quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Experimente para ver se é vida fácil!

Antonio Nunes de Souza*

Aprendi desde menina que mulheres prostitutas eram as “mulheres de vida fácil”. E assim, como era hábito ouvir as opiniões dos mais velhos e experientes, principalmente avós e pais, fiquei com esse conceito gravado em minha cabeça, achando que elas no fundo eram privilegiadas, pois, em casa sempre ouvia meus familiares dizerem: Nossa, como essa vida é difícil!
O tempo foi passando, morando naquela modesta e pequena cidade, terminei o segundo grau e, como não havia faculdades, meditei um ano e depois resolvi ir para uma cidade grande enfrentar um trabalho e continuar meus estudos, pois sempre sonhei em me formar numa escola superior. Com dezenove anos, jovem e bonita, uma qualificação não tão boa, pois o colégio público não era lá essas coisas, me despedi da família entre choros e abraços, tomei meu ônibus levando minha mala com as melhores roupinhas e um dinheiro que toda família arrecadou para que fosse necessário em pagar um pensionato por quatro meses, tempo que achei que encontraria um emprego, mesmo modesto.
Não precisa dizer que, ao desembarcar na rodoviária do Rio de Janeiro, fiquei ultra assombrada com a loucura de gente, as correrias parecendo um formigueiro gigante. Conforme combinado, uma prima distante estava me esperando para levar-me até um pensionato modesto que eles haviam acertado. Mesmo sem conhecê-la nos localizamos através de um cartaz que ela exibia no alto com o meu nome. Peguei a mala e tomamos um ônibus lotado indo para nosso destino. Ela foi embora, me acomodei no meu quarto, tomei um banho no banheiro coletivo do corredor e, deitada comecei a meditar o que seria de mim numa cidade tão grande e estranha. Terminei dormindo e descansei da longa viagem.
Passados três meses, o dinheiro acabando, distribuí centenas de currículos e nada de surgir algo que valesse a pena ou, pelo menos, desse para as despesas básicas. Nessas caminhadas conheci Marlene que, embora estivesse procurando trabalho fixo, sempre estava arrumadíssima, perfumada e com grana para até almoçar fora.
Curiosa perguntei a ela como conseguia tais façanhas. E ela, sem a menor cerimônia me disse: minha filha eu me viro com alguns homens durante o mês e consigo grana para todas as minhas despesas e ainda sobra para curtir um pouco e pagar a faculdade. Chocada, perguntei: você é mulher de vida fácil?  Fácil uma porra, foi o que ela respondeu na bucha! Tenho que enfrentar todos os tipos de homens, uns querem boquetes, outros a xoxota, a maioria a bunda, que cobro mais caro, e uns velhotes com suas rolas murcham tenho que ficar com os braços doendo para bater punhetas e eles demoram uma vida para gozarem. Não acho nada fácil isso, mas, nunca chego em meu pequeno AP com menos de cem reais todos os dias. De segunda a sábado, pois no domingo descanso e arrumo a casa. Você é bonita e se quiser eu lhe dou uma força indicando-a para alguns fregueses. Em princípio achei até um insulto a proposta, mas, minutos depois, já puta da vida pelo que estava acontecendo e não querendo voltar para o interior, comecei a perguntar detalhes para ver se me adaptaria a tal situação. Sinceramente, da maneira alegre e tranqüila que ela falava, passei a achar até agradável e lucrativo esse trabalho, ainda mais que ela dizia sorrindo: minha filha essas merdas você lavou estão todas novas de novo. Pode até doer um pouco, principalmente na bunda, mas, muitas vezes você goza também e ainda leva sua grana tranqüila.
Acertamos para eu começar no dia seguinte e ela me arranjou um cliente dos bons, educado e generoso que, sabendo da minha condição de virgem e iniciante, me deu uma série de aulas, foi delicado ao me tirar o cabaço e, depois de tudo, me deu trezentos reais, que dava para pagar um mês de pensionato. Dei tantos beijos na despedida que ele até ficou desconfiado! Claro que fui correndo falar com minha amiga, com a maior alegria estampada no rosto, agradecer a dica e pedir para me arranjar outro cliente.
Hoje, passados quinze anos, estou formada em arquitetura, tenho meu apartamento próprio, duas salas amplas onde funciona meu escritório de projetos e decorações interiores, carro último ano e tenho a maior respeitabilidade em Campinas-SP para onde me mudei após a formatura, para esquecer e apagar as imagens do passado, começando uma nova vida. Mas, embora tenha me ajudado muito a realizar os meus sonhos, tive muitos pesadelos, pois, não foi fácil ter que nesse período engolir litros de espermas, receber dezenas de metros de rolas na frente e atrás e ainda me deparar muitas vezes com caras mal educados que me olhavam e tratavam com o maior desprezo.
Se alguém acha que isso é vida fácil vá experimentar! Eu fui uma das poucas que deu sorte, pois, a maioria, sofre com DSTs, principalmente a AIDS!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

As prioridades no momento!

