sábado, 29 de agosto de 2015

Uma mulher diferente!

Uma mulher diferente!


Antonio Nunes de Souza*

Se observarmos as pessoas, vamos ter a convicção que todas tem características diferenciadas em seus comportamentos, aparências, culturas, educação e, principalmente, os interesses de serem mais sedutoras, simpáticas e sensuais. Esses detalhes são pertencentes tanto aos homens como as mulheres, sendo elas, mais cuidadosas e melhores investidoras nas suas habilidades natas ou aprendidas, aproveitando melhor nas suas vidas para conseguir seus objetivos!

Mas, Kakau era uma mulher completamente diferenciada, pois, além dos predicados acima citados, sabia manipulá-los com uma maestria invejável, conversa bonita e solta que, facilmente conquistava seus interlocutores mesmo através da internet, virtualmente, sabia manobrar as conversas de uma forma agradável, que, com um ou dois contatos, deixava seus novos amigos feitos nas redes, babando de desejo de conhece-la! Verdadeiramente, uma mulher diferente!

Porém, como não existe nada que seja perfeito, quando se deparou com alguém mais experiente, já calejado de lidar com diversas personagens e personalidades, essas técnicas já não foram tão eficazes, uma vez que do outro lado, morava a sagacidade do tempo vivido, pouca paciência para brincar de picula ou gato e rato, vendo nesse método, uma situação um tanto tola para dois adultos se relacionarem, num mundo atual onde as apresentações pessoais são essências e lógicas! E não é que aconteceu com Kakau? Verdade! Deparou, acidentalmente, em uma sala de bate papos com um homem com certa cultura e idade avantajada, que, de início ficou deslumbrado com sua desenvoltura, sorriso solto, bem informada, liberal nas conversas, mostrando ser, realmente, uma mulher diferente. Lógico que, em princípio, dominou a situação e encheu de desejos no seu novo amigo de Net, em logo vê-la de perto e conhece-la o mais breve possível. Mas, exagerando a sua técnica de misteriosa e, ligeiramente, diabólica do bem, porém, passando dos limites, fez com que o interesse de concretizar o trabalhoso encontro, fosse passando gradativamente, reconhecendo ela que, seguramente, a sua falta de segurança pessoal não fosse igual ou espelhasse, uma mulher bonita que deslumbrasse na apresentação, usava desse artifício de mistério, valorizando assim, sua capacidade de iludir com a ausência corporal. Tinha medo que sua aparência simples quebrasse o encanto das conversas na net e no telefone. Pensava ela: Se me verem podem se decepcionar e, se não me conhecerem, terão sempre na mente que eu sou maravilhosa! Deixar essa dúvida, faz parte do meu show. Sempre sairei como alguém muito especial, interessante e desejada! Claro que essa análise pode não ser a realidade do fato, porém deixa com clareza que tem muito com a personalidade apresentada até então. Uma vez que, mais de uma vez, foi marcado um encontro e ela faltou sem dar nenhuma satisfação, apenas se desculpando depois de uma maneira nada convincente. Mas, a desgraçada curiosidade masculina, mesmo com esse comportamento nada distinto, segurou a barra e continuou aguardando a realização do encontro, para poder ver de perto com quem estava tratando, pois, olho no olho somos completamente diferentes!

Assim, entre tapas carinhosos e beijos virtualmente distribuídos, um dia chegamos a marcar um definitivo encontro, sem falhas, para a realização de reconhecimentos pessoais, já que através de fotos já tínhamos uma ideia quase precisa de cada um. E aí aconteceu! Ambos bem arrumados cuidadosamente para, logicamente, impressionar. Abraços, beijinhos nas faces e, sinceramente, mesmo depois de uma hora estando juntos, as conversas foram poucas, não sentia-se no ar uma reciprocidade de afetividade, apenas um encontro comum, sem nada especial, deixando transparecer que ambos estavam loucos para voltarem para suas casas cheios de decepções, talvez, putos da vida, pois, poderia ter sido bem melhor, se nosso anonimato fosse conservado. Mas, já era tarde e havia acontecido o que não era para acontecer. Somente serviu de lição para ele que fosse mais cauteloso nos entusiasmos, e para ela que fosse menos misteriosa e mais coerente. Brincar de “gato e rato”, jamais foi uma maneira simpática e correta para tratar pessoas, No mundo moderno, não perdemos tempo, temos que ser objetivos e rápidos nas decisões!

Depois desse inusitado encontro, passamos a nós falar apenas eventualmente e, por ironia do destino, nunca mais nos encontramos, nos esquecendo daquele diálogos do início, risos largos e doces, deixando como sequela mais uma lição de vida!

Passados alguns anos, pela necessidade em função da idade, tive que procurar uma clínica para fazer fisioterapia e, marquei a consulta sem atentar por quem seria atendido. Veja vocês, quando entrei na sala me deparei com Kakau, séria, toda de branco destacando a sua charmosa negritude. Nos cumprimentamos sutilmente, ela deitou-me na cama e começou a me massagear e apalpar várias partes do meu velho corpo, fazendo uma análise geral de avaliação. Eu, boquiaberto pensei comigo mesmo: “como o destino é cruel e interessante. Anos atrás eu adoraria estar na cama com essa mulher acariciando meu corpo. E hoje, já sem minha libido funcionando a contento, deparo-me com ela, esqueleticamente, acontecendo o que deveria ter acontecido muitos anos atrás, numa noite inesquecível! Pena que não sei o que se passou naquele momento em sua cabeça de uma mulher ainda jovem e desejável!

Será que ainda é uma mulher diferente?

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras - AGRAL –

antoniodaagral26@hotmail.com



quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Lições do velho tempo!

Lições do velho tempo!


Antonio Nunes de Souza*

Embora muitas e muitas coisas de nossas vidas, aprendemos com o tempo, em alguns casos e para algumas pessoas, são encurtadas essas lições através da paciência em ouvir as experiências vividas por outros, inteligentes e qualificados, refreando as petulâncias em querer ter sempre razões e certezas das coisas, analisarmos, criteriosamente, todas as situações que surgem em nossas frentes e fazer as devidas ponderações!

Um dos comportamentos mais constantes entre as pessoas que, muitíssimas vezes, provoca perda de amigos queridos, é a discursão em todas as vertentes, indo do popular futebol até as mais importantes questões mundiais. Não existe dentro de cada um de nós o reconhecimento das nossas limitações, conhecimentos, pesquisas e leituras pertinentes sobre os assuntos, mas, somente por ouvir dizer ou ler e ver na TV e jornais uma opinião, que muitas vezes não é abalizada, ou até uma matéria encomendada e, partindo dessa informação, sinta-se um competente e seguro argumentador sobre o assunto em pauta!

Esse erro, acima citado, é o que mais nos deparamos com pessoas achando-se informadíssima, querendo nos convencer de fatos ou acontecimentos, citando minúcias e detalhes como se ela fosse íntima e convive no cotidiano com tais personalidades. Esses são intoleráveis e desagradáveis, pois, se você quiser fazer ou fizer uma observação contrária, estará sujeito a ouvir tolices maiores, levantamento de voz (que o maior sinal de falta de argumentos sólidos), chegando até a ousadia e desrespeito de qualifica-lo de burro. E, se você não for educado e reconheça a ignorância do interlocutor, em alguns casos as trocas de ofensas alcançam níveis onde nem as mães não são poupadas!

Felizmente, o tempo me ensinou que, quando deparar com sabichões teimosos, dizer apenas uma opinião sutil esclarecendo o fato. Mas, se o indivíduo voltar à carga dizendo ter toda razão, calar-me, policiando-me e passar a ser um mero ouvinte, deixando nosso amigo a vontade discursando, achando-se um grande conhecedor da matéria. Entrego mais um para ser aluno do tempo, fazendo que a conversa se torne um monólogo!

Portanto, nada melhor que procurar atalhos adequados e seguros, para você trilhar com bons resultados em seus projetos e planos, sem ter que pagar as caras aulas que a universidade do tempo lhe dará. Sigam a sabedoria e exemplos dos milenares filósofos orientais!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Garças...adeus!

Garças...adeus!


Antonio Nunes de Souza*

Usando meu estilo debochado e alegre para retratar as coisas sérias de uma maneira menos triste, sempre gosto de fazer jogos de palavras que, sem dúvidas, dão um toque diferenciado, objetivando o que desejo passar!

