Senhor e agradecer aquela dádiva.

-Calma homem! Vocês viverão aqui no paraíso e seu nome será Adão e o dela será Eva! Porém, jamais poderão cometer pecados, senão serão penalizados!

-A partir de hoje vocês terão o livre arbítrio e tudo vai acontecer em função das suas atitudes. (Como disse antes, Ele é bom, mas é gozador. Foi como hoje dar muito dinheiro a um cara e proibir de gastar).

-Fique tranqüilo Mestre! Seremos fieis e faremos jus a sua confiança.

Já que Deus não leria mais seus pensamentos, ele fez a primeira imaginação pecaminosa do homem que a história conhece: Um paraíso desse, uma mulher do lado, feita a mão com o maior carinho e ninguém pra azarar, se eu não me segurar vai dar o maior bundalelê (Latino copiou esse termo nas escrituras).

E não deu outra! Apareceu a tal cobra bastante assanhada (não sabemos se foi de cabeça chata e triangular que é venenosa ou cabeça redonda que expele leitosidade, porém não mata, apenas faz inchar a barriga por tempo determinado). Acho que foi a segunda. Ela sugeriu logo que o homem comesse a maçã (?) e ele, com a fome que estava, não pestanejou.

Graças a essa bendita cobra, nós estamos aqui para contar a história para a humanidade. Ficando em nossa mente a grande dúvida: Se a intenção divina era essa mesmo e Ele não queria ser explícito ou a cobra foi uma ação demoníaca.

De qualquer forma, devemos agradecer sempre a Deus que nos criou e ao bom gosto e sugestão maravilhosa desse peçonhento e rastejante animal.

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – Itabuna-Ba.

antoniodaagral26@hotmail.com



quarta-feira, 10 de junho de 2015

Não construíram escolas...

Não construíram escolas...


Antonio Nunes de Souza*

...hoje somos obrigados a construir presídios!

Essa, lamentavelmente, não é apenas uma opinião aleatória com relação aos acontecimentos e heranças deixadas no país. Ou uma afirmativa sem bases e alicerces. Temos no Brasil, como em vários outros países latinos americanos, a desdita de um desprezo assustador dos políticos nos últimos quarenta anos, desde o golpe militar até o governo Lula, de ver e comprovar que a educação nunca foi um alvo respeitável, que sensibilizasse os governantes, administradores e legisladores, para que o crescimento da nossa nação tupiniquim fosse o necessário e merecido, e tivéssemos um crescimento dentro dos padrões do primeiro mundo!

Mesmo com o grito do povo e dos educadores, os políticos, nos altos dos seus mandatos e cargos, preferiram ir “barrigando” esse importantíssimo assunto por demais necessário, no sentido de qualificar e ampliar nossa tecnologia e, também como resultado, abrir novas frentes de trabalho para acolher todos que fossem agraciados com uma educação de ponta!

Tristemente, o resultado podre e vergonhoso que estamos convivendo, bastante claro e evidente, é a proliferação diária de marginais, dos mais simples aos mais sanguinários e perversos, devido à falta da orientação educacional na infância, juventude e puberdade. Foram criados verdadeiros monstros cheios de revoltas, as prisões com super lotações, sendo os lugares onde, esdruxulamente, em vez de reeducar o preso, simplesmente, aprimora suas habilidades criminosas, preparando-os para barbaridades mais perigosas e constrangedoras para o já sofrido povo brasileiro!

Observem que não me atenho a ser tendencioso e defensor do governo atual e nem do período do Presidente Lula, porém, mesmo com os acontecimentos vindo à tona de um leque gigantesco de corrupções (em todas as áreas, partidos, gestões passadas, etc.), fatos e atos que sempre existiram desde a colonização, apenas levados para debaixo dos tapetes, pois todos se beneficiavam. Graças a Deus, pela fome de poder da oposição derrotada e a fome de dinheiro de uma gama de políticos, foi estourada uma fétida podridão que a justiça está tomando as providências, punindo esses marginais de colarinho brancos, porém, imundos!

Assim sendo, hoje o governo está obrigado a construir mais presídios de segurança máxima, atualizar esse código, acabar com regalias criadas por esses políticos do passado que, para seus confortos, sempre deixaram caminhos abertos para suas proteções!

Vamos trabalhar para construir cursos e escolas, como já está acontecendo, acabando com a vergonha de condenar culpados pelos absurdos, em função de não terem tido as oportunidades iguais na vida e sofreram discriminações e desprezos pela cega sociedade. Os presídios hoje sã verdadeiras universidades, onde os internos fazem mestrado e PHD de criminosidades!

Educação, em todos os lugares do mundo, sempre foi a solução!

*Escritor - Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



segunda-feira, 8 de junho de 2015

Socorro! Querem acabar comigo!

Socorro! Querem acabar comigo!