Antonio Nunes de Souza*

Não podemos deixar de imaginar que depois do período momesco, ocasião que o Brasil pára, paradoxalmente, para pular, os dois assuntos mais importantes na pauta das conversas em todos os ambientes serão: A discutida, combatida e apoiada Copa do Mundo, que em seguida dará lugar as mesmas combatidas, discutidas e apoiadas eleições!
Inegavelmente trata-se de dois acontecimentos da maior importância do nosso país, já que cultuamos o futebol como parte integrante da vida dos brasileiros, chegando as raias dos fanatismos e, logicamente, com interesses diferenciados, a cobrança dos comportamentos das administrações públicas, legislações claudicantes e prejudiciais, aliadas ao não cumprimento das comuns e rotineiras falsas promessas públicas e pessoais.
Acreditamos que o resultado da copa trará uma grande influência nas eleições, principalmente se o Brasil for, mais uma vez, campeão do mundo como todos esperam. Logicamente, fazendo a oposição e os maus brasileiros (os urubus verde/amarelos) que trabalham para que tudo dê errado, presenciarem a alegria governamental e os louros em suas cabeças, graças às execuções dos trabalhos necessários para um evento de sucesso total.
Claro que teremos algumas falhas durante a realização do evento esportivo, pois, da maneira que o Brasil cresceu para o mundo, a ampliação na área turística, comercial e industrial, por mais que se queira consertar os erros e displicências do passado, o tempo é pouco para qualquer Fenix se revigorar! Mas, a grande gama de brasileiros que acreditam no país, está lutando, defendendo, ajudando e participando para que tudo se realize dentro de uma maneira bem receptiva que, com certeza, com o jeitinho brasileiro e sua simpatia, será encarada pelos estrangeiros como um algo mais que nenhum povo do mundo tem!
Os políticos do passado e os novos (filhos e alunos) ainda pensam que essa tática obsoleta de falar mal, denegrir imagens, impingir peculatos, roubos, desvios, falta de medicamentos, unidades de saúde, escolas, cultura, moradia, saneamento, estradas, etc., ainda funciona como uma prova de salvadores e defensores do povo. Esse povo, que eles acham que é idiota, já percebeu essa tática criminosa, pois, tudo isso que hoje ainda falta para atender as necessidades, vêm ocorrendo há muitas dezenas de anos e esses mesmos prometedores de mentiras palanqueanas, vêm repetindo ao longo dos anos. O reconhecimento popular com relação ao governo atual não é graças as bolsas, vales e outras ajudas como eles, acintosamente, dizem alegando que o povo está sendo comprado. Se voltarmos a um passado remoto ou recente, pior era quando não se tinha nenhuma ajuda suplementar para os pobres e, vergonhosamente, faltava tudo isso, inclusive com maiores danos e o nosso país continuava na obscuridade de terceiro mundo. Graças a uma alimentação melhor, uma melhoria nas coisas básicas da vida, a memória tupiniquim está voltando gradativamente e, aos poucos, já saberemos todos como separar o joio do trigo!
Não fiquem cegos pelos fanatismos dos seus partidos. Prefiram abrir bem os olhos e ajudar ao seu País!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Oba! Estou chegando em Salvador!

