quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

O que é o amor?

                                                                        Antonio Nunes de Souza*

Nada é mais tolo que o amor! Digo isso porque não existe sentimento que deixe as pessoas mais idiotizadas do que ele. Você já percebeu como, a partir da hora que imaginamos estar amando, transformamos completamente nosso comportamento e nosso modo de vida?
Não acredita?   Então vejamos: Quando nos idiotizamos pelo feitiço chamado amor, logo achamos que a pessoa amada é a mais linda do mundo, seus olhinhos vesgos são tentadores, suas perninhas finas e cambotas são lindamente sensuais, sua falta de educação é espontânea e sua barriguinha  é  sexy e charmosa. Sem falar no seu andarzinho de orangotango que, para os apaixonados, é de uma elegância maravilhosa, somente vista nas passarelas da vida. E, quem ousar dizer ao contrário, claro que é por despeito ou dor de cotovelo. Pois, com certeza, meu gato ou gata é a coisa mais linda e maravilhosa das criaturas.
E nem tudo foi citado, pois se considerarmos aquele hálito de bebida ou cigarro (ou ambos) já pela manhã, ao bafo de chulé quando ele ou ela acorda, podemos até perdoar a sua “cheirosinha” catinga debaixo dos braços.
E as grosserias constantes que o nosso amorzinho faz?  Claro que somos nós que o provocamos. Idiotamente, sempre nos sentimos culpados de tudo de desagradável que acontece. Nossa “paixão” está sempre com a razão.
Também não é tão ruim assim, puxa vida! Na cama, ah! Na cama ele (a) é maravilhoso. Um verdadeiro tesão! Esse negócio de gozar logo e me deixar na mão, lógico que a culpa é minha. Quem mandou eu mexer e ser gostoso (a)?  Eu devia ter mais cautela e saber controlar a situação. Também não acho nada demais, quando ele (a) goza e vira para o lado para dormir, e eu sair na pontinha dos pés, ir ao banheiro me masturbar. Coitadinho (a), o pobrezinho (a) está cansado e não devo abusar do bichinho (a). Preciso é deixar de ser assanhado (a) e ter mais cautela. Quem não sabe que na esfregação preliminar pode-se gozar logo? E também não tem nada demais ter ejaculação ou orgasmo precoce! Dá até certo charme ele (a) gozar logo e me deixar na mão. O fato é que eu não sei fazer a coisa direito. Isso me dá um ódio mortal, pois, na maioria das vezes, eu termino com um prazer descompassado que não é o ideal, mas, agradei o meu amor. E não é que esse ritual sempre acontece? Meu castigo é ficar tateando com a mão lá embaixo para recolocar as coisas nos lugares, que ficam escorregadios em função da meleira.
Esse negócio dele (a) preferir estar com os amigos ou amigas eventualmente, não é nada demais! O que é que tem? Também sou muito exigente, o bichinho (a) precisa ter sua liberdade. Ficar parecendo um policial, querendo seguir todos os seus passos, assim não dá.
E, se nessa liberdade ele (a) sair com alguém, puxa! Claro que foi porque deram em cima dele (a). Jamais procuraria aventuras. Meu amor é honestíssimo! Me ama loucamente! As pessoas é que são vagabundas e atrevidas ou então a realidade é que eu não estou dando conta do recado (acho que preciso melhorar e ser mais subserviente).
Assim é que pensa e procede uma pessoa apaixonada. Sempre se anulando, caindo numa ridícula rotina e, um belo dia quando passa o entusiasmo, percebe a cagada que deu e continua dando, vendo claramente a merda que tem ao seu lado (e as vezes nem tem), e quanto tempo perdeu por causa da cegueira do idiota do tal amor (?). Sendo pior quando passa por todas essas situações citadas e outras mais ridículas, com seu amor ou paixão repartido (conscientemente) com outros e sua amada diz, individualmente, aos tolos envolvidos que eles são as pessoas importantes da sua vida. Aí está criada a situação mais inusitada e ridícula que possa existir: Você passa a ser o enganador (a) e o enganado (a) ao mesmo tempo. Que no popular seria: Dando e recebendo corno!
Os inteligentes pulam fora demonstrando ter o mínimo de amor próprio e partem pra outra, já com mais experiência pra não cometer as mesmas bobagens, convicção que os interesses e esforços têm que ser os mesmos de ambos os lados. E os deveres e direitos iguais em todas as situações.
Se esse tal amor (?) existe tem que ser usado para posições de respeito, considerações, afetividade. Por que se esconder numa redoma que somente um é beneficiado? Uma prova cabal de egoísmo e esperteza para enganar e manipular duas pessoas ao mesmo tempo, deixando ambas conformadas, lastreando seus sofrimentos de esperanças numa lama de mentiras e oportunismo. É como alguém que tem dois carros, sendo um embrutecido para estradas rurais e outro mais confortável e melhor equipado para passeios gostosos eventuais. A pessoa usa ambos, mas, para cada um tem sua hora de desejo. O importante é ter ambos a disposição, prontinhos para lhe dar prazer!
Lógico que reconheço a existência de relacionamentos sem os defeitos acima citados, porém existem outros até bem piores, que a cegueira nos faz enxergar da maneira que nos dá maiores prazeres e nos convém, principalmente naqueles momentos de ilusões e euforias. O fato é que o amor (?), além de abstrato, jamais será perfeito. O que devemos é ser bastante frios com esse terrível e dominador sentimento abstrato, para termos a clareza mental de não nos entregar de corpo e alma a alguém, até que tenhamos pelo menos um pouco de certeza sobre até que ponto estamos sendo usados para sermos descartados, ou realmente o nosso parceiro ou parceira merece a nossa especial atenção. Olhe-se no espelho e veja quanto você está sendo um fraco colocando-se na posição de “step”, servindo de eventuais socorros para seu parceiro (a) e de bobo para seus amigos e a sociedade em que vive!
Para provar que o amor idiotiza completamente o ser humano, lembro-me daquela célebre frase por demais conhecida: “O amor é a coisa mais linda do mundo!” Seguramente, quem falou isso pela primeira vez deve ter sido um grande idiota totalmente apaixonado, que hoje deve estar arrependidíssimo da bobagem que disse e, com certeza, influenciou muita gente a proceder desta estranha e tola forma de vida.