Antonio Nunes de Souza*

Se não bastasse a violência urbana, que nos amedronta sair até para ir a um cinema, teatro, restaurante, mercado, shopping, faculdade, etc., barbaramente, somos ameaçados diuturnamente, por uma monstruosa vertente de cantores sertanejos, católicos e evangélicos que, sem dó nem piedade, estão nos atacando, não só nas rádios e televisões, como, em quantidade maciça, em todas as casas de shows e também nas áreas livres disponibilizadas para lazer! Tornou-se um verdadeiro avalanche de duplas, conjuntos e solitários que, soltando suas vozes e canções com o nome de Jesus, faz o povo que somente quer curtir as multidões, em função do “esfrega/esfrega” e as bebidas que, mesmo nos eventos ditos religiosos, são consumidas em larga escala, principalmente o tal do CAPETA, mesclado com as latinhas benditas de cerveja!

Essas duplas e conjuntos de pagodes formados por padres, freiras e pastores são comuns você encontrar nos fins de semana, até em palcos improvisados nas portas das suas igrejas, arregimentando uma plateia de bairros inteiros que, já hipnotizados e contaminados pela virose dessa doença musical (?), pegam suas Bíblias, vestem suas roupas mundanas e pecadoras e, sem nenhuma preocupação de serem condenadas ao inferno, dançam e rebolam com os funks divinos, arrochas sagrados, pagodes milagrosos e forrós celestiais. Isso sem contar as montanhas de músicas sertanejas, com suas letras ridículas, chavões medíocres e já ultrapassados, mas, apresentados por garotões fortes, bonitos e com as bundas que requebram muito mais que uma dançarina de rumba cubana. E o engraçado e paradoxal é que, quem mais mexe a bunda é aplaudido e, estranhamente, considerado o mais tesudo. Antes, pra mim, esse comportamento era considerado “viadagem pura”. Os caras enrolavam era o pinto com uma meia para fazer maior volume na calça!

Infelizmente, tenho que segurar essa barra, acompanhando a mutação medíocre da sociedade que, “Maria vai com a outras”, adota os modismos contra a cultura e educação, impingidos pela mídia e os interesses comerciais! Só está faltando mesmo os “religiosos” passarem a vender Abadás para seus eventos, pois, camisas eles já vendem!

Só gostaria de saber se, depois dessa modernização das religiões, as entradas celestiais serão pagas ou grátis?

Peço socorro, pois, querem me matar de desgosto!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



EDUCAÇÃO É A SOLUÇÃO?

Educação é a solução?


Antonio Nunes de Souza*

Claro que é!

Podem dizer que repetir essa pergunta e dar essa resposta é, simplesmente, chover no molhado. Porém, essa realidade clara e evidente, mesmo sendo repetida milhares de vezes, não consegue sensibilizar uma gama de políticos insensíveis e ante patriotas que, estupidamente, não legislam ou administram com o desejo de ver o nosso país crescer, o povo ter mais aptidões e qualificações, melhorar nosso prestígio internacional apresentando técnicas e capacitações privilegiadas, colocando as coisas nos lugares certos e, obviamente, favorecendo a distribuição de rendas para que seja mais humana e solidária, evitando assim, o verdadeiro massacre que a pobreza sofre, tendo como resultado, que é visto a olho nu, de jovens infantos/juvenis, se comportarem como criminosos e bandidos, em função dos desprezos e abandonos que são tratados, por uma sociedade cega e egoísta!

Será que será preciso uma lupa para que a tal sociedade veja que, discriminando e abandonando a pobreza, está, nada mais nada menos, criando uma leva monstruosa de jovens revoltados, que saqueiam o povo (rico ou pobre), por necessidade ou vingança. Ou, em muitos casos, ambas razões! Com uma observação simples, percebe-se que os bandidos, criminosos, chefes de tráfico de drogas, etc., estão na faixa etária de 16 a vinte 27 anos, época que o PT nem governava. Mas, por ser mais fácil, uma maioria de pessoas, dentro de uma ignorância política e falta de interesse em se informar, preferem repetir os chavões condenatórios criados e alimentados por políticos interessados em subir ao pódio como salvadores da pátria. Mas, no passado, governaram e nada de especial fizeram. Ao contrário, entregaram uma herança maldita nessa importante área, deixando a desejar nos mínimos detalhes!

Vamos continuar lutando para que a educação seja levada mais a sério, os desvios dos recursos dados pelo governo sejam mais respeitados e menos saqueados, fazendo assim, que a educação funcione a contento, e possamos provar para todos que: A EDUCAÇÃO É A SOLUÇÃO!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras - antoniodaagral26@hotmail.com



terça-feira, 2 de junho de 2015

Pare, pense e analise!

Pare, estude e analise!


Antonio Nunes de Souza*

Jamais teria a pretensão de ser o dono da verdade. Ou mais um idiota que, se expressando, acha todas as soluções dos problemas e erros que acontecem no mundo! Mas, sou um cidadão brasileiro com direito a dar minha opinião, mesmo que não seja acatada, porém, nada custa analisa-la, pensar, fazer reflexões e ponderações sensatas, com relação a conjuntura atual do nosso bendito e maravilhoso país!

Já abordei esse assunto, porém, com menores detalhes, apenas fazendo ver que, seguramente, tudo que vem acontecendo de escândalos grotescos e alarmantes, do assalto de celulares até a Petrobras e agora as Federações mundiais e nacionais de Esporte, numa desinformação absurda, incoerente e inconsistente, atribuem ao Partido dos Trabalhadores e ao governo de Dilma, simplesmente por ser a maneira mais fácil de extravasar suas decepções políticas, sendo mais uma vítima das campanhas oposicionistas que, para voltarem ao poder, usam de todos os modos e publicidades, para fazer a cabeça do nosso sofrido e fragilizado povo!

Repito: vejo, ouço e leio, cotidianamente, uma catarata de bobagens condenatórias contra o governo, vindo de pessoas super mal informadas, apenas, para acompanhar a mídia marrom, repetem notícias de coisas que estão acontecendo, mas, nem sabem que esses fatos já aconteciam antes até do PT existir!

Felizmente, no governo Dilma foi aberta a liberação das polícias e o Ministério Público que, com competência e rigidez, tem desmascarado centenas ou milhares de bandidos em todas as áreas (públicas e privadas). Mostrando ao povo brasileiro que esses fatos tristes e escabrosos já vinham acontecendo desde a bizarra época da colonização. Observem que não estou endeusando o partido dos trabalhadores, pois sei que muitos dos seus membros se aproveitaram e seguiram os esquemas montados no passado. Estou apenas solicitando que parem, pensem e analisem, em vez de bancarem as “Marias vai com as outras”, bradando inverdades ou exagerando as verdades. A oposição só falta incutir nas cabeças do povo, que as viroses da dengue ou zika vírus foram criadas pelo PT. Talvez não tenham ousado dizer, porque S. Paulo, o estado mais rico e importante do país, é governado por eles e é o campeão nacional da maléfica dengue! Nunca, na história brasileira, um governo, provocado ou não, teve a coragem de liberar todas suas instituições e leis, para apurar e condenar os envolvidos nos roubos e escândalos, sejam de que partidos forem. Sendo que, as questões de flexibilidades ou solturas, devemos a um código penal completamente obsoleto, criado no passado, pelos próprios políticos, já preparando suas salvações, caso ocorresse algum azar nas falcatruas e peculatos!

Não tomem esse artigo como um manifesto defensor governamental, tomem como uma observação clara, justa e sensata. Como já disse, basta ver que, nos governos passados, cheio desses corruptos atualmente denunciados e presos, não se prendeu nem um guarda noturno. E hoje temos na cadeia, senadores, deputados, prefeitos, vereadores, juízes, governadores, etc., pertencentes a todos os partidos. Canalhas que atuavam quando PT nem existia.

Portando, apenas pare, pense e analise, antes de, precipitadamente, fazer críticas descabidas e injustas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Resultados esperados!

Resultados esperados!


Antonio Nunes de Souza*

Ela não queria nada! Aliás, para ser sensato e claro, ela queria tudo do bom e do melhor, mas, não queria fazer nada para que as coisas acontecessem normalmente pelas forças dos seus esforços. Popularmente, poderíamos classifica-la como uma sacana folgada, que achava que por sua beleza, todos eram obrigados a ceder e conceder os seus caprichos!

E o interessante é que conseguia sempre, pois nesse particular, denominado de “sexo”, faz com que qualquer homem faça coisas que Deus duvida! Se as mulheres fossem mais interesseiras, dominariam o mundo num piscar dos olhos. Ou melhor dizendo, com o abrir das pernas nas horas certas e para as pessoas também. Mas, imagino eu que, pensando nos trabalhos que teriam, então deixam essa zorra para os homens mesmo!

Larissa era daquelas que não se preocupava com o que podia acontecer depois, pois o importante era o momento, desfrutando de um bom motel ou hotel, ganhando presentes caros, fins de semana em lugares chiques, e até um cartão de crédito com um limite gordo ela conseguiu, presente de um industrial muito chegado a “fruta”! Com seus vinte e dois anos, já conhecia a vida mundana que, se fossem apurar seus recebimento de membros, certamente, já estava beirando os cinquenta metros. Uma heroína em termos de receptividade peniana. Já estava com sua meta de comprar um carrinho, mesmo não precisando, pois seus parceiros todos tinham vários, mas, esse desejo fazia parte da sua vaidade!

Linda, charmosa, sarada, pois não dispensava a academia, mas, muitas vezes vacilava com relacionamentos com amigos estrangeiros dos seus patrocinadores locais. E aí é que foi o caos e a tragédia na vida de Larissa: foi contaminada com HIV e, quando tomou conhecimento, a doença já tinha avançado de tal forma que, infelizmente, a levou a uma morte prematura e imediata! O alvoroço foi grande entre a sua seleta clientela, todos fazendo seus exames e preocupados com suas famílias!

Uma pena o que aconteceu com Larissa e, infelizmente, existem milhares de Larissas nesse mundo, que tem o juízo na vagina e não raciocinam com relação a um comportamento sexual comedido e procurar meios mais decentes para conseguir seus sonhos e objetivos!

Seguindo essa linha, com certeza, os resultados são os esperados!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – antoniodaagral26@hotmail.com