                                                                                                                  Antonio Nunes de Souza*

Querida amiga Verinha,

Graças a Deus e aos meus esforços, já estou com minha programação para o carná da Bahia completamente pronta. Mas, tudo isso foi conseguido com um sacrifício retado minha filha!
Como você sabe, continuo trabalhando com aquele advogado, fazendo às vezes de secretária e auxiliando em alguns processos na justiça, já que estou terminando esse ano o meu curso de direito. O cara é muito exigente, mas, como é competente e tem prestígio aqui em Sampa, tenho que segurar as barras e aproveitar para ir me familiarizando com a clientela dele e cuidando do meu futuro. Eu até que tiro todas de letras, mas, o pior é que desde que eu entrei que tenta me comer. Olha pra minha bunda com o olhar tão penetrante que chego a sentir que tem alguma coisa entrando. Procuro disfarçar, porém é difícil porque, mesmo sem dizer uma palavra, na sua testa pode-se ler o seu desejo de transar comigo.
Aí minha filha, como estava louca para ir passar o carnaval em Salvador, resolvi fazer uma artimanha seduzindo o meu chefe e conseguindo que ele me desse licença para eu curtir meu querido Chicletes, minha adorada Ivete, a doçura de Ricardo Chaves, a batida do Olodum, a beleza do Yllê e a sempre rainha Daniella Mercury. Ai meu Deus! Só em estar escrevendo fico toda arrepiada!
A minha estratégia foi à seguinte: Comecei desde a semana passada a me insinuar, quando ia lhe mostrar um processo sempre procurava me encostar nele como se fosse acidente, etc., mas, ele embora ficasse vermelho e tenso, não tomava nenhuma atitude mais agressiva. Até que cinco dias atrás eu resolvi dar a última cartada: Deixei cair uns papeis enquanto conversávamos e, ao me abaixar para pegar, propositadamente, comecei a roçar a minha bunda nele e, quando esfreguei em sua virilha, não deu outra. Ele me segurou por trás, puxou meu corpo para junto, me virou e deu o maior beijo. Em princípio fiz aquele charminho de querer me separar, mas, quando senti que ele ia fraquejar por ser tímido, abracei o desgraçado pelo pescoço e mandei um beijo bem sacana e sedutor, esfregando todo meu corpo ao dele, já sentindo algo duro nas minhas coxas. Como só estávamos nós dois no escritório, pois era final de expediente, fazendo aquela carinha de pureza e vergonha para aumentar a excitação do homem, disse baixinho em seu ouvido: Que loucura vamos cometer dr. Gabriel! (disse “vamos” exatamente para que o desgraçado não parasse e estragasse meus planos). Com esse cochicho foi que o homem endoidou e me levou para o sofá, foi tirando o pau pra fora e, sem pestanejar, me pediu para fazer um boquete. Olhei o tamanho da zorra e não me fiz de rogada! Meti a boca e minha língua parecia um liquidificador Walita. O homem deitou-se e se contorcia como uma cobra, enquanto eu, com muita perícia e habilidade cuidava daquela vara que não era jurídica. Astutamente, quando percebi que ele ia gozar, tirei a boca e coloquei o meu plano em prática: Dr Gabriel o senhor pode me dar 12 dias de licença para eu ir para Salvador?
Menina! O cara já nos estertores da sacanagem, respondeu: Sim! Sim! Claro meu bem, pode ir! Mas, ao mesmo tempo, segurou minha cabeça pelos cabelos e enfiou minha boca no cacete que eu cheguei a ver estrelas. Quase que a desgraça da rola me arranca as amídalas, me deixando engasgada com a carga de esperma que o miserável expelia em minha goela. Porém, não perdi a classe! Com os olhos lacrimejando de dor, engoli a porra toda, esperei ele se refazer e, demonstrando estar arrependida e escabreada, me dirigi ao sanitário para me refazer do sufoco e me arrumar.
Minha filha, gargarejei umas dez vezes com um nojo filho da puta, e a garganta doía pra caralho em razão da estocada que o miserável me deu. Saí do sanitário, ele já estava composto, com a cabeça meio baixa desejei uma boa noite e segui para casa pigarreando na maior felicidade, pois tinha conseguido meus intentos.
No outro dia ele confirmou que eu estava liberada para a viagem e, como eu era uma funcionária exemplar, ele ia dar uma passagem aérea de ida e volta como presente. Quando ele me disse isso, quase eu chupava o pau dele outra vez naquela hora, mas, imagino que, certamente, terá que acontecer outras vezes. A primeira vez é complicada, mas depois a merda vira rotina. Faz parte da vida louca que vivemos!
Então amiga Vera, pode me aguardar que estarei chegando quarta-feira pela TAM. Esses dias estou gargarejando com Astringosol e Colgate Adstringente porque fiquei meio rouca e com inflamação na laringe. Quero chegar já curada para cantar muito a música do “Rebolation, Minha mulher não deixa não e Ai Ai Que Delícia e as mais novas que ainda não aprendi!
Pois é querida amiga, como diz o povo com sua sabedoria:
“Quem tem boca vai... a qualquer lugar do mundo!” Mas, minha bunda que ele não tira os olhos, vou deixar de reserva para poder ir no S. João de Ibicuí ou Campina Grande!
Viva o carnaval da Bahia!
Um grande beijo da sua amiga,
                                  Renata
*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com
 


quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Os maus brasileiros!