*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)                                                              

sábado, 18 de fevereiro de 2012

O futuro trágico dos pênis!

                                                                                                                         *Antonio Nunes de Souza
É de lamentar-se que alguns cretinos cientistas, estejam a cada dia querendo sacanear com os homens, fazendo pesquisas ridículas e sem sentido, com a intenção única de aposentar os nossos antigos e poderosos pênis.
Se já não bastasse uma série de vibradores ultramodernos e os pênis de borracha sintética que só faltam falar e dar beijinhos, agora, para nossa maior ira, eles descobriram que nem para a reprodução humana nossas armas são mais necessárias. Será que essa equipe de cientistas só tem loucos? 
Pô!  Seria importante aumentar cada vez mais a dependência das mulheres com relação as nossas retesadas protuberâncias, no sentido de que o sexo feminino mantenha aquele respeito de outrora e saiba sempre valorizar a nossa presença no pedaço na hora do “vamos ver”. E, esse bando de idiotas, em vez de estudarem profundamente a AIDS, que nos privou em 50% de transas em função da precaução e medo, entram de cabeça numa pesquisa grotesca e absurda para desvalorizar e ridicularizar nossos benditos pênis. Já estou imaginando o meu neto passeando no museu e ver um pênis de mármore num pedestal, junto a outro dentro de um recipiente com formol e, abaixo, uma plaqueta modesta dizendo: “ORGÃO USADO NO PASSADO PARA PROPORCIONAR ORGÁSMO E REPRODUÇÃO HUMANA. HOJE, APENAS PARA URINAR”.
Imaginem amanhã um garotinho perguntando: Vovó, como foi que eu nasci?
E ela responde: Sua mãe foi ao laboratório, fez uma aplicação genética, engravidou e você nasceu.
-E papai, onde ele entrou?
-Ah, meu netinho, seu pai aqui em casa só entra para pagar as despesas.
Pô!  Com certeza tremerei na sepultura e amaldiçoarei esses canalhas, mesmo que eu esteja nas profundezas do inferno.
Vamos tomar providências enérgicas enquanto é tempo, pois nossos pênis não merecem tal futuro.
Alerta machões!  E abaixo a nova tecnologia devastadora!
Que tal criarmos urgente o movimento “GREEN PÊNIS”?
Ou até um nome que combine com a cor da glande: “PINK PÊNIS”!!!          
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)
                                                      