Desta feita, sem ser repetitivo na mesma tecla de paixões e saudosismos, vou ao âmago da questão procurando mostrar a realidade atual existente, digna de nojo e desprezo da nossa parte. Nojo pelo que ele está transformado e desprezo pelos responsáveis públicos e privados não se dedicarem, mesmo em pequenas escalas ou comportamentos, que minimizem a questão!

Certamente, passaram pelas suas consciências, uma série de coisas importantes que, estupidamente, são desprezadas e esquecidas pelas autoridades, como também pela sociedade e o povo em geral que, em vez de agirem com atitudes, se restringem a fazer declarações de condenações, querendo ser os grandes defensores heroicos! Esse papo reclamativo nada resolve e já está pra lá de Marrakesh!

Depois de exercitar as suas mente de adivinhos, tenho que ser objetivo declarando que estou referindo-me ao Rio Cachoeira, rio que cortava a nossa cidade com sua beleza e hoje corta nosso coração com a podridão que foi transformado! Retratei em uma crônica há algum tempo que: “Foram os Barões do cacau e ficaram as baronesas da pobreza!”

Até a nossa famosa e histórica “Ilha do Jegue”, que herdou esse nome depois de uma grande enchente, um jegue ficou ilhado dias seguidos, conseguindo salvar-se da tragédia aquática, está, praticamente desaparecida, nos obrigando a dizer com tristeza: Garças...adeus! Isso porque elas estão já preparando-se para partir para outras paragens com pisciculturas fartas e águas salutares!

Sendo eu mais um “chorão” que, bravamente, luta pelo nosso município e, principalmente, nosso sofrido e abandonado rio Cachoeira, antes de partir possa mudar o refrão de garças...adeus e dizer feliz: “Graças a Deus!”

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hormail.com



terça-feira, 25 de agosto de 2015

Quem ama não mata!

Quem ama não mata!


Antonio Nunes de Souza*

A afirmativa acima é por demais conhecida e repetida sempre pela mídia e 99% das pessoas, que, numa análise rápida e simples, concorda plenamente, ser um absurdo alguém amar alguma pessoa ou coisa e, barbaramente, destruí-la!

Na verdade, para todos que apenas observam o ato e fato superficialmente, sempre seguindo a geral opinião da culpabilidade, sem que seja feita uma conjectura em volta do problema que, verdadeiramente, levou a pessoa a cometer essa ação louca, barbara e grosseira, facilmente é dar esse veredito sem pestanejar, como se fosse uma opinião condenatória e definitiva!

Eu, como sempre, ousadamente, acompanhando durante toda minha vida a incidência desses casos que estarrecem a sociedade, passei a procurar as verdadeiras razões desses transloucados gestos, que, lamentavelmente, tem ampliado estupidamente, ou, por termos uma comunicação mais eficiente, passamos a ter as notícias cotidianamente, deixando transparecer que esse comportamento exagerado é algo dos atuais dias. Mas, sempre aconteceram e continuarão acontecendo, infelizmente, graças ao tal e abstrato amor!

Vale dizer que, a sequência da minha crônica, trata-se apenas de uma opinião, sem comprovação científica ou laboratorial, que, em nenhuma hipótese deve ser encarada como uma verdade sobre o assunto. Se muito, fazer uma reflexão e tirar as suas próprias conclusões!

Sabemos todos que o amor, uma criação na mente humana, passou a ser um sentimento de posse, que todos que praticam essa modalidade de amizade, passam a nutrir, erroneamente, que a pessoa lhe pertence, ninguém pode ter uma intimidade mais amiúde, as desconfianças são afloradas todos os instantes, nada de liberdades, nem para admirar as belezas que circulam em suas voltas. Passamos a ser como as joias, só elas podem usar e, como segurança, guardar nos cofres quando não estão desfrutando! Então... a partir desse comportamental usado veementemente pelos amantes (cultivadores do complicado amor), começa a aparecer o ciúme, desconfiança, muitas vezes provocados pelas mudanças de tratamentos, limitações de carícias e prazeres, em muitos casos as desculpas sexuais, etc., fazem com que o parceiro ou parceira comesse a sentir que está perdendo sua “propriedade” e, quando descobre que, efetivamente, o entusiasmo da fantasia chamada “amor” está desaparecendo e, desastrosamente, já tem um ou uma substituta no pedaço, a brutal reação animalesca vem torrencialmente em defesa da sua ilusória propriedade, através do idiota pensamento: “Se não é meu ou minha, também não vai ser de ninguém!” E aí, a coisa vai para o brejo, através uma reação idiota e criminosa, que todos saem perdendo no final: Um morto, um preso e o outro sozinho e traumatizado!

Assim sendo, na minha parca e leiga opinião, não deve-se matar ninguém em nenhuma circunstância, mas, também não podemos dizer, categoricamente, que: “Quem ama (?), não mata!”! Pois, para essas pessoas, simplesmente, estão matando por amor, inclusive, muitas delas praticam ou tentam o suicídio em seguida, logicamente imaginando que, onde forem, voltaram a estar juntos!

Portando, gostem muito, muito, muito, porém, jamais esqueça que ninguém lhe pertence e nem você a outrem, somos pessoas que vivemos momentos de prazeres e felicidades que, infelizmente, em muitos casos, tem algum tempo de validade!

Assim como aprendemos a perder muitas coisas em nossas vidas, devemos aprender e saber administrar as perdas nas afetividades!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com





segunda-feira, 24 de agosto de 2015

A Educação!

A Educação!


Antonio Nunes de Souza*

Quisera eu, com meu modesto prestígio divino junto a Santíssima Trindade, ter poderes para, honrosamente, solicitar, enfaticamente, que imediatamente fosse canonizada e instituída mundialmente, uma nova e milagrosa Santa, para defender, ajudar, proteger e cuidar com carinho, de uma das mais importantes coisas da terra: A Educação!

Seria, sem nenhuma dúvida, minha padroeira a bendita e divina Nossa Senhora da Educação. Pois, tenho a maior certeza, seríamos abençoados, fiscalizados, guiados e muito menos saqueados pelos políticos corruptos, uma vez que temeriam castigos pelos comportamentos profanos, antes de se apoderarem das verbas destinadas para as finalidades específicas. Lógico que temos Deus e uma série de Santos que cuidam de nossas vidas, mas, nesse caso, que trata-se de uma vertente ultra importante e em primeiro lugar entre todas as outras, importantíssimo seria, uma santificação de primeira linha, com amplos poderes para providenciar as soluções sem maiores burocracias, castigando os pecadores insensatos e canalhas aqui na terra mesmo, sem que fosse, como dizem atualmente, que serão julgados depois das suas mortes!

A essa altura, você já está pensando como pode minha imaginação estar criando hipóteses mirabolantes e utópicas, cheia de ideias abstratas, sobre um assunto tão sério que, com certeza, locomove o mundo! Mas, é exatamente por essa razão que preocupo-me e, nas minhas elucubrações e desejos, sempre penso e me preocupo para melhorar algo que tanto amo: A Educação!

Porém, como tudo isso nada mais é que uma sorrateira advertência aos canalhas desviadores dos recursos destinados a melhorar o nível cultural do povo, fato que vem se repetindo por dezenas de décadas, não posso deixar de, com orgulho e satisfação, parabenizar todos os professores que, santamente, cumprem seus deveres, pobremente remunerados, mas, não deixando suas dedicações e sacrifícios para transmitirem os seus saberes. Esses são, verdadeiramente, Santos, porém, com seus poderes limitados! Nos orgulhamos e louvamos todos eles pelos seus sacerdócios!

Que todos os governos e políticos cheguem à conclusão que devem tratar bem melhor, aqueles que se preocupam e lutam para oferecer no futuro um mundo melhor!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



domingo, 23 de agosto de 2015

Salas de bate papos!

Salas de bate papos!


Antonio Nunes de Souza*

Para que você tenha alguma desenvoltura, experiência e conhecimento sobre qualquer assunto, se faz mister que, certamente, leia, veja, pratique e, principalmente, com os olhos de lince, traduza para sua mente as peculiaridades da área que você está estudando ou pesquisando! Pois, foi o que fiz, praticamente durante um ano, nas minhas horas vagas e dispostas, entrando nas salas de bate papos, pinçando algumas pessoas, normalmente mulheres, no intuito de sentir as verdadeiras razões das constantes frequências, seus desejos e suas razões precípuas!