Antonio Nunes de Souza*

Enquanto mundialmente todos lutam para conseguir realizar uma Copa do Mundo e Olimpíadas, um bando que apelidei de “urubus verde amarelos”, luta, incessantemente, para que tudo dê errado, veja nosso país desmoralizado perante o mundo, sem ter a preocupação principal que é o prejuízo em nossos futuros projetos e, principalmente, na área turística que, modesta a parte, somos uma das nações mais privilegiada em belezas naturais, reconhecidas pela grande visitação turística que já recebemos, mesmo com esses acidentes de percursos, que existem não só aqui como em todos os outros países!
Esse retrato triste que vemos claramente, mas que o povo ainda está assimilando gradativamente, compreendendo como estão sendo enganados há tanto tempo por esses lobos travestidos de cordeiros, prova apenas que os interesses maiores são os podres poderes que são disputados entre tapas e beijos. Digo tapas e beijo em função das trocas de partidos procurando melhoras, ou parcerias de “cães e gatos” que, mesmo se odiando, se juntam para derrubar os que estão mais bem situados e mais fortes. E, infelizmente, todas essas ações, para eles pouco importa que o país vá para o brejo e que o povo continue sofrendo.
Porém, paulatinamente, estamos sentindo reações populares rebatendo esses métodos grotescos, provando suas fidelidades com aqueles que, realmente, trabalham por eles, mesmo não tendo ainda condições de dar o melhor, mas, continuam lutando para uma igualdade de vida seja, ao menos, mais aproximada. Essa resposta, que não é mais subliminar, comprova até através das pesquisas sugeridas por esses gananciosos pelo poder.
Sempre estivemos precisando de união para que as coisas funcionem a contento, que exista sim uma oposição decente, solidária, com cidadania e desejo que as coisas andem sem anomalias, não esses urubus querendo que tudo se transforme em carniça para que eles deglutem com o maior prazer.
Estamos num momento de colaboração e não de condenação. Colaborar agora para que o país cresça e, posteriormente, fazer suas condenações nas urnas, não elegendo ou reelegendo aqueles que não são merecedores. Portanto, maus brasileiros, tenham compostura, vamos nos unir para que possamos apresentar com dignidade esses eventos esportivos, fazer brilhar o nosso país perante o mundo, mostrar que somos capazes de atrair novos investimentos de empresas multinacionais, empregos, melhorias técnicas e educacionais!
Façam reflexões, mudem essa estratégia super manjada, sejam coerentes, sintam que lutar contra o povo não mais funciona como outrora. Os caciques especializados nesses insípidos esquemas estão morrendo e, felizmente e graças a Deus, seus herdeiros não herdaram a competência exigida para tais tarefas!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Fatalidade!

Antonio Nunes de Souza*

Tudo era encanto,
Não havia pranto,
Somente alegria e felicidade.
Nem parecia esse mundo,
Com aquele amor profundo,
Nem de longe existia maldade!

Amor, paixão e muitos ardentes desejos,
Com afagos e beijos, seguidos de festejos,
Não existia união mais completa!
Tanto na noite como no dia,
O calor do corpo ardia,
Com aquela felicidade discreta!

Gerações foram brotando,
Os afetos sempre reforçando,
Com aquele amor sem igual.
Mas, como tudo na vida,
Sempre aparece uma ferida,
Que nos atinge como um animal!

Um acidente maldito,
Que apenas ouvi o grito,
Último som que meu amor exclamou.
Morreu imediatamente,
Deixando-me tristemente,
Nem uma palavra falou!
Hoje choro essa saudade,
De ver tanta maldade,
Indo ao enterro da minha querida.
Pois, tudo isso aconteceu de ruim,
Fazendo-me estar sofrendo assim,
Graças a uma bala perdida!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com


terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Estou pronta para o carnaval!