Anatomia marcante!

                       *Antonio Nunes de Souza

Ela era perfeita! Sua bundinha lindamente arredondada e ligeiramente empinada, dando a impressão que dali só poderia sair patê de fois grás e perfume de rosas. Só em olhar, o mais puro dos mortais ficaria excitado e com desejo de pelo menos passar a mão para ver se era de verdade. E era! Eu sabia que era, pois tempos atrás tive a dádiva de acariciar aquela coisinha tão doce, que comparada com rapadura, esta pareceria um jiló.
Se eu disser que a minha qualidade de conquistador é imbatível, estarei mentindo, mas, para que vocês compreendam e saibam como aconteceu, vou contar:
Um dia, daqueles que parecem que nada vai acontecer além da rotina, estava em pé na porta do meu trabalho quando mais que de repente, um carro em disparada atropelou uma pessoa. Não precisa dizer quem era essa pessoa!
Embora tivesse sido uma pancada de raspão, provocou algumas pequenas escoriações e, ainda meio atordoada, carregaram-na para dentro do meu trabalho e alguém gritou: Providenciem um copo com água e é melhor aplicar uma injeção antitetânica por precaução!
Aí foi que eu entrei na história, pois eu trabalhava em uma farmácia e era o enfermeiro encarregado das aplicações. Logo passei para dentro do balcão, orientei para que a levassem para a sala de atendimentos e digo-lhes francamente que até àquela hora, não tinha nem percebido as características da pessoa atropelada, em função da aglomeração dos curiosos bastante comuns nessas ocasiões.
Deitaram-na à mesa de curativos, dispensaram a platéia, enquanto eu preparava a seringa e apanhava a injeção. Quando, já mais calmo, voltei-me e vislumbrei aquelas lindas pernas, fui subindo o olhar até deparar-me com umas coxas com penugens aveludadas. Controlei-me e levantei aquela minúscula saia, deparando-me com uma senhora e sedutora bundinha. A calcinha era bege claro que nada escondia. Fiz um ar profissional e baixei aquele tecido tão fino que parecia uma segunda pele.
Deu-me um branco que eu vi as coisas pretas. Aquela bunda olhava para mim como se estivesse implorando que eu não a furasse. E eu olhando pra ela suplicando que ela me desse o seu furo. Não nego não! Mesmo naquela situação embaraçosa causada pelo acidente, não pude separar minha condição de enfermeiro com a de homem. Haviam duas seringas em riste: uma na mão, que era descartável e pronta para fazer um furo e outra dura e vitalícia pronta para tapar o furo existente.
Nesse instante ela vira-se com aquele rosto angelical e choroso e disse quase como um sussurro: Vá com calma... para não doer!
Aí foi que a excitação aumentou! Só me lembro que, quando passei três vezes o algodão com éter naquela deslumbrante bundinha, desmaiei e só acordei vinte minutos depois, quando alguém colocou amoníaco para eu cheirar.
Ela já tinha ido embora e a confusão era toda em cima de mim pela preocupação dos meus colegas e alguns clientes. Ao despertar ainda ouvi alguém dizer: Pobre rapaz... ficou traumatizado com o acidente! E outro arrematou: Pessoas que não podem ver sangue não deviam trabalhar em farmácia ou hospitais!
Na verdade o que me deixou traumatizado não foi o acidente nem o sangue. Foi simplesmente aquela maravilhosa bundinha bem torneada.
Essa historia veio a minha mente, porque neste momento passou por mim uma mulher que, mesmo que eu não tenha gravado na mente as suas feições em função do tumulto no dia do acidente, juro por todos os santos que é ela, pois uma bundinha daquela ninguém jamais esquece e não pode ter duas iguais.