Vou me ater as de Ilhéus e Itabuna, municípios vizinhos que, quase são complementos um do outro, sendo um de características turísticas e o outro comerciais. Curiosamente e, ao mesmo tempo, lamentavelmente, a frequência é de uma categoria de pessoas mal educadas, grosseiras, sem os mínimos escrúpulos ou decências, principalmente os homens que, estupidamente, “mercam” suas aptidões, tamanhos, disposições, desejos e disponibilidades, sem, pelo menos, colocarem seus monólogos ou diálogos “reservadamente”. Pois, de tanto ver e ler tais propostas, passei a crer que, certamente, esse comportamental asqueroso, torna-se excitante para as procuradoras de orgasmos virtuais ou encontros mais fáceis. E isso tem sentido, pois, seguramente, sempre encontro as mesmas mulheres, mesmos “NICs”, caçando suas presas, quer sejam por dinheiro, ou prazeres virtuais com trocas de fraseados picantes através do teclado ou câmeras dos diversos sites disponíveis atualmente!

Não posso dizer que não encontro, raramente, exceções e pessoas qualificadas, educadas, bem informadas, com formação, porém lamentavelmente, solitárias, geralmente de meia idade, gordas e nada bonitas, pois, uma mulher por pouco bonita que seja, não necessita de se expor a tamanho caos para obter orgasmos, Elas, habituadas as conversas dos cafajestes machões, quando encontram alguém que, detalhadamente, demonstra uma qualidade no linguajar e tratamento, se apressam logo a perguntar “de onde você é”, pois percebe que esse indivíduo não pertence à classe desclassificada normal dos podres frequentadores! Nesses casos, mantenho meu diálogo, sendo o mais sincero possível com relação a minha pessoa e as atividades profissionais que exerço e, curiosamente, elas não acreditam no que estamos dizendo, achando que, como a grande maioria, estamos inventando e mentindo! Nesses casos divirto-me bastante, despeço-me educadamente e deixo que a dúvida fique pairando no ar, uma vez que é difícil você convencer virtualmente!

Uma pena que transformaram as salas da NET, principalmente das cidades que foquei, em verdadeiros lugar de encontros sexuais de todos os gêneros, gostos e preferências. Entretanto, pelo que pude tirar nas minhas entradas e pesquisas, no fundo tenha alguma utilidade para satisfazer essas pessoas frustradas, mal amadas, solitárias, gordas e tidas como feias que, infelizmente, pelos caminhos urbanos normais, tenham dificuldades grandes para suas satisfações!

Não são salas! São verdadeiros motéis virtuais, onde se praticam todo tipo de sexo e perversão que, num futuro não tão longe, já disse, que sem você esperar, vai aparecer em sua porta um menino dizendo todo orgulhoso: “Eu sou seu filho que você fez com minha mãe através do computador. Seu espermatozoide foi por e-mail, pingou na placa mãe dela e eu, nove meses depois, nasci. Me dê minha Benção papai!!!”

Logicamente, você vai cair para trás quando ver que o menino é a sua cara!!!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com







sábado, 22 de agosto de 2015

O golpista golpeado!

O golpista golpeado!


Antonio Nunes de Souza*

Há uns sessenta e poucos anos, no ano de 1954, caminhava eu para a escola e, quando cheguei, encontrei os portões fechados, uma agitação interna dos professores e, no mural, havia um aviso que não haveria aula em função da morte de Getúlio Vargas, presidente da República, pois o referido havia suicidado!

Fiquei na maior alegria, não pelo fato da morte, pois, naquela época, nem sabia quem era esse cidadão e qual a importância do fato. O legal é que, não tendo aula, teria o dia inteiro para brincar e, na minha cabeça infantil, pensei a bobagem que deveria todo dia suicidar um desses famosos importantes, para que não houvesse aulas. Andando pelas ruas retornando para casa, cheguei a ouvir uns cochichos de pequenos grupos de adultos que, a boca pequena, duvidavam do seu suicídio, imaginando que o homem tinha sido assassinado. Pouco me importou essa conversa, para mim o que valia era que não haveria aula!

Alguns anos depois, na escola, lendo e conversando com pessoas qualificadas e cultas, fiquei sabendo maiores detalhes sobre aquele fato que nem buliu com minha cabeça infantil, tomei conhecimento que o presidente Getúlio era um golpista da República brasileira e, como sempre acontece e continuará acontecendo, sofreu um golpe de uma gama de políticos que, não podendo tomar os poderes através dos votos, apelaram para desarticular o governo, criar situações escandalosas através da mídia, exigindo a renúncia do cargo. O presidente, com coragem enfrentou a pressão, mas, preferiu matar-se a entregar o cargo como um covarde!

Esse foi o primeiro golpe que vivi em minha vida, entretanto, com o decorrer do tempo, passei a ver e vivenciar, como sempre tem um grupo civil ou militar, pronto para fazer suas armações através de politicagens e, sorrateiramente, tomam os poderes, alcançando seus objetivos financeiros, poderosos e de vaidades, sempre deixando o pobre povo secundariamente ou terciáriamente, continuar com suas privações básicas!

Nessa semana que entra devemos nos lembrar da morte de Getúlio Vargas, um golpista que foi golpeado, como também, como brasileiros, reviver na nossa história a sequência de golpes que o país sofreu nessas seis décadas contra Café Filho, Jango, Juscelino, Jânio, Collor e agora, estupidamente, desejam contra a presidenta Dilma. O que deve-se fazer é o que a justiça está fazendo, prendendo todos os corruptos e canalhas de todos os partidos, alijá-los das eleições e fazer uma limpeza geral, uma vez que esses desmandos, sempre aconteceram em todas as vertentes políticas, quer seja em um vilarejo, como na capital da república, não se coloca um paralelepípedo ou tijolo em uma obra pública, sem que a famigerada propina não exista. Creio que até as crianças da APAI sabem disso! Nada foi instituído por partido algum, apenas, a bomba estourou agora, propositadamente, mas, está atingindo até os causadores dos vexames. A mídia parceira e interessada trata de fazer lavagens cerebrais com suas reportagens fabricadas: “Não tem hospitais, não tem remédios, não tem segurança, não tem escolas, etc., como se quando eles entregaram o governo, o PT saiu destruindo os hospitais, colégios, creches, estimulando bandidos, fabricando drogas, etc. Já disse uma vez e repito: Meu avô já reclamava da falta de tudo isso e esses golpistas de meias tigelas, passaram pelo governo e nada fizeram para sanar esses problemas que hora exigem veemências!

Sempre repito que não defendo canalhas de partido nenhum. Que todos que a justiça for provando seus envolvimentos sejam banidos e devolvam as quantia saqueadas. Sejam que cargos forem!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Redutores ou quebra-molas?

Redutores ou quebra-molas?


Antonio Nunes de Souza*

Começo minha crônica com uma pergunta bastante pertinente, pois, em função da falta de educação dos nossos condutores de veículos, que não respeitam as velocidades permitidas nas vias urbanas e, grosseiramente, guiam feito loucos, provocando acidentes e atropelamentos cotidianamente, se faz necessário se usar esse bárbaro artifício!

Não sou contra essas armadilhas prejudiciais, exageradamente colocadas em diversas ruas e avenidas, fazendo que as trajetórias urbanas se tornem uma viagem “radical”, já que, se não tivermos cuidado, somos premiados com um prejuízo de amortecedores e suspenções quebradas! Porém, nem sempre é por causa de correrias, avanço de limites de velocidades permitidas, etc., trata-se de uma sinalização super precária, com pequenas placas colocadas exatamente, no local do redutor (?), que quando você vê já está em cima da mortal armadilha! Pior ainda e mais absurdo é que não são pintadas com tintas fluorescente ou amarela, para que tenhamos uma visão a distância do perigo que corremos. Durante a noite, sendo chuvosas piores ainda, com o asfalto molhado, não se enxerga nada absolutamente, principalmente quando deparamos com veículos que vem na pista ao lado com seus faróis acesos!

Sabemos que nos países civilizados, essa estratégia não é mais usada, pois, motoristas educados, respeitam suas leis e sabem que também tem seus dias de pedestres e que as faixas de travessias são essenciais para o público utilizar.

Minha intenção com essa crônica/artigo é chamar e alertar a atenção do Sr Roberto José, Secretário do Trânsito, providencie pintar, vivamente, os redutores (só na Av, Manoel Chaves que transito diariamente tem 14 quebradores de molas), escondidos e confundidos com o asfalto, com plaquetas ridiculamente minúsculas em cima da armadilhas e, as passagens de pedestres, estão apagadas, como as vistas dos fiscais desse precioso serviço!

O secretário Roberto José, que pretende ser prefeito, deveria olhar os detalhes que estamos advertindo e, mais que rapidamente, executar esse trabalho, demonstrando sensibilidade e solidariedade com os munícipes, senão, se deixar no esquecimento, com certeza, encontrará muitos “redutores de votos” na sua eleição, e, para que não haja a desculpa de que não leu nosso artigo, assim como será publicado no jornal e blogs, estou enviando, diretamente, para o e-mail do secretário e Presidente da FICC. Nossa intenção é a mais honesta possível, não acompanhando uma gama de gananciosos do poder que, estupidamente, cultuam o lema sórdido de: “Quanto pior melhor!”

Esperamos que nossa solicitação, encontre eco na consciência do postulante a ser o administrador da cidade!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



domingo, 16 de agosto de 2015

O impizza de Aécio!

O Impizza de Aécio!


Antonio Nunes de Souza*

Inacreditável, mas, acontecendo com a maior clareza do mundo, que as classes A e B, privilegiadas pelas suas riquezas, poderes, vícios e hábitos de estarem sempre ocupando os lugares mais poderosos do país, não se conformem de nenhum jeito, mesmo sendo uma escolha popular e legitimada pela constituição brasileira, estarem sendo governados por um partido de operários por duas décadas, tendo eles apresentado as “finas flores” dos seus partidos e, vergonhosamente, perdem pois, na verdade, não são qualificados para exercerem as funções de um presidente!

Bastaria, simplesmente, que eles mudassem as estratégias, preparassem homens capacitados que ainda não foram queimados no passado pelas suas arrogâncias e administrações em seus Estados, deixando a desejar, que, seguramente, as possibilidades serão maiores que as atuais, uma vez que o povo está ávido e louco para mudar essa filosofia brutal e podre dos políticos levarem as vantagens e o pobre povo se contentar, enganosamente, com as migalhas!

Essa oposição, comandada pelo nada pujante e nem “gigante pela própria natureza”, que surgiu no cenário nacional como ajudante de ordens do tio Tancredo Neves e, usando desse prestígio discutível, conseguiu ser deputado, senador, governador, etc., mas, o homem é guloso e quer mais e muito mais, não só do que conseguiu na sombra política e nome de tio/avô, como também como um golpista de segunda classe. E, curiosamente, vocês devem se lembrar que ele nas pesquisas estava ridiculamente classificado, melhorando o seu sortudo cabedal com o acidente aéreo que morreu o candidato que bateria de frente com Dilma. Mas, mesmo assim, não fosse o apoio da votação da candidata Heloisa Helena, teria tomado uma goleada maior que o nosso 7X1 com a Alemanha!

Então, com a ganância que lhe é peculiar, acendeu uma fogueira e jogou merda no ventilador, começando pelas podres negociatas na Petrobras que, desde os anos sessenta na sua fundação, os roubos e desvios eram clamorosos, apenas todos que entravam e participavam dos esquemas, jamais tiveram interesses de escandalizar, acabando com as mamatas. E olhem vocês que o PT nem existia. Lula e Dilma não eram nem espermatozoides nessa época! E a oposição, comandada por esse senador nada brilhante, Aécio Neves, sem pressentir, desencadeou uma centena de denúncias, peculatos, roubos e saques, abrangendo todos os partidos, inclusive o dele e até contra ele mesmo. Sou, categoricamente, partidário que todos que forem sendo provados culpados, sejam regiamente punidos com a maior rigorosidade das leis, sejam de que linha partidária forem. Mas, é inadmissível querer desmoralizar a constituição e destituir a presidente é, simplesmente, ridícula a ideia desse homem que demonstra não ter equilíbrio suficiente para governar o país!

Felizmente, as viúvas de Aécio e os órfãos do golpe militar, terão que esperar pelas próximas eleições, preparando-se, competentemente, para concorrer com outros candidatos que contam com a confiabilidade, simpatia e credibilidade das classes C-D-E, que reconhecem o belo e eficiente trabalho que o governo está fazendo em prol dos que, realmente, necessitam!

Imagino que essa desastrosa campanha para um terceiro turno criada por Aécio, terminará para ele, vergonhosamente, em uma IMPIZZA!

*Escritor Membro da Academia Grapiúna de Letras –AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



sexta-feira, 14 de agosto de 2015

Conduta atípica!

Conduta atípica!


Antonio Nunes de Souza*

Normalmente, quando falamos de pessoa enrolada, atrapalhada, treteira e cheia de artes enganadoras, vem logo a imagem do homem, colocando a pobre mulher como uma sofredora, por ser maltratada física e moralmente, como uma santa aguentando as diabruras de um cafajeste que escolheu, inocentemente, como namorado, noivo, marido ou amante. Mas, embora seja considerado como uma normalidade esse vexame masculino, muitas e muitas vezes nos deparamos com pessoas com essas péssimas características e, para surpresa: Mulheres!

Pode parecer um exagero da minha parte, ser um gay revoltado e com ciúmes das concorrentes, etc., mas, nada disso é verdade, pois, minha experiência de vida e as leituras romanceadas e pesquisas científicas, provam que essa similaridade de caráter tem apenas um diferencial mínimo de 10%, deixando claro que essa vantagem da mulher, deve-se, simplesmente, a vergonha que elas tem perante as amigas de se comportarem de uma maneira condenável. Até no adultério, que os homens se vangloriam com todos os amigos, as mulheres se protegem de tal forma, que nem para as melhores amigas elas confessam. Ficam sabendo somente aquelas que são do mesmo “ramo” e se ajudam mutualmente!

Nos negócios também é a mesma coisa, pois aproveitam-se do chame, beleza e sexo eventual, abrindo as pernas e, os pobres homens, abrem os bolsos e os cofres. Nessas horas o importante não são os atos, e sim os fatos creditícios que surgem aos montes. Essas sabem usar sua arma “rachada” e feia, com uma maestria impecável. Graças a Deus nem todas se aperceberam dessa simples realidade, ainda se deixam serem manobradas em vez de manobrarem! Imaginem vocês que, assustadoramente, deixaram os gays colherem uma grande fatia do mercado, somente por um preconceito tolo e, agora que viram que é uma tolice, estão cedendo frente e verso com as mesmas desenvolturas! Porém, as sapecas, sagazes e espertas, ainda fazem aquele charminho, somente para se tornar difícil e arrancar mais do bobalhão homem!

Creio que, com os simples e objetivos exemplos que citei, deu para demonstrar, que as mulheres habilidosas e pecaminosas, apenas com sua arma que Deus lhe deu, se souber usar, domina esse mundo num piscar de olhos. Ou melhor dizendo: Um piscar de xota!!!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL antoniodaagral@6@hotmail.com



quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Ironias do destino!




Ironias do destino!

Antonio Nunes de Souza*

Sentado, as lágrimas desciam pelo rosto ao ouvir uma frase forte e comovente que, num passado distante, a ouvi com entonação de carinho e preocupação e encontrava-me alegre e feliz. Fiz uma retrospectiva, projetando em minha mente um filme que não gostaria de tê-lo assistido:

-Pâmella Mary, saia da lama menina! Falou a mãe enquanto enxaguava na bacia a roupa de lavagem de ganho.

Sorri, internamente, quando ouvi o nome da pequena criatura que, sentada numa poça d’água imunda, brincava tranqüilamente como se fosse uma piscina. Analisei como é interessante e peculiar entre as pessoas pobres, colocar nomes exóticos e estrangeiros em seus filhos, procurando enriquece-los de alguma forma, imitando os nomes comumente usados nos filmes e novelas da tv. Mais engraçados ainda são os acréscimos de letras para dar maiores ênfases, muitas vezes tornando ridículas as pronuncias e as combinações. Pâmella Mary era um exemplo típico desse fato!