Antonio Nunes de Souza*

Todos os anos é a mesma coisa! Fico excitadíssima com a aproximação do carnaval, festa que jamais dispenso e brinco desde meus dez anos de idade. Agora, com trinta e quatro anos, continuo curtindo de todas as formas possíveis as loucuras momescas, que atualmente, inevitavelmente, começamos com um beijo na boca e terminamos na cama fazendo as maiores proezas libidinosas e deliciosas. As danças e as músicas ninguém nem presta atenção, pois o que vale são os ritmos dançantes, os requebrados da bunda, as caras e bocas e, logicamente, as esfregações no meio da multidão, principalmente nos blocos, aonde qualquer lado que você vá encontra sempre algo duro ralando em suas nádegas ou nas coxas. Não posso dizer que não gosto de jeito nenhum, pois é um universo de rolas a nossa disposição, sendo uma condição tão normal que deveria ocorrer até nas filas dos bancos, SUS, ônibus e metrôs. Sinceramente, seria uma maneira mais agradável de esperar atendimento! Até nas procissões (que Deus me perdoe), nada mais milagroso que receber uma “vela” roçando em você, enquanto rezava uma Ave Maria!
O fato é que já comprei a prazo e já paguei o meu Abadá do Chiclete, pois jamais deixaria de ver a despedida de Béu. Quando me lembro que até já transei diversas vezes no meio do bloco, sem nem mesmo saber o nome do cara. Uma loucura, mas, me deixava realizada aproveitando todas as oportunidades que a vida me deu. Graças a Deus, nunca tive DSTs e nem produção independente, apenas uma vez levei um baianinho no útero para Sampa, filho de um negão do Olodum, mas, chegando lá, procurei abortar esse problema futuro. Nesse particular sempre fui espertíssima.
Depois de ralar muito na vida consegui ser uma advogada com certa independência, podendo contratar um bom hotel bem localizado, um lugar num camarote em Ondina e, contando com alguns amigos de Salvador, encontro-me pronta para a folia!
Com o tempo passei a ver com mais clareza que todas as pessoas adorariam fazer isso, mas, numa atitude idiota e uma submissão a essa hipócrita sociedade, se reprimem e depois, quando chega o arrependimento, já é tarde demais!
O que digo sempre é que você seja independente, lute para isso e, depois, faça o que desejar não se retenha para agradar a terceiros, deixando de ser a primeira e única dona de sua vida!
Esse é o carnaval de minha amiga Jéssica que tem como sua música favorita: “É preciso saber viver”!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Morte gloriosa!

Antonio Nunes de Souza*

Na sala, com o olhar fixo no caixão, Erika rememorava toda sua vida passada ao lado de Luis Roberto, homem amável, bonito, competente, responsável, próspero em seus negócios, mas, infelizmente, nunca deixou de ser bastante mulherengo!
Para muitos esse comportamento era tido como absurdo, porém, para outro tanto de pessoas, principalmente entre os homens, essa virtude era aclamada e elogiada até com um pouco de inveja. Ele, com a sua personalidade forte e marcante, desde que começou o namoro com sua querida Erika, jamais negou que era uma coisa incontrolável e, infelizmente, ela deveria se habituar, pois, por mais que variasse o seu cardápio vaginal, nada abalaria o seu amor e afeto por sua companheira. Tudo aquilo era apenas um desejo incontrolável de ter sexo com todas as mulheres que lhe excitassem, satisfazendo assim seus impetuosos desejos. Era o que poderíamos dizer no popular; Um fudião de primeira grandeza!
Mesmo agindo normalmente dessa forma, com a condenação familiar e das suas amigas, Erika segurava essa barra com tranqüilidade, pois, mesmo com as suas trepadas avulsas, sempre chegava em casa e lhe proporcionava uma série de orgasmos múltiplos. Não sei se ele era uma personagem divina ou tinha parte com o Satanás, pois possuia uma pica miraculosa e sempre disposta a trabalhar!
Não tiveram filhos por causa de um problema genético com ela própria, porém vinha sempre fazendo tratamentos, usando todas as astúcias e simpatias possíveis, na esperança que um dia fosse realizado o desejo de ambos. E, naquela hora, alisando a sua barriga, sentiu uma sensação que sua tão desejada gravidez havia, tardiamente, chegado.Chegado exatamente numa hora que seu amado estava ali na sala, dentro de um caixão, com seis mulheres de programa lhe batendo punhetas, pois, em vez de “carpideiras” para chorar a sua morte, Erika foi obrigada a contratar essas punheteiras, uma vez que a morte do marido foi em função de ter tomado dez comprimidos de Viagra de uma só vez, para reprimir a sua primeira falta de tesão e, seu pau respondeu a altura, mas seu coração não agüentou essa dosagem cavalar! Com a pica apontando para o céu a tampa do caixão não encaixava e, para fazê-lo descer, foram precisos 26 bem batidas punhetas com as mãos habilidosas das GPs contratadas. Até esse vexame Erika teve que suportar, mas, ela o amava desesperadamente e em função das suas outras virtudes, tudo aquilo era perdoável.
Terminado o ritual das masturbações, dia clareando, pagou as meninas , fechou o caixão e, em minutos, começaram a chegar os amigos para o enterro.
Hoje, passados oito meses, Erika está na maternidade, teve o seu esperado filho como uma lembrança e presente daquele bondoso marido, mas não se esquece que, na hora que o médico segurou o garoto pelos pés, deu um tapinha na bundinha e virou o moleque para ela, percebeu que a criança que se chamaria Júnior, estava com a rola dura feito pedra apontando para a parede. Com o susto gritou em voz alta: Meu Deus doutor, esse moleque também vai ser um fudião!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com


terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

O filósofo e a profeta!