*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

A que ponto chegamos!

                                   Antonio Nunes de Souza*
Só nos resta lamentar quando presenciamos cenas absurdas e selvagens nos centros mais civilizados (?) do mundo, ocasiões em que os homens dão exibições e demonstrações tão animalescas e irracionais, que não encontramos nem palavras para adjetivá-las como merecem. Qualquer que sejam nossas explanações torna-se pobres para qualificar as atitudes brutais que, tristemente, tornaram-se habituais e normais dentro de uma sociedade, que se diz organizada e culturalmente, diferenciada!
Dois dias atrás, no Egito, com sua civilização milenar, por causa de um resultado de uma partida de futebol, o estádio foi invadido pelos torcedores proporcionando uma guerra onde morreram quase cem pessoas, milhares de feridos, transmitindo uma imagem sórdida pelas televisões, ampliando o pânico já existente em todas as comunidades mundiais, que já vivem fragilizadas em termos de segurança. Vale dizer que esse não é o primeiro acontecimento grotesco e selvagem, pois os ingleses já foram campeões nessa prática e nossas torcidas brasileiras também sempre estão enveredando por esse lado desumano e sanguinário, imaginando ser a maneira orgulhosa de demonstrar o amor e dedicação aos seus clubes. Pobre de nós, termos que conviver com esses animais e ficarmos proibidos de ir a um estádio ver a arte do esporte com tranqüilidade!
Ontem tivemos outra demonstração de insegurança e desprezo, quando a polícia entrou em greve e as cidades ficaram a mercê dos marginais,o comércio teve que encerrar suas atividades, fechando portas e, mesmo assim, muitas casas comerciais foram saqueadas e arrombadas por vândalos baderneiros. Vimos o povo correndo em pânico pelas ruas, transportes paralisados e escassos. Aliado a tudo isso a grande preocupação com o que poderia estar acontecendo nas suas casas e seus familiares.
Por mais que sintamos esses fatos diretamente em nossas peles, temos que reconhecer que estamos colhendo o que plantamos no passado e, sem nenhuma dúvida, dias piores virão, pois, estupidamente, continuamos a demonstrar que não sabemos viver em comunidade, não somos solidários, agimos egoisticamente, não aprendemos a conta de dividir e nos preocupamos muito mais com o ter do que com o ser. E, nos fechando dentro das nossas redomas de interesses próprios, passamos a ampliar as insatisfações, necessidades, desprezos, raivas e falta de educação que, infelizmente, se transformam em ódio, revolta e estímulos para atacarem por vingança e represália pela maneira desprezível que são olhados e tratados.
Com esse comportamento social, onde a falta de humanização dentro da sociedade é comum, tolamente as pessoas não enxergam que os resultados pioram casa vez mais, e nós passamos, lentamente, a categoria de excluídos e prisioneiros dos bandidos que nós ajudamos a criar, graças nosso comportamento errado e egoísta!
Acreditamos que, caso não tenhamos a sensatez de mudar nosso comportamento, humanizando nossas atitudes, respeitando os direitos da igualdade, mais cedo chegaremos ao extremo de guerras civis generalizadas, onde as razões estarão do lado dos mais poderosos e fortes!
Será que é essa a herança que vamos deixar para nossos descendentes, entrando para a história como uma geração fria e egoísta?                                                                                                                                                                                                                                                                      
*Escritor (Blog Vida Louca – ansouza_ba@hotmail.com)