-Bom dia dona Mariana!

-Bom dia, Dr. Márcio! Eu estava esperando o senhor na parte da tarde, por essa razão não preparei a menina.

-Infelizmente surgiu um compromisso inesperado para hoje à tarde, e resolvi vir logo pela manhã. Mas, como a senhora não tem telefone, não tive condições de avisar. Porém, pode ficar tranqüila que aguardarei de bom grado a preparação da criança.

Enquanto mandava que eu sentasse em um tamborete com as pernas meio bambas, Mariana desocupou a bacia estendendo as roupas no varal improvisado em plena ruela da favela, enchendo-a de água e, em seguida, pegou a menina pelo braço e a colocou dentro, antes porém, lavou os sujos pés que estavam enfiados na lama fétida do fundo da poça.

Conforme havíamos combinado, eu estava ali para levar a menina, adotando-a extra-oficialmente, pois estava casado há 10 anos e não consegui ter um filho em função de um problema genético da minha mulher. E fomos informados que dona Mariana não tinha condições de criar a menina e estaria disposta a dá-la para um casal que fosse respeitável e lhe desse uma boa educação. Ela foi a nossa casa, nos conheceu, viu que tínhamos boas intenções e concordou em nos dar a criança, mesmo sem as burocracias da justiça. Como a menina tinha dois anos e não era registrada, nós a registraríamos como se fosse nossa própria filha e tudo ficaria na mais completa tranqüilidade e segredo para ambos os lados. Pretendíamos dar algum dinheiro para Mariana como uma compensação por estar nos dando uma felicidade ímpar, mas ela recusou-se categoricamente, alegando que, somente em estarmos dando conforto e segurança para sua filha, representava a maior das fortunas que ela poderia ter na vida. Mas, mesmo assim, prometemos ajuda-la em alguma ocasião que fosse preciso.

Não ficamos temerosos com relação a alguma reclamação posterior do pai de Pâmella, pois se tratava de um individuo que apareceu na favela tempos atrás, sem documentos, eiras nem beiras, nenhum parente e fazia biscates diversos para sobreviver. Mariana o conheceu num pagode, ficou, e aconteceu. Uma semana depois desse fato, ele foi atropelado e morto numa rua da zona norte. Mariana só veio saber, através dos comentários habituais da favela. Entretanto, ninguém sabia desse rápido envolvimento e nem ela percebera que já estava grávida. Quando descobriu, deu prosseguimento a sua gravidez, guardando segredo de quem era o pai, pois, naquele ambiente, ninguém tinha preocupações ou causava estranheza alguém aparecer de barriga.

-Pronto Dr. Márcio. Aqui está sua bonequinha! Coloquei nesse saquinho de mercado algumas roupinhas, embora o senhor tenha dito que já tinha em casa um enxoval completo no quartinho dela, que tive a felicidade de ver. Ela disse isso escondendo com um sorriso os olhos lacrimejantes de uma mãe que está entregando um pedaço de si.

Dei-lhe um abraço, agradeci mais uma vez, e alegre e comovido carreguei a criança nos braços, partindo para o carro que estava um pouco distante, em função do caminho do seu barraco ser intransitável, onde Eunice, minha esposa, me aguardava, pois não queria ver a cena da despedida. Mas, nada aconteceu que fosse dramático.

Pâmella não esboçou nenhuma reação e nem estranhou as pessoas que a estavam levando-a O passeio de carro, as novas paisagens e a variação de novidades, eram suficientes para faze-la feliz e nem lembrar do seu barraco ou da própria mãe.

Tomamos todas as providencias combinadas e normais para perfilha-la e criar a menina dando-lhe educação, carinho e amor. Não mudamos o seu nome, como uma homenagem ao gosto(?) da sua mãe.

Os anos passaram, Pâmella terminou o curso secundário, fez vestibular e passou a cursar a faculdade de arquitetura. Quanto à dona Mariana, curiosamente, após dois meses que havíamos trazido a menina, voltamos ao seu barraco e não a encontramos. Seus vizinhos não souberam nos dar nenhuma notícia, como também, nesses 19 anos, jamais voltamos a nos falar ou ter alguma referencia do seu paradeiro. Em função disso, jamais contamos nosso segredo para a menina.

Mas, como muitas vezes o destino nos prega peças nem sempre agradáveis, Pâmella começou um namoro com um rapaz que era usuário de drogas e, infelizmente, levou-a para o vício. E, como comumente acontece, quando percebemos já era tarde. Ela começou a ser agressiva, passar dias fora de casa, deixou de freqüentar a faculdade, além de beber e fumar, iludida como muitos jovens, achando que isso é que era felicidade.

Tentamos de todas as maneiras contornar a situação, mas, somente pode-se ajudar, quem realmente deseja ser ajudado. E ela nada queria e não aceitava mais nossos carinhos e atenções, terminando por ir morar com o tal indivíduo em um quartinho de uma pensão de quinta categoria.

Depois de meses nessa vida, onde não tínhamos nenhuma notícia, hoje ela apareceu aqui em nossa casa, com uma aparência horrível, olheiras, mal vestida e, cinicamente, veio nos pedir, quase exigindo, dinheiro para comprar drogas, pois estava em tempo de enlouquecer e, caso não tomasse uma dose iria morrer de dores por todo corpo.

Foi nesse instante que ouvi a fatídica frase, desta feita repetida por minha mulher, com muita compaixão, lágrimas e amor, que me fez lembrar toda essa triste história:

-Pâmella Mary, saia da lama menina!



*Escritor – (Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna - antoniodaagral26@hotmail.com)





Levante peniano!

Levante peniano!


Antonio Nunes de Souza*

Em princípio você com sua fértil imaginação, pensará logo nas “tesões” frequentes dos nossos subalternos penes que, obedientemente, nos dá enormes prazeres durante a nossa vida, sempre levantando nas horas necessárias. Trata-se de algo diferente e, se duvidar, estarrecedor, criado pelo nosso cientista cibernético Andrezinho Nogueira, homem inteligente que procura sempre criar novos projetos para beneficiar a humanidade. Infelizmente, nem todos dão certo e criam situações inusitadas e inesquecíveis.

Desta feita, com um meticuloso estudo na área de computação, conseguiu inventar um novo soft ou aplicativo (sou uma negação na matéria), que batizou com o nome de “Placa Pai”. Imaginem os senhores a sua utilização prática: Colocar na glande de todos os penes, já que eles não tem cérebros e juízos, fazendo assim que eles possam pensar, ter conversas telepáticas com outros membros masculinos, trocar ideias e, ainda o absurdo de fazer projetos em benefício da classe! Escolheu 500 homens voluntários de diversas idades e classes sociais, para que fossem feitos os implantes e, com o auxílio do seu parceiro Theodoro (homem PHD no assunto), começaram a realizar a façanha que, segundo eles, revolucionaria o mundo! Vale dizer que deram preferencias para aqueles machões que se denominam ser superiores e bradam que tem três culhões.

Não é que a coisa começou a funcionar já nos primeiros dias! Os implantados começaram a sentir algumas reações penianas que, normalmente não sentiam, inclusive perceber alguns detalhes quando estavam reunidos que, algo estava para aparecer com relação aos resultados. E não deu outra, pois os penes prepararam, mesmo telepaticamente, uma série de reivindicações, querendo ter seus direitos respeitados, e penalidades para aqueles que ousarem não obedecer as regras que deveriam ser aplicadas.

Depois de trinta dias, através de um captador de mensagens feito exclusivamente para ler “placas pais”, criadas pelo cientista Theodoro, que, auxiliado pelo assessor Gilberto, era encarregado de segurar os penes para as aplicações e depois também fazer as verificações diárias se tudo estava em bom andamento. Conseguiram acoplar um HD de última geração, para saber o que se passava nas cabeças, que antes não pensavam e não tinham juízos, o que elas arquitetaram naquele período. Foram para uma sala especial e começaram a ouvir o rosário de reivindicações:

A) Aposentadoria compulsória depois de 60 anos de usos constantes, fazendo com que entrássemos e saíssemos em cavidades que davam prazer, mas, muitas vezes não tão limpas, algumas estreitas demais e outras folgadas parecendo bocas de sinos. Grande parte mal raspadas ferindo nossa glande e outras cabeludas que parecia que estávamos chupando manga espada. Além de tudo, ter que aguentar o vício e degeneração atual dos homens de adorarem penetrar nas bundas, nos deixando cheios de coniformes fecais, pois, conhecemos colegas que já saíram dessas cavidades com um grão de feijão pregado na ponta da glande! Situação bem humilhante.

B) Não admitimos mais o uso de remédios ou próteses para que continuemos trabalhando depois de aposentados, cônscios dos nossos deveres cumpridos. Os homens têm que se conformar que já tiveram suas épocas, seus períodos maravilhosos e agora apenas resta olhar com carinho o sexo oposto e, com orgulho dizer: Já fui bom nisso!

C) Que todos os penes sejam agraciados com esse novo e revolucionário invento, complementando com a aplicação de um chip em cada “ovo”, para que possamos fiscalizar o cumprimento da lei e fazermos denúncias através da placa Pai! Esse levante reivindicatório deixou a equipe do Professor Andrezinho pasma e em pavorosa com essa reação “caralhal” totalmente inesperada, nunca imaginando que essas cabeças sem cérebros, fossem capaz de, rapidamente, raciocinarem coletivamente, procurando seus direitos!

Só restava agora o PHD Theodoro preparar o projeto para ir para Câmara e o Senado para aprovação, pois, se aprovada a lei, ele e Andrezinho abririam uma fábrica de “chipicas e placas Pai” e, logicamente enriqueceriam facilmente. Enquanto ao auxiliar Gilberto, teria que formar uma boa equipe para poder segurar os reclamantes com firmeza e fazer as aplicações. Só nos resta aguardar os resultados após as complicações da Lava Jato e, com segurança, começar a revolucionária: Lava penes!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com





sábado, 8 de agosto de 2015

Acontece na NET!

Acontece na NET!


Antonio Nunes de Souza*

Frederico, chamado carinhosamente por todos de Fredinho, tinha sua vida tranquila, fazendo mestrado, trabalhando, curtindo os prazeres da vida, sempre com comportamento exemplar, sem nunca fugir dos padrões normais. Poderíamos dizer que Fredinho era um exemplar raro para os dias de hoje, pois, com vinte e dois anos, já havia se formando em engenharia civil, com louvores e elogios dos seus mestres!

Um futuro invejável em termos de garantia de ser absorvido e bem remunerado pelo mercado, ávido por pessoas competentes e qualificadas. Dentre suas manias e raros vícios, um deles era de visitar salas de bate papos da NET, sempre pensando em fazer novas amigas, alguma paquera eventual, desde que fosse um pessoa qualificada, educada, bons conhecimentos, bom gosto, formação ou em andamento, mas, que tivesse além desses predicados, uma boa aparência, mesmo não sendo o primordial, porém, logicamente, ajuda bastante. E, com suas andanças virtuais, conheceu dezenas de mulheres, interessantes e não, até que um dia, casualmente, se bateu com uma moça inteligente, bom papo, expressando-se com desenvoltura, pouco explícita, cautelosa, mas, mesmo assim, demonstrando uma simpatia através do seu bom humor, sempre sorrindo com as bobagens que ele dizia. Esse era seu ponto top, em dizer coisas e jogos de palavras, pensando em provocar sorrisos e alegria as suas companhias e conquistas dentro da virtualidade! E, assim fazendo, ia conquistando amizade, curiosidade e, o mais importante, a confiabilidade. Ele e essa moça, teclaram por mais de uma hora, trocaram informações, sendo que ele foi mais explícito e, sem cerimônia ou mentiras, desnudou-se completamente, deixando clara toda sua vida, dando margem para que a moça, já fascinada pelo homem que estava conhecendo, deu seu celular e ele ligou, ficando mais de uma hora conversando como se fossem amigos de infância. Uma delícia e coisa rara nas salas, pois, lamentavelmente, estão cheias de tarados, idiotas grosseiros, gays, lésbicas e garotos e garotas de programa. Esses, infelizmente, pensam que a internet foi criada para ser um “fudistério” e encontros sexuais!

Voltando ao casual encontro de Fredinho com a moça, que até então ainda não tinha dado seu verdadeiro nome, porém, apenas seu apelido : Kau (A danada era cautelosa demais rs rs rs ), sempre com o pé atrás, comportamento este, que fez ele admirá-la mais ainda por sentir que estava lidando com alguém especial e precavida. Infelizmente, ela já estava com uma viajem numa excursão religiosa com a família, e passaria uma semana fora, ficando combinado que, assim que ela voltasse, no sábado, iriam a um sarau literário e, matariam a curiosidade de ambos se conhecerem pessoalmente. Muito embora, durante a semana, ele adicionou ela no Facebook, ambos viram suas fotos e perfil, ficando assim mais solidificada a nova amizade!

Chegou o sábado, Fredinho cheio de alegria e esperança, esperava a noite para ir apanhá-la em casa e, além de matar a curiosidade e os vislumbres do encontro presencial, a satisfação de ter uma noite agradável e cheia de alegrias. Combinado tudo como esperava que fosse, ficou de as 20:30 horas apanhá-la para uma inesquecível noite desta nova e afetiva amizade. Mas, por ironia do destino, as 20:15 horas parou em um semáforo, foi cercado por dois motociclistas encapuçados que, sacando de revólveres, tomaram seu carro de assalto e, como ele tentou não dar a carteira alegando seus documentos, recebeu dois tiros certeiros em sua cabeça, provocando sua instantânea morte, antes mesmo do SAMU chegar, chamado pelas pessoas que passavam. Kau ficou pronta a espera, ele não apareceu, não atendeu o celular, levado pelos criminosos e, enquanto ela decepcionada, chateada e triste se arrependia pela confiança que tinha dado a um estranho, Fredinho estava no mármore frio do departamento de necropsia da secretaria de segurança, cercado por familiares que, chorando, se maldiziam dessa ironia do destino!

Infelizmente, um afeto acontecido com “amor à primeira teclada”, não se concretizou, simplesmente pela animalização e selvageria dos homens na atualidade!

No dia seguinte, Kau vê na TV a notícia do assalto e a brutal morte de Fredinho por bandidos. Pelo seu rosto desceram lágrimas dos seus olhos, num sentimento de tristeza, e pelos perigos que estamos passivos nessa vida louca que vivemos!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



quinta-feira, 6 de agosto de 2015

Professores municipais retornam!

Professores municipais retornam!


Antonio Nunes de Souza*

Felizmente, mesmo com a intervenção da lei, ou por esta, temos a alegria de ver a classe dos docentes municipais, retornarem as salas de aula, passarem a fazer suas programações de reposições, no sentido de contornar os prejuízos causados pela longa, justa reivindicação, mas, pouco pensada greve de mais de dois meses!

Digo pouco pensada, pois, como já disse em outras ocasiões, ninguém lucra com greves, principalmente na educação, assim como na saúde, segurança e transportes. São setores de vitais importâncias para as comunidades que, com esse comportamento, além dos prejuízos que causam nas suas ocorrências, abrangem também o desenvolvimento futuro do país, retardando seus planos e projetos, de colocar pessoas habilitadas e bem qualificadas no mercado de trabalho, cada dia mais exigente e necessitado!

Isso sem falar na ampliação de roubos e assaltos, os problemas de deslocamentos para trabalhos e até lazer e as complicações domésticas que trazem para os pais, que já tem suas vidas de trabalho programadas para ter seus filhos durante o dia nas escolas, dando-lhes liberdades de saírem para desempenhar suas funções profissionais.

É nosso desejo que, em outras ocasiões, antes de partirem para essa arma grevista, que muitas vezes é mais política, tenham as diretorias sindicais, maiores sensibilidades, não desejem querer demonstrar as docentes que vai resolver todos os seus problemas com a mais desagradável das atitudes que, infelizmente, é a greve! Que, politicamente, lutemos por todas as classes sacrificadas, mas, nunca com ações que prejudiquem milhares de pessoas que não merecem!

Que a normalidade volte a reinar pra a alegria da Secretária da Educação do Município, Dinalva, a tranquilidade da Diretora do Núcleo Regional de Educação, Solange, o Secretário Estadual Barreto e todos os envolvidos na educação do nosso Estado!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



quarta-feira, 5 de agosto de 2015

As crenças estão atentas!

As crenças estão atentas!


Antonio Nunes de Souza*

Desde menino que aprendi sobre a intromissão das religiões em todas as vertentes de reis, imperadores, chefes de estado, navegadores, guerreiros, caciques tribais, colonizadores, etc., enfim, com absoluta certeza, sempre tinha um guru religioso ao lado dessas pessoas mandatárias! Na verdade, para sermos bem justos e honestos, quem tinha essa primazia e honraria em primeira instância, eram os católicos, através dos seus filósofos e depois papas, bispos e padres, verdadeiros “manda chuvas” em todos os assuntos, tendo, no dom das suas palavras, uma grande fé de ofício e credibilidade!

Depois, já adulto, no curso de licenciatura de história, estudando essa parte, fiquei mais bem informado, com mais detalhes e, algumas pequenas dúvidas que pairavam, foram diluídas com as informações comprobatórias das pesquisas minuciosas sobre o assunto. Fiz uma reflexão passando um filme em minha já cansada mente, chegando à conclusão que esse poderio das religiosidades perante os governos em geral, não mudou, absolutamente em nada. Pois, continuamos sendo governados e administrados, sempre com os dedos, apoiando ou condenando, dessas figuras santificadas, tendo como diferença apenas que, atualmente, a grande ampliação de religiões, todos brigando pelas suas fatias nos pódios, tentando galgar os poderes e não serem mais conselheiros apenas!

E é o que estamos vendo em nossa cidade, espelho do que ocorre em todo território brasileiro: padres, bispos, pastores, pais de santos, rabinos, freiras e mais uma centena de ministros de milhares de igrejas existente que, tranquilamente, colocam seus candidatos ou, para obter seus benesses, direcionam seus fiéis para votarem nas suas indicações. Aqui, nosso querido Bispo é um excelente apaziguador e sensato que, sentado no seu largo e forte muro, ora pela comunidade, faz suas reivindicações para beneficiar o povo, mas, com a sabedoria que lhe peculiar, não liga-se a nenhuma vertente partidária. Um Santo homem!

Entretanto, na área evangélica, nós estamos enriquecidos e beatificados, ungidos e sacramentados com as interveniências políticas da Universal, Renascer e Theosópolis, cada uma apoiando um candidato sendo curioso que, seu adversário mais perigoso, vem de uma vertente nada chegada a religiões, sendo ateus, como determina seu partido!

Será que essa trilogia ecuménica vai ter forças para derrubar esse descrente de Deus? Ou vamos, pela primeira vez ver a vitória do descrédito divino nas urnas? Podemos dizer, sem medo de errar, que será uma guerra santa demoníaca!

Como já disse em uma crônica anterior, filosofando encima do grande filme de Glauber Rocha, será: “Deus e o Diabo na terra Grapiúna!”

*Escritor – Membro da Academias Grapiúna de Letras – AGRAL – antoniodaagral26@hotmail.com



segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Vamos mudar para solucionar!

Vamos mudar para solucionar!


Antonio Nunes de Souza*

Mediante os comentários, insatisfações, trocas de sexos e o não conformismos nos andamentos políticos, como o povo sempre está ávido por mudanças que sejam e representem todas as melhorias no nosso país, mirabolantemente, imaginei uma ficção que, com certeza, pode não ser uma solução, mas, será uma tentativa ultra vanguardista, que surpreenderá o mundo pela versatilidade, inovação oficial e grande valorização a uma classe de pessoas inteligentes, qualificadas, educadas, bom gosto e, em grande maioria, solidária e humana!

Faremos uma campanha ferrenha e bastante colorida, mostrando ao mundo que não somos preconceituosos e já provamos com a aceitação dos negros, italianos, alemães, chineses, árabes, espanhóis, japoneses portugueses, israelenses, índios e latinos em geral, formando nosso país, talvez, como a maior miscigenação de etnias e crenças do mundo, vivendo todos em quase perfeita harmonia. Aí, para completar nosso avanço, desta feita na política, vamos eleger um presidente Gay, já que com dezenas de homens, golpes civis e militares, uma mulher e não aconteceram as coisas como o exigente povo deseja, creio eu que essa será uma tentativa de solução, com a capacidade de esfriar e refrescar as cabeças do povo, colocando alguém dessa vertente super qualificada e inteligente, para resolver todas as pendências e questões com a maior “frescura” possível!

Pode parecer uma loucura a minha inteligente ideia, super vanguardista, apoiar essa corrente de homens que, perante a lei, já tem todos os seus direitos oficializados, inclusive o do casamento! Já estou imaginando os horários políticos, com todos bem maquiados, cabelos bem tratados e escovados, alguns com roupas exóticas, como também sérios e sóbrios. Os slogans certamente, como acontecem sempre, serão dos mais estranhos, principalmente dos partidos “nanicos”, que colocam candidatos apenas para aparecerem e ficarem conhecidos: “Querida! Como presidente vou resolver a sua vida!” – “Com minha frescura, sou o candidato que você procura!” – “Se não quer homem nem mulher, vote em Zezé!” – Posso não ser machão, mas, na presidência serei a solução!” – Oxente gente, vote em mim para presidente!”. Assim, com essa dinâmica alegre e louca para brilhar mais no cenário brasileiro e na mídia mundial, lógico que essa pode ser a solução, E, caso venha a dar certo (e tem tudo para dar), nada mais justo e correto, que ampliar a corrente política com esses geniais personagens, para senadores, governadores, deputados e prefeitos, e aí ficaremos conhecidos no mundo como a “Gayolândia mundial” o paraíso das plumas e purpurinas! Porém, sem problemas ou crises!

Mediante as conturbações existentes desde nossa proclamação, tendo nosso país somente entregue para homens dos seguimentos civis e militares, e sempre nada de novo acontece, certamente, com essa gama maravilhosas de pessoas abertas e inteligentes, a tendência maior é que seja a solução plausível e acalmara a ganância das elites que, conhecidamente, tem uma grande parte de aderentes, que com essa oportunidade maravilhosa, sairão dos armários correndo para se candidatarem!

Aqui pra nós, eu já tenho até um candidato que é uma fada. Com uma varinha na mão é capaz de fazer misérias!!!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL- antoniodaagral26@hotmail.com



domingo, 2 de agosto de 2015

A traição e o bêbado!

A traição e o bêbado!


Antonio Nunes de Souza*

Ninguém poderia ser mais feliz que Joãozinho. Economista, funcionário federal concursado, salário respeitável e casado com uma das mulheres mais lindas que possa existir na face da terra. Uma mulata com um corpo meticulosamente bem proporcional e detalhado, curvas nos lugares certos, provavelmente herdadas dos seus antepassados, uma torneada bunda, digna de uma escultura de Michelangelo que, com seu andar sedutor, fazia os homens olharem com a maior usura. Claro que Joãozinho também nutria um desejo incontrolável de se deliciar com uma relação anal. Mas, lamentavelmente, Lorena não permitia de modo algum, mesmo com as tentativas carinhosas dele durante os dez anos de casados!

Porém, essa negativa não afetava a vida do casal, que era feliz em sua convivência. Mas, como o diabo sempre atenta para destruir uma harmonia perfeita, certo dia Joãozinho que voltava, rigorosamente, as 19:00 horas para casa, nunca atrasando e nem tão pouco adiantando, e sempre ligava que já estava indo, teve a necessidade de ir no meio da tarde para apanhar uns documentos que esquecera. E, para fazer uma surpresa não telefonou, passou na floricultura, comprou umas rosas e seguiu!

Ao chegar, abriu a porta com todo cuidado e, silenciosamente, não vendo ninguém na sala, foi até o quarto, empurrou cuidadosamente a porta e deparou com uma cena que jamais esperava e destruiria a sua felicidade. Sem que fosse visto, deixou a porta entreaberta e ficou observando seu melhor amigo, furiosamente, fazendo sexo anal com Lorena que, mexendo sofregamente, demonstrava estar louca de prazer. No impacto do susto, encostou a porta e saiu pálido e debilitado pelo que vira e, para não fazer uma desgraça, comedido que era, resolveu voltar cautelosamente, fechar a porta e ir pensar com calma o que deveria fazer, que fosse algo sensato e não lhe prejudicasse mais ainda!

Passou por uma lixeira, jogou as rosas, cheio de ódio, pegou o carro e foi sem destino pelas ruas. Mas, no caminho, resolveu parar em um bar, para tomar algo no sentido de acalmá-lo. E foi o que fez. Entrou, pediu um Whisky duplo e começou a bebericar. Porém, com aquele tormento na mente, querendo desabafar, viu um homem no balcão bebendo e, como era um estranho, poderia contar sua história, sem que o bêbado soubesse quem eram as pessoas. Principalmente, resguardar sua identidade!



Chamou o homem, convidando-o para sua mesa, oferecendo mais um drinque e, sem pestanear, falou que ia fazer uma narrativa de um fato e queria a sua opinião, que era apenas um teste psicológico. O bêbado, assentiu com a cabeça e disso: Pode desembuchar meu amigo, sou bom de testes!

Aí Joãozinho começou a narrar: Faz de conta que o caso é comigo, para ser mais simples você entender: Sou casado há dez anos e minha mulher é linda e tem uma bunda deslumbrante arrebitada para cima e para trás, que desperta uma tesão incrível até num eunuco. Eu, logicamente, como marido há tantos anos, nunca deixei de cantar aquele anus provocador. Mas, ela sempre foi categórica e sempre dizia que não e que eu não insistisse que não adiantaria, pois era uma questão de educação e princípios! Vendo que não adiantava, para evitar brigas, passei a me contentar em olhar e passar a mão carinhosamente, Aí aconteceu o pior: Um dia eu voltei para casa mais cedo e entrando silenciosamente, encontro meu melhor amigo enrabando minha mulher e ela de quatro na cama, gemia de prazer, que nem percebeu alguém abrir a porta do quarto e nem quando saí e fique vendo pela greta. Deu vontade de matar os dois naquela hora, mas, ponderando, vi que não ia resolver nada, seria um escândalo e eu ia ser era gozado por toda cidade!

-Porra meu amigo. Que situação retada! Mas, continue essa desgraça total, pois estou curioso.

-Saí, sem destino e louco, resolvi parar em um bar, tomar um whisky e refletir o que fazer para não fazer merda. O que você me diz sobre isso tudo? Como você analisaria essa situação com uma mulher que eu confiava até embaixo d’agua?

-Mermão eu certa vez estava com uma disenteria desgraçada e tinha que fazer uma viagem de trem para uma cidade do interior. Coloquei minha melhor roupa, peguei meus documentos, pois era para um vaga de emprego, e segui minha viagem. Mas, com a tremedeira do trem, a barriga sacodindo, me deu a maior vontade de ir ao sanitário. Me levantei bruscamente, corri, entrei baixando as calças e, para minha surpresa, apenas dei alguns peidos e não saiu nada. Vesti a roupa voltando para meu lugar, passados alguns minutos os mesmos sintomas vieram, tornei a correr e aconteceu a mesma coisa. Uns peidos fedidos e nada mais. Voltei aliviado, sentei-me e fui olhando as paisagens pela janela. Então...não demorou cinco minutos os sintomas voltaram a aparecer, e eu, para não perder tempo, indo ao banheiro, levantei a perna e comecei a soltar os meus peidinhos habituais. E, para minha trágica surpresa, me caguei todo, a merda escorrendo pela boca da calça e um fedor filho da puta em toda classe. E todo mundo olhando com nojo para mim!

- Porra cara! Eu lhe conto uma história trágica retada e você vem com conversa de caganeira?

-Mermão essa história é para você ver que não devemos confiar nem no cu da gente, quanto mais no cu dos outros!

Não pude deixar de dar uma risada, quebrar um pouco a raiva e ver que ele tinha toda razão. As situações desastrosas sempre estão passivas de acontecer!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – Agral – antoniodaagral26@hotmail.com







sábado, 1 de agosto de 2015

Uma mulher perfeita!

Uma mulher perfeita!


Antonio Nunes de Souza*



Curiosamente, sempre que escrevo sobre mulheres, desconheço as razões, mas faço observações e narro fatos de comportamentos, feitos por todos na surdina, porém, condenados pela hipocrisia social. Hoje, talvez um dia diferente em minha pecaminosa mente, e uma conversa com uma querida e maravilhosa amiga que tive a oportunidade de encontrá-la em um evento, resolvi de bom grado dissertar sobre uma mulher perfeita!



Logicamente, os machões de plantão, depois de ler esse primeiro parágrafo, deram uma risada larga e debochada por duas razões: primeiro por eu estar mudando minha linha sobre o comportamental feminino. E segundo, porque para eles, não existem mulheres perfeitas. Essa generalização, mesmo na gozação geral, não só entre os homens, como nas rodas femininas, os homens são rotulados como terríveis e cheios de defeitos. Essa guerra de sexos, por brincadeira ou não, tornou-se um chavão popular, cada sexo condenar o outro. Eu, sinceramente, fico no meio dessas opiniões, pois não creio que, entre os gêneros, não exista bastante exceções dignas de destaques!



Como só me chamaram a atenção até hoje foram as “banda voou e periguete”, fui buscar no fundo do baú minha doce e bonita Betinha, criança maravilhosa e cheia de meiguice com o nome de Elizabeth, mas, para todos sempre foi chamada com muito chamego de Betinha. Bem comportada na infância, prestativa e obediente, chegando na juventude já participando de chás de caridade, ajudas nas casas pias, asilos e escolas para pessoas especiais, dividindo muito bem o seu tempo e não deixando de fazer sua faculdade de assistente social, uma vez que se identificava completamente com essa atividade!



Pouquíssimos namoricos, pois logo conheceu Dr. Jonatas, PHD em agronomia pela Universidade de Oxford e casou-se, tendo um casal de filhos, educando-os, sendo uma excelente esposa, mãe e dona de casa. Era de uma religiosidade incrível, uma vez que, assistia missas várias vezes por semana, sempre comungando e dedicando um amor profundo a igreja, que era comandada pelo estimado Padre Barreto.



Por ironia do destino, Padre Barreto viajando para fazer uma celebração em uma paróquia vizinha, houve um acidente e ele, juntamente com o motorista, morreram sem terem tempo de serem socorridos. E, para desgosto total, quem tinha se oferecido para levar o Padre Barreto, foi, exatamente, seu marido Jonatas, que foi a segunda vítima fatal do desastre. Para Betinha, com seus 33 anos apenas, dois filhos pequenos, sofrer esse baque de perder o marido e, ao mesmo tempo, o padre que era seu amigo e confidente, foi uma lástima e sofrimento duplo!



Betinha continuou a sua vida, tomou a frente dos projetos e eventos da paróquia, até que viesse um novo padre para comandá-la. E aconteceu com apenas dois meses a chegada de Padre Jorge, jovem com seus 32 anos, muito apessoado, corpo de manequim e pinta de galã global, já que além de tudo, era um moreno bronzeado e tinha os olhos esverdeados, dando-lhe uma aparência hollywoodiana. E, para completar, era cantor já com alguns CDs e DVDs gravados!

Me mudei, fui para um lugar distante e, passados cinco anos, resolvi ir visitar minha cidade, matar a saudade, rever amigos, etc., chegando lá entre abraços e beijos afetivos, perguntei por Betinha. Aí, todos se olharam e depois de um rápido silêncio um deles disse: Rapaz, não é que Betinha largou os filhos com os pais e fugiu com o padre cantor!

-Não é possível. Só pode ser brincadeira!

-Verdade meu amigo, eles agora estão em S. Paulo, ele se apresenta nos programas de Faustão, Luciano Rouk, Ratinho e outros, além de fazer shows pelo Brasil. Ela, além de ser sua mulher é a empresária. Nunca mais veio aqui, talvez com vergonha, mas mandou buscar os filhos assim que se instalou!

-Para mim ela não tem nada que se envergonhar. Isso acontece até no reino da Inglaterra, como também em toda sociedade do mundo, apenas os falsos moralistas é que dizem não concordar e fazem tudo ou pior, as escondidas!

Pois, no meio conceito, minha querida Elisabeth, a doce Betinha, é uma mulher perfeita!



*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras – AGRAL –antoniodaagral26@hotmail.com