     
Antonio Nunes de Souza*

Numa junção de um casal onde temos um filósofo e uma mulher nascida profeta, logicamente, espera-se, como se diz no popular: “a união da fome com a vontade de comer!” Não digo que ela seja, na verdade, uma profetisa, porém, suas qualidades artísticas de atriz, sua beleza, simplicidade, meiguice, humildade, tudo isso junto ao seu olhar misterioso entreaberto que chamo, carinhosamente, dentro da minha louca imaginação, de olhar de fimose, faz dessa pequena e fascinante mulher, uma verdadeira profecia na vida do seu amor que é, verdadeiramente, um filósofo!
Mediante tamanhas virtudes, o mais lógico é esperar um duradouro amor, numa constante troca de carícias e palavras, vencendo, gradativamente, as lembranças boas ou pecaminosas nas vidas de ambos. Uma união em princípio cheia de serenidades, controles maternais, pois, entre esse afetuoso par, já existe uma profecia não programada, que o destino maternalmente presenteou.
Ele, um verdadeiro filósofo, pós graduado e mestre na função, além de ser um exímio escritor, professor, músico primoroso, poeta, cantor e compositor, traz dentro de si uma capacidade invejável de articular projetos educacionais e culturais, obtendo sucessos em todos seus empreendimentos. Não digo um homem realizado porque as oportunidades surgidas, infelizmente, dependem de vontade política nas parcerias e, sabemos todos, que é muito difícil essa integração. Mas, teimosamente e obstinadamente, sempre procura evidenciar e mostrar os caminhos certos para bons resultados!
Nunca costumo fazer elogios ou usar de situações reais para escrever minhas crônicas. Sempre apelo para criações prováveis e possíveis de acontecer, ou, que jamais aconteceram e nem acontecerão. Entretanto, pelo carinho que tenho por essas pessoas, principalmente o filósofo que é amigo há, talvez, uns quase trinta anos, como também a sua parceira recente que, em pouco tempo me fez gostar!
Desejo que esse casal dure o tempo das palavras filosóficas do passado e as verdadeiras profecias que ainda hoje perduram!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com



sábado, 8 de fevereiro de 2014

Os políticos "Copa do Mundo"!

Antonio Nunes de Souza*

Essa denominação com referência a uma série de políticos que somente aparecem de quatro em quatro anos para amealhar votos em nossa cidade e região é significativa, clara e verdadeira. Mas, temos que reconhecer que isso se deve a uma gama de homens das cidades que, por interesses financeiros ou ganância de cargos, vendem até as almas das mães, para entrar nessa triste ciranda que, absurdamente, roubam as oportunidades que temos de ter três ou quatro representantes na câmara estadual, federal e senado!
Esse ignóbil procedimento tem provado que se trata de uma grande farsa as promessas que são feitas por vereadores, prefeitos, líderes de bairros, mídia pagas e outros instrumentos que manejam as massas, principalmente agora com o modismo dos blogs!
Sendo esse ano um verdadeiro ano de copa do mundo, certamente as visitas desses usurpadores de votos serão mais constantes e, seus vendedores de votos, deverão cobrar um percentual mais elevado, já que terá que disputar com a realização da copa, principalmente se os resultados não forem benéficos para a nossa seleção!
Queiramos ou não, temos que reconhecer que o único deputado federal itabunense nato, morador e batalhador pelos problemas regionais, sem dúvida alguma é Geraldo Simões. Falo isso sem querer ser tendencioso nas minhas observações, pois, se vocês forem analisar as suas preocupações, projetos apresentados, aceleramentos de alguns serviços, participação constante com os problemas da cacauicultura, barragem de água e com certeza absoluta, a vinda da Universidade federal que, embora com diversas participações, a sua teve os maiores méritos. Posso enumerar e nomear dezenas de hipócritas que aqui tiveram votos significativos que, vergonhosamente, nunca voltaram nem para agradecer, quanto mais para alguma realização. Que esses falsos Itabunenses tomem vergonha e respeitem nossa cidade e região, tendo escrúpulos de não se venderem por trinta moedas e, que o povo, faça uma reflexão e percebam quanto seria mais vantajoso para todos nós, termos vários representantes cuidando do bem estar, saúde, moradia e educação dos nossos municípios. Jamais radicalizo minhas palavras ou pensamentos, pois minha preocupação é com povo. Vamos procurar eleger nossas crias, nossos conterrâneos, pessoas que tenham raízes em nossas plagas, sejam eles de que partido forem, mas, que tenham provado merecimentos, respeitos e sejam solidários.
Como esse ano a Copa do Mundo será em nosso país, nada melhor que aproveitar e dar um chute bem dado na bunda desses aproveitadores, um bom puxão de orelhas naqueles os apóiam e se vendem e, o mais importante, ampliar, substancialmente, nossa bancada para que possamos fazer uma “Ola” com as mãos para cima de alegria e chutarmos esses bolas murchas para longe de nossas vidas!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

O comportamento humano!

Antonio Nunes de Souza*

Falar ou escrever sobre os comportamentos humanos, sempre foi de uma grande audácia e ousadia dos que se dispuseram a estudá-los, analisá-los, fazer pesquisas e, apresentar pareceres que com pouco tempo já estão obsoletos e superados por outros novos pronunciamentos e publicações. Essas ocorrências, que vêm ao longo de milhares de anos, serviram de preocupação dos antigos filósofos até hoje, com as mais avançadas tecnologias da medicina, principalmente, os psicólogos, neurologistas, além dos analistas com seus “divãs” mágicos que se esmeram para chegarem a conclusões concretas com relação a esse comportamento abstrato!
A verdade mais simples que devemos acreditar é que somos ultra mutantes, cada personalidade foi adquirida em função do seu ambiente de criação, seus conhecimentos escolares, hábitos e comportamentos familiares e, literalmente, os exemplos que a própria sociedade lhe apresenta, numa atitude hipócrita, mas no fundo, que os resultados sejam em seus benefícios próprios. Essa sociedade já contaminada, procede de uma forma aviltante achando que as outras pessoas são cegas e idiotas! E, infelizmente, presencia-se abertamente a falta de caráter da grande maioria das pessoas que seguem essas regras do jogo, logicamente, não querendo que sejam mudadas.
O indivíduo sem caráter já está tão contaminado que, para ele, seu vil comportamento está sendo completamente normal e, levar vantagem desonestamente com os seus semelhantes é algo normalíssimo, pois apenas prova que ele é esperto e sabe negociar ou administrar suas atividades com maestria e pura honestidade! E ai daquele que disser ao contrário ou queira lhe abrir os olhos. É logo taxado de invejoso, tolo e idiota.
Ousadamente acordei com esse pensamento, dado a minha experiência de vida e convivência inevitável com esse tipo de pessoa, que aproveitei para apenas dar mais uma opinião entre as muitas existentes, sem nenhuma pretensão de ser algum dono de verdades, numa seara que nosso grande Freud tentou explicar e quase enlouquece!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna antoniodaagral26@hotmail.com

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Andrezinho - O cientista!

Antonio Nunes de Souza*

Depois de ter testado dezenas de profissões, se dado bem em algumas e em outras não, Andrezinho homem persistente e sempre a procura de algo sensacional que lhe projetasse nacional e mundialmente, passou a estudar, compulsivamente, química, física, matemática e, obviamente, tudo que é relacionado às reações do corpo humano, principalmente aquele prazeroso efeito especial do “choquinho” recebido na hora da relação sexual, ou uma boa masturbação, denominado cientificamente e carinhosamente de: Orgasmo!
Passou a varar noites seguidas com os olhos pregados nos livros, procurando primeiro estar apto na teoria para, com segurança, começar as pesquisas práticas. Família preocupada perdeu alguns quilos, mas, com afinco, nunca se desligava dos estudos que, ligados aos seus conhecimentos na área de informática, eram facilitados dados aos aplicativos por ele inventados, voltados, exclusivamente, para o assunto em pauta. Logo no primeiro ano de pesquisas e trabalhos, conseguiu fabricar um aplicativo genial que media a intensidade dos orgasmos em fração de segundos. Ele logo batizou de “Fodômetrus Nogueirautirum”, claro que em sua própria homenagem. Seguiu até a ABNT colocando nome em latim.
No segundo ano, já com uma vasta experiência e cheio de conhecimentos, com sacrifício montou um excelente laboratório e começou a trabalhar incessantemente. Sua primeira experiência foi com uma pequena bateria de 12 wolts que ele enfiou na bunda com um chip interligado, colocou um dispositivo na glande e ligou para ver o resultado! Rapaz, você não imagina a tragédia: O circuito reverteu e ele tomou um grade choque no anus que chegou a queimar os cabelos do furico! Com a bunda sapecada, passou pomada paraquemol e viu que algo estava errado, precisava mudar a tática, partindo para outra área do corpo, principalmente a cerebral, esta que comanda o nosso corpo!
Preparou um circuito ultra moderno e secreto, também de sua invenção, instalou as fiações nas partes eletromagnéticas do cérebro, isso em sua própria cabeça, pois não tinha encontrado ninguém para ser cobaia e ele não queria fazer experiências com ratos, uma vez que achava que uma trepada de um rato media apenas 5 wolts de orgasmo. Muito pouco para pesquisas. Colocou um termostato agregado ao seu órgão genital, uma tomada na bunda conectada a Coelba e depois de mandar sua assistente afastar, ligou a aparelhagem sem pestanejar! Meu amigo, Andrezinho começou a revirar os olhos, peidando sem parar, tudo indicando que ele estava tendo um ataque de epilepsia, pois, além de tudo, se babava todo. A secretária preocupada, desligou a geringonça imediatamente, Andrezinho foi parando as convulsões e, ao mesmo tempo, gritava: Heureca! Heureca! Heureca!  Aí a secretária perguntou: o que foi? E ele na maior felicidade respondeu: Consegui o que desejava, somente que preciso mudar os circuitos, pois eu gozei na bunda minha filha. Senti um “choque” delicioso do intestino grosso até o delgado, terminando na beirada do cu! Se você não desligasse eu ia parar em Bagdá dançando a dança do ventre de tanto prazer e emoção.
Já com a descoberta efetivada, passou a redimensionar o equipamento para que tivesse um controle sobre as partes do corpo que deveriam ser usada, proporcionando inclusive orgasmos vaginais, anais, orais e em outros lugares que fossem definidos ou desejados. Logicamente, com essa miraculosa descoberta o cientista Andrezinho foi citado em todas as páginas de jornais do mundo, abriu milhares de franquias para o uso da sua máquina através de programas de computador, ficou super milionário, morando atualmente nas Bahamas!
Mas, ainda não se acha realizado, já está pensando em novas conquistas!  Um homem versátil e eclético!

*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com

  

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A professora "boqueteira"!

Antonio Nunes de Souza*

Lógico que essa crônica não é no sentido de menosprezar a profissão que tenho o maior respeito e carinho, e luto, constantemente, para que suas remunerações sejam dignas e pertinentes ao seu trabalho e sacrifícios!
Mas, mediante os absurdos que estão aparecendo abertamente, graças aos sapecas dos celulares, temos que alertar as famílias para que tenham uma atenção maior com seus filhos e filhas, pois esse comportamento é bastante antigo, já acontecendo há muitos e muitos anos, por uma gama de mestres que, abusando das suas autoridades, levam muitos jovens a praticarem atos sexuais em troca das benevolências nas notas e presentes eventuais!
Com a tecnologia avançada, qualquer aluno tem seu celular com filmadora, máquina fotográfica, gravadores, etc., que facilitam as gravações das condenadas cenas, pois, na hora das pegações, mesmos os mestres mais astutos e sagazes, não ligam para as gravações, achando que suas vítimas jamais passarão adiante. Mas, que adianta comer a professora, fazer uma sacanagem com um professor charmoso e não poder contar para ninguém? Isso não tem a menor graça, pois o orgasmo maior é se vangloriar da façanha!
Esse texto está voltado, principalmente, para o recente caso da professora que, seguindo a risca em dar aulas sobre sexo aos alunos, mandou bala nas aulas práticas, abocanhando um aluno de treze anos e foi solar “brasileirinho” na flauta do garoto. Isso como preliminar, pois, logo em seguida, sem a menor cerimônia, partiu para uma penetração dentro dos padrões do seu livro preferido e bem ilustrado:  “Kama Sutra”!
Tenho pena dessa pobre moça que, numa modesta cidade do interior, deixou-se levar pelos incontroláveis desejos e, como uma tola, está servindo de “boi de piranha”, para um comportamento bastante usual em nossos colégios!
Que o problema existe, todos nós sabemos, apenas não damos a atenção devida e deixamos o barco correr e, somente quando os escândalos aparecem é que se fala desse assunto. Porém, já é tempo de atenções maiores para que essa situação seja mais fiscalizada e minimizada, pois, acabar, creio que será bastante difícil em função de muitas alunas usarem de seduções para alcançarem seus objetivos!
Lamento que a pobre e errada professora tenha se mudado para outra cidade, pois, com esse episódio divulgado nacionalmente, ficou apelidada de “língua de veludo”!


*Escritor – Membro da Academia Grapiúna de Letras de Itabuna – antoniodaagral26@hotmail.com