Índio não tem mais dia!
Antonio Nunes de Souza*
Acompanhei toda minha vida as comemorações prestadas aos índios, com eventos festivos, desfiles de caboclos, exibições de arco e flecha, tacapes, lanças, apresentação de artesanatos com lindos colares confeccionados com uma variedade enorme de sementes, cocares ornamentados com penas coloridas, enfim, um dia de alegria, satisfações onde a figura do índio era tratada com carinho e afeição. Seus rostos pintados de vermelho, branco e preto, dando aquele aspecto de verdadeiros guerreiros que, sem nenhuma malícia, assustavam as crianças menores, levando aos colos dos pais e, muitas vezes, ao choro!
Era sem dúvidas, um dia realmente especial, dedicado a pessoas especiais que, obedecendo as leis regulamentares, assim eram e são tratados os indígenas brasileiros. Mas, citada essa lembrança do passado, hoje estamos vendo e participando de uma guerra quente/fria entre os brancos (?) e os mestiços índios, mesclados de interesseiros e oportunistas, que pongando na história, estão reivindicando uma banda do Brasil como suas terras, criando uma batalha complicada para se resolver ou para nada se resolver. Esse desastrado impasse, infelizmente, causou e continua causando uma animosidade assustadora, chegando, as vezes, as raias de homicídios em ambas as partes!
É lamentável o que está ocorrendo, pois deixará manchas e sequelas graves em nossa história, pois, as exigências de ambos os lados, em grande parte, são descabidas e prejudiciais para todos os envolvidos. Vamos procurar ajudar para que sejam acabadas essas disputas aguerridas e voltemos a ter a alegria do passado e uma boa paz no presente. Todos os dias são dias de todos, mas, nossos índios, verdadeiros brasileiros, merecem a comemoração festiva e bela do seu dia determinado pelo calendário oficial, sem disputas e ganâncias materiais!
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